Garota Veneno

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Nathan estava feliz que finalmente havia colocado um ponto final no passado conturbado envolvendo sua família, onde iniciou uma forte rivalidade com seu irmão, mas isso tudo era passado. Agora eles estavam de bem novamente, não existia mais mágoa, não havia mais ressentimento de ambas as partes, e isso o alegrava profundamente.
Enquanto Francis havia ido à casa de Angeline, Nathan esperava que enfim seu irmão conseguisse terminar com ela, o garoto resolveu ir até a praia. Ele quase nunca ia à praia, mas dessa vez, sentiu uma grande necessidade de estar lá, de ver e sentir o mar, a brisa e tudo o que aquele ambiente trazia de bom a ele.
Ao chegar, primeiro se sentou na areia e ficou admirando a vista incrível das ondas batendo, do céu azul, do vento forte, do som da água e dos pássaros fazendo voos ao céu. Era reconfortante estar ali, estava sentindo uma ótima sensação. Depois de um tempo admirando a vista e sentindo uma grande paz dentro de si, ele saiu da areia e entrou no mar. Mergulhou e ao sentir a água bater em seu corpo, a força das ondas naquela tarde ensolarada, ele simplesmente se sentiu grato, estava feliz, agradecido por mais um dia de vida, por aquela praia maravilhosa, e por estar reconciliado com seu irmão.
Ele estava entretido nas ondas, ainda dentro do mar quando foi pego de surpresa por uma voz que ele conhecia muito bem. – Acho que nosso ponto de encontro é a praia. – disse Emma, sorrindo e mergulhou até Nathan.
O garoto riu e teve que concordar. – Pois é... Isso é porque nem marcamos. – disse.

- Os melhores encontros são ao acaso. – disse a menina, e em seguida abraçou o amigo. Apesar do pouco tempo de convivência, ela sentia um enorme carinho por ele e já o considerava um grande amigo, pois quando estavam juntos, sentia uma forte conexão e assunto não faltava. A mesma coisa acontecia com ele.

– Emma, você não tem nada para me contar?
A garota sorriu e levou à mão a boca, brincando. – O que eu fiz dessa vez em?

- Não sei... É o que eu quero saber.
Ela ficou séria, pois não sabia do que exatamente ele estava se referindo. – Sobre quem?

- Meu irmão. O que rola entre vocês dois?

- Posso falar sobre isso depois que sairmos do mar? Sério Nathan, olha esse mar lindo! Vamos ficar curtindo um pouco aqui e depois podemos falar de tudo o que você quiser, eu prometo. – disse ela, fazendo beicinho.

Nathan sempre ria quando a garota fazia beicinho, ele achava que ela ficava muito engraçada assim. E então, começou a rir.

– Você fez o beicinho de propósito que eu sei! – ele a acusa, em seguida, joga água na menina, que ri e joga água contra ele também.

- Tudo pra te amolecer!- ela grita, e parte pra cima dele, tentando afogá-lo de brincadeira. Ele a impede, segurando-a, e os dois ficam brincando no mar um com o outro. Depois que se divertiram bastante no mar, os dois saíram e se sentaram lado a lado na areia.

- Fiz as pazes com meu irmão. Nos perdoamos e agora estamos de bem um com o outro. – ele conta. Emma o olha, estava surpresa, não acreditaria se escutasse isso da boca de outra pessoa. Mas era o próprio Nathan que contava, e ela sabia bem que o garoto não era de mentir, ele detestava mentiras, uma vez, ele disse a ela que mentiras destroem vidas.

- Nossa... Que maravilha! Estou feliz por vocês dois, seja lá o que for que tenha acontecido no passado, você fez certo em ter deixado o passado para trás. E como você está se sentindo?

- Muito bem, estou sentindo paz e alegria. Ele não teve culpa do que aconteceu, apenas o meu pai.

- Seu pai?

Nathan contou toda a história da traição e o que aconteceu depois. Emma escutou com atenção e apesar da história não ser sobre ela, a garota se sentiu uma pessoa ruim, pois transou com Francis no mesmo dia em que a amiga havia terminado com o garoto. E ela sabia que eles poderiam voltar e mesmo assim se deixou levar pela paixão que sentia, traindo todas as suas convicções em relação a sua amizade com Angeline.

S.O.S - Amizade também machuca.Onde histórias criam vida. Descubra agora