Tudo o que uma garota quer.

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Ana Júlia estava sentindo o coração acelerado, e estava nervosa também e não entendia o motivo, não era a primeira vez que saía com um rapaz, não entendia por que tinha que se sentir assim em relação à Isak. Curiosamente sentiu vontade de ligar para Emma, e então, ela ligou.

"Emma..."

"Ana Júlia!" Oh... O que foi?"

"Eu vou sair daqui a pouco com o seu irmão, estou nervosa e não sei o motivo."

Emma riu do outro lado da linha. "Sair com o meu irmão? Será por isso que quis ser minha amiga tão repentinamente?" – brincou Emma.

"Hahaha, sua boba. Não faça gracinhas, foi o Isak que me convidou, ele disse que está interessado em mim, mas eu sempre pensei que ele tivesse uma queda por Angeline."

"Hum... Na verdade, vou ser sincera. Isak era apaixonado por Angeline e já faz tempos, não sei se ele ainda é, pode ser que ele tenha desencanado dela, mas acontece que ela está com o Francis e nunca deu bola para o meu irmão. Talvez ele só queira seguir em frente com sua vida, pode ser que ele ainda seja apaixonado por ela, mas esteja interessado no momento por você. Consegue lidar com isso?"

Ana Júlia ficou pensativa, ela não sabia se poderia lidar com aquilo, e se ela começasse a gostar pra valer de Isak e ele não sentisse o mesmo? Não queria ser a nota de rodapé da história de amor de outras pessoas. Não mesmo, mas e se ele sentisse o mesmo com o tempo? E se os dois dessem certo? Ela só poderia saber tentando, não é mesmo? Mas não queria sofrer, ela nunca havia sofrido na vida por nenhum rapaz, não queria que começasse agora.

"Ana Júlia?" – Emma chamou, quando tudo o que escutava era um enorme silêncio na linha telefônica.

"Desculpa... Eu estava pensando. Você acha que ele ainda gosta da Angeline?"

"Sim, eu acho. Mas você pode ajudar com que ele a esqueça, talvez ele se apaixone por você, nunca se sabe."

"Ela realmente não gosta dele?" – a garota perguntou, queria ter certeza, pois se Angeline gostasse de Isak, ela não teria chances e tinha medo disso, medo de entrar nessa nova aventura e perder a batalha.

"Tenho certeza que não, se gostasse estaria com ele e não com o Francis, e ela nunca falou pra mim nada sobre estar gostando do meu irmão."

"Mas vocês duas estão afastadas recentemente, e se ela gostar dele?"

"Não tem como ela ter se apaixonado por ele em tão pouco tempo". – disse Emma.

"Espero... Vou sair com ele, só espero não me arrepender."

"Se quer um conselho, seja você mesma, respira fundo e vai. Ás vezes a vida exige que nos arrisquemos de vez em quando." – falou Emma.

"Sim... Você está certa. Obrigada, eu vou desligar, daqui a pouco estou indo. Beijos." – Ana Júlia despediu-se.

Antes de a garota sair de casa, ela passou no quarto da mãe. – Está se sentindo bem, mãe? Quer que eu faça algo por você antes que eu saia? – perguntou à garota, olhando para a mãe que estava deitada na cama, com o quarto todo escuro, Ana Júlia mal conseguia enxergar ali dentro, se não fosse pelo abajur que havia colocado ali naquele momento, dando certa iluminação para o quarto.

- Bem não estou, mas não preciso de nada nesse momento. Pode ir tranquila. – respondeu a mulher, com a voz rouca.

A menina tentou não chorar, todos os dias eram a mesma coisa, a mãe da jovem, a senhora Carolina sofria de depressão desde que o marido havia falecido em um acidente de moto há um ano, desde então, a mulher não era mais a mesma, se afundou em uma depressão profunda por não ter mais seu marido por perto, e só vive deitada em um quarto escuro, quase não sai da cama, nem vontade para isso ela tem, é Ana Júlia que a leva ao banheiro, que a faz tomar banho, que a alimenta, é a jovem Ana Júlia que assumiu o papel de adulta da família para sobreviver, mesmo não sendo uma adulta ainda.

S.O.S - Amizade também machuca.Onde histórias criam vida. Descubra agora