S.O.S - Amizade também machuca.

A menina dos meus olhos.

No intervalo, Isak puxou Ana Júlia para um canto mais afastado do colégio, ele queria ser sincero com a menina e terminar tudo, o garoto sabia que não gostava o suficiente de Ana Júlia, pelo simples fato de ainda pensar em Angeline, não era certo enganar uma garota tão bondosa como Ana Júlia, ela merecia alguém que a correspondesse. Isak estava decidido, ele sabia que era o correto a se fazer, já tinha muita confusão em sua vida, ele não queria mais dramas.

A garota olhava para Isak, esperando que o menino dissesse algo, foi dificil reunir coragem para falar o que precisava, mas não tinha outra escolha.

- Ana Júlia... Eu ainda gosto da Angeline, sinto muito... Eu tentei esquecê-la, tentei seguir em frente, mas eu não consegui, eu ainda penso nela. E não acho certo te enganar, você é linda por dentro e por fora, merece um rapaz que sinta o mesmo por você, e eu não sou esse garoto. - ele disse com cautela, não queria parecer rude, já era ruim ser rejeitado pela pessoa que gosta.

A menina demorou alguns segundos para falar, o garoto percebeu que ela perdera o brilho em seu olhar, estava se sentindo péssimo por estar fazendo-a sofrer assim.

- Entendo, tudo bem, acontece... Não conseguimos controlar o que sentimos. Desejo que você seja feliz ao lado da Angeline. - sua voz estava melancólica, mas ele sentiu sua sinceridade.

- Você vai ficar bem? - ele perguntou com dificuldade, estava preocupado com a menina, ela era uma boa garota, se não gostasse de Angeline, talvez pudesse se apaixonar por ela um dia.

- Claro que vou! Somos jovens, eu vou superar isso. Não se preocupe. - ela disse, sorrindo. Isak notou que ela forçou o sorriso.

- Ok... Sinto Muito, sua mãe está bem?

- Na medida do possível... Como sempre.

- Quero que saiba que apesar de não estarmos juntos amorosamente, eu ainda gostaria de poder seu o seu amigo, gosto muito de você e qualquer coisa que precisar, pode vir até mim, amigos servem para isso. - o garoto fala com sinceridade, pegando nas mãos da menina com carinho.

- Claro, somos amigos. Se eu precisar, eu digo. Obrigada, Isak. Mas agora eu preciso ir ver a Emma... - ela disse, com a voz embargada, era nítido que ela estava se controlando para não chorar na frente dele.

Isak sentiu que era o pior garoto do mundo, um canalha, nunca fora sua intenção magoar Ana Júlia, mas as coisas não saíram como ele gostaria.

Ele assentiu e observou a garota sumir de sua vista no meio de tantos alunos frenéticos andando pelo pátio.

Segundos após ela ter ido, ele avista Angeline caminhando em sua direção, ela para de frente a ele. - Por que não está com a sua namoradinha? - ela perguntou em um tom provocativo.

Isak sorriu, ele sabia que a loira estava com ciúmes e que sentia sentimentos por ele. Ele não conseguia esquecer aquele dia em seu quarto, em que ela confessou o que estava sentindo por ele.

- Idiota... - ela resmunga e já ia se virando para sair, quando ele segurou em sua mão e a puxou para ele, o corpo da garota se chocou com o de Isak, ambos próximos demais, a loira se assustou, mas gostou do que havia acontecido, só precisava fingir estar sob controle de seus sentimentos.

Mas Isak sentiu o coração da loira bate rmais forte. - Não fique nervosa... Eu gosto de você, minha loira. - sua voz saiu doce e rouca, Angeline sentiu um arrepio pelo corpo, Isak mexia com ela, e ela tinha plena consciência disso.

- Você terminou com a Ana Júlia? - ela perguntou, ainda colada nele.

- Claro que terminei. Eu percebi que nunca deixei de gostar de você, aquele dia no meu quarto... Foi que a minha ficha caiu. Você ainda mexe comigo, meu coração ainda acelera quando estou com você, da mesma forma que o seu está acelerado neste momento... - ele disse, e sorri ao constatar que a loira havia corado.