Meu acaso - Thiago Silva

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THIAGO

— Ser era só um enjoo, não tinha necessidade daquele drama todo. Você não é mais uma criança, Iago. — esbravejo saindo do carro.

— Ele não fez drama. — Isabelle o defende. — Se ele se sentiu mal fez certo em nos avisar para irmos pro hospital. — disse.

— Era só tomar uma água. — gesticulo com a mão. — Quando você veio me falar achei que era algo mais grave, sai do parque às pressas. — subo os degraus da escada e tiro minha chave do bolso para abrir a porta.

Passei 1h no hospital atoa, pra fechar com chave de ouro a Pietra deve tá bolada comigo achando que eu estou bravo com ela ou algo do tipo e eu até estava sim, mas não com ela.

Fiquei incomodado com o jeito do cara com ela, fiquei puto comigo mesmo por não ter visto a mensagem dela e também por ter deixado a Isabelle me manipular com os meninos.

Estava tudo bem, fomos na montanha-russa umas duas vezes, eu já ia atrás da Pietra mas o Iago ficou me chamando para ir em outra montanha-russa só que mais pequena, o moleque insistiu tanto que eu fui, por isso demorei para ir atrás da Pietra.

Abri a porta de casa avistei ela arrumada e sentada no sofá  vendo algo no celular, franzi a testa e deixei a chave na porta pra última pessoa fechar, andei até ela e fiquei em sua frente.

— Tá sem sono? — indaguei.

Ela aparentemente parecia estar no mundo da lua e só reparou minha presença agora.

— Sim, meu tornozelo está doendo muito. — mordi os lábios. — Chamei um Uber pra ir no hospital.

— Porque não me mandou mensagem? — me sento ao lado dela.

— Não queria atrapalhar. — murmurou e colocou uma mexa do cabelo atrás da orelha.

— Se estava com dor no tornozelo porque não foi com a gente? – Isabelle diz e eu reviro os olhos. — Se tá querendo chamar atenção, avisa.

— No parque você estava bem. — Iago conclui.

— Iago vai pro seu quarto. — ordenei ainda com a atenção na Pietra.

Ele bufa e passa pela sala subindo as escadas e fazendo mó barulho.

Esse moleque tá ficando mimado.

— Cancela o Uber, eu vou com você. — pedi.

— Era só oque me faltava. — Isabelle ri e eu tiro a atenção da Pietra e olho para ela. — Oque foi? — esbravejou. — Quando é o seu filho é drama mas quando claramente a sua ficante está fingindo pra chamar a sua atenção você leva a sério?

— Eu vou indo. — Pietra me fuzila com o olhar, se levanta do sofá e faz careta ao se apoiar em pé e se desequilibrou.

Me levando e seguro ela.

— Cancela a corrida que eu vou com você. — digo olhando nos olhos dela.

— Isso é ridículo. — Isabelle resmunga.

— Isabelle. – respiro fundo. — Você só está na minha casa pela consideração que eu tenho aos meus filhos e eu agradeço todos os dias por saber que logo logo você vai embora. — fuzilo ela com o olhar. — Então eu peço que você faça o mínimo e respeite a Pietra, chega de piadinha e vai cuidar da sua vida porra!

Ela me olha toda sem graça e eu volto a atenção para Pietra, ajudo ela a andar  saindo de casa e indo até o meu carro, ajeito a Pietra no banco e dou a volta entrando no carro e coloco o cinto.