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P I E T R A

Isso parece uma cápsula do tempo. — digo enquanto caminho pela área da piscina.

Thiago que estava de cabeça baixa, ergueu a mesma me olhando. O equipamento perto da piscina me chamou a atenção, era enorme e me fez pensar o quão caro deve ter sido.

— Milagre você ter aceitado.

Desviei a atenção dele quando o mesmo se levantou retirando a toalha do seu corpo e mostrando estar apenas de cueca.

Senti uma eletricidade percorrer pelo meu corpo e o calor tomar conta de mim.

— Achei que deixaria eu morrer de frio aqui. — se aproximou de mim com um sorriso na voz como se soubesse exatamente o porque dos meus olhos terem desviado da atenção dele. — Eu preciso ficar 3 minutos na cápsula, você fica com o controle e ela mesma conta o tempo mas não para sozinha, você precisa apertar esse botão. — apontou para o botão verde do controle e entregou na minha mão.

— Ok. — afirmo com a cabeça e ele me dá as costas andando até a cápsula e entrando.

Thiago mordeu os lábios e fez uma careta.

— Caralho que porra gelada. — me aproximo da cadeira de praia a beira da piscina e me sento observando seu rosto para fora da cápsula.

— Posso ligar? — afirmou com a cabeça.

Aperto o botão azul e a cápsula se fecha sozinha, há uma tela enorme por fora mostrando quantos graus está fazendo lá dentro.

Os olhos deles permanecem em mim por alguém tempo, me pego pensando no que deve estar passando na cabeça dele enquanto ele me olha, oque ele vê em mim para ter ficado comigo? Eu sou garota legal? Foi pela estética? É irrespondível.

Eu o acho lindo, por mais que ele seja super desnecessário com algumas atitudes, do pouco que pude observá-lo de longe percebi que ele é um cara legal, risonho com as pessoas certas e o sorriso dele com certeza é a parte favorita que eu tenho nele, no entanto os seus perfumes também me ganham, deixam ele mais charmoso.

— Pi-pietra.. — ouço ele murmura com dificuldade.

— Oque? — olho para a máquina vendo que ele já estava quatro minutos e meio e rapidamente desligo a mesma.

Vejo ele tomar o fôlego e a cápsula se abrir sozinha saindo um ar gelado, caminho em direção a ele e o mesmo cai meus braços saindo da cápsula.

Eu quase matei o homem!

Coloco ele deitado na cadeira de praia e sinto meus dedos congelarem só de tocar no corpo dele.

— Pra que você precisa fazer isso em?! — arrumei meu cabelo para trás e passei minha mão pelo rosto dele.

— Tu queria me matar, é?! — comentou e deu risada tossindo.

— Foi sem querer! – me justifiquei desesperada.

— Seria bom você vir todos os dias aqui me ajudar. — falou, com o semblante risonho.

— Tenho certeza que a Sarah amaria te ver de cueca, chama ela. — ele me olhou com o cenho franzido, e logo abriu um sorriso.

— E eu amaria ver você só de.. — estreitei os olhos. — Deixa pra lá.

— Muito engraçadinho. — ele se ajeita na cadeira e pega a toalha se cobrindo.

— Eu falei aquilo da Sarah aquela vez pra te provocar, mas fique ciente que meu relacionamento com ela foi totalmente profissional. — rolei meus olhos.

Meu acaso - Thiago Silva Onde histórias criam vida. Descubra agora