Meu acaso - Thiago Silva

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T H I A G O
  Londres 📍

— Então você tem um irmão, veio pra cá poucos meses depois de se tornar maior de idade e a sua avó é dona da empresa? — recapitulo tudo oque a Pietra me disse e ela afirma com a cabeça.

— Fez a lição de casa direitinho. — disse rindo.

Não tenho noção de quanto tempo estamos aqui mas aproveitamos que meu filho ainda não nos achou para eu conhecer ela melhor.

— Pô dahora. — digo. — Seus pais sabem que você trabalha para mim?

— É... — disse sem jeito.

— O sigilo que eu pedi você enfiou no cu? — indago alterando a voz em tom de brincadeira e ela me olha com a testa franzida. — Eu só falei brincando, calma.

— Ah bom. — eu olhei ela de canto e ri.

Menina abusada.

— Você foi criada no banho maria né? — indago, e ela me olha sem entender. — Esse teu jeito, pode falar nada contigo que você já acha que é uma agressão verbal.

— Não é assim também. — se defendeu. — Vindo de você, nada é gentil. — ergo minha sobrancelhas surpreso.

Ela não me falou uma porra dessa.

Até fiquei na minha.

Ela me olha de cima abaixo e sorri de canto.

— Eu comentei com meus pais sim mas eles são seus fãs. — falou. — Então eu imaginei que iam gostar de saber pra quem eu estou trabalhando.

— Eu não acredito em você. — falo negando com a cabeça.

— porque nao? — indagou confusa.

— No dia que meus amigos estavam aqui você só mencionou que eram fã do Neymar nunca disse nada sobre mim.

— Você sempre me tratou na ignorância desde que eu cheguei aqui, acha mesmo que eu me submeteria a pedir algo para você sem levar uma patada? — dou risada.

— Não é bem assim.. — rolo meus olhos.

— Eu já te falei muito sobre mim e você não me disse nada sobre você até agora. — mudou de assunto. — Tem algo além do que o Google me proporcionou sobre você que eu não saiba?

— Tu foi pesquisar sobre mim no Google? — caio na risada e ela afirma com a cabeça como se estivesse orgulhosa do que fez. — Não acredito nisso.

— Eu precisava conhecer meu chefe melhor. — me olhou com desdém e arqueou a sobrancelha esquerda.

— Tabom... — tomo o fôlego. — Oque você quer saber?

— Você... é comprometido? — fechou um dos olhos e me olhou sem jeito.

— Não. — digo firme. — Você é?

— Não. — respondeu.

Hum.

— Mas, porque a pergunta? — indago curioso.

— Bom pelo oque eu vi no Google você já está ficando velho, quem sabe eu não te de um golpe. — disse se aproximando e fazendo uma cara engraçada.

— Primeiramente, quem te garante que você teria uma chance comigo? — engulo seco ao vê-la muito perto de mim.

Sinto o cheiro do perfume dela, adocicado mas bem suave.

— Não sei, eu posso não ter um corpão ou ser a mulher mais linda que você já viu... — mal sabe ela. — Mas eu tenho minhas qualidades.

— Quais? — dou risada querendo ver até onde isso ia dar.