boa leitura!
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— Eu não vejo onde isso é uma boa ideia — o rei disse após ouvir toda a explicação de Thamuz. — Vale realmente a pena levá-lo para longe da segurança do castelo para treinar, colocando-o em risco até chegar lá?
— A estrada para o vale não é visitada por ninguém além de vendedores ambulantes e nômades. O inimigo não poderia vê-lo, e teríamos a visibilidade a nosso favor. Qualquer ataque, mesmo que isso seja improvável de acontecer, seria premeditado — Thamuz tentou contornar a negação do rei.
— Não estou convencido o suficiente.
— Vovô! Eu quero ir! Isso vai ser bom para mim. Eu tenho que treinar pela minha segurança, você não acha?
— Mas estará se colocando em risco antes mesmo de chegar onde Taehyung está.
— Eu estarei com ele, majestade.
— Seu dever não é protegê-lo, é mantê-lo saudável.
— Eu sei. Mas ainda vou garantir que ele esteja seguro.
— Como garantiu na última guerra, quando o inimigo quase o matou? — o rei perguntou, com um leve tom de escárnio. Thamuz ficou tenso com a lembrança.
— Vovô, eu já disse que a ideia de ir foi minha para as duas situações! Pare de dizer essas coisas a ele. Se quer brigar com alguém, brigue comigo — o ômega disse, começando a se chatear. Tudo bem não concordar com a ideia, mas ele não aceitaria que Thamuz fosse novamente culpado por decisões que Jungkook tomava sozinho. Ele escolheu que queria ir.
O rei bufou, indo em direção ao trono e se sentando. Sua atenção estava fixada no príncipe, como se milhares de situações estivessem passando em sua mente naquele momento.
— Por que Taehyung não pode vir buscá-lo?
— Por mais seguro que o lugar seja, manter jovens guerreiros inexperientes sozinhos seria completamente arriscado. Taehyung não os deixaria lá.
Jungkook estava batendo os pés no chão, impaciente. O rei facilmente notou isso.
— Você quer tanto assim ir? — o ômega assentiu, começando a abrir um sorriso bem pequeno, porque o resultado já parecia ter sido decidido. — Ao menos leve guerreiros com vocês até que cheguem lá.
— Seria arriscado levar tropas conosco. Se o inimigo, por mais improvável que seja, visse, rapidamente entenderia que alguém do reino estaria na carruagem.
— Ah, isso realmente não me conforta nenhum pouco — o rei disse com a voz cansada, e Jungkook correu até ele apenas para abraçá-lo, sorrindo. — Meu querido neto, como vou saber que realmente está em segurança tão longe do castelo?
— Há mensageiros com Taehyung. Mandarei informações da minha estadia a cada semana para garantir que saiba como estou indo — o ômega garantiu. O rei não parecia completamente satisfeito, mas aceitou.
— Você não poderá demorar tanto lá, você entende, não é? Se a guerra ocorrer no tempo previsto, a aliança deverá ser formada em até dois meses antes, para garantir que todos os guerreiros estejam preparados.
Jungkook abriu um sorriso forçado, mas assentiu, mesmo que a lembrança não servisse de nada para deixá-lo tranquilo.
— Se algo estranho, por menor que seja, acontecer na estrada, vocês devem voltar imediatamente.
— Nós iremos, majestade.
— Obrigado, vovô — Jungkook agradeceu, dando um novo e último abraço ao mais velho. Assim que o fez, ele correu pelo salão, passando com um grande sorriso por Thamuz antes de seguir para o seu quarto, organizando suas coisas. Eles viajariam ainda naquele dia.
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Tese do Anjo Cruel | taekook
FanfictionJungkook é um príncipe arisco e teimoso nas horas vagas, mas costuma ser bastante fiel aos seus deveres no reino. Unido a mágica pura que lhe foi dada, ele tem sido excepcional para alcançar as vitórias das guerras. Entretanto, se apaixonar pelo a...