Capítulo 15 🩺Liliane🚬❤️

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Eu definitivamente estava vivendo a melhor fase da minha vida.

Sentados todos em volta da mesa, comemos a famosa e tradicional macarronada da dona Giulia, o prato era famoso nos almoços de domingo.

- Dona Giulia, sua macarronada está divina! - Poliana disse após repetir o segundo prato.

- Grazie, ragazza! Coma bene, para mio neto vir ao mundo forte e saudável.

Poliana já estava com nove meses completos de gestação, sua barriga estava enorme e ela andava com dificuldade.

- Tenho certeza que ele vai, não para de crescer e esticar. Daqui a pouco não tenho mais espaço na barriga para ele! - Poliana diz passando a mão na sua enorme barriga.

- Salvatore puxará ao pai, será forte e bonitão! - Carlo brinca.

- Coitado da criança! Se puxar ao pai. - Marieta brinca.

Todos riem.

Olho para minha frente e vejo minha mãe calada. Desde que soube que eu e Matteo estávamos namorando minha mãe mudou um pouco com a gente. Apesar de saber que ela tinha seus motivos eu não conseguia entender o porque ela não estava feliz por mim. Mas existem coisas que só o tempo poderão responder.

- Sorte que teremos excelentes pediatras na família para cuidar do nosso anjinho! - Poliana diz.

- Si! Garanto que eu e Liliane vamos cuidar dele muito Bene! - dona Giulia diz contente.

- Vamos sim! - respondo sorrindo.

Era incrível como uma criança poderia alegrar uma casa.

- Temos uma equipe completa aqui, Matteo obstetra, mama e Lili pediatras, viu isso meu pequeno?! - Carlo pergunta falando bem próximo da barriga de Poliana.
- Você já pode nascer!

- Não apresse o menino! - Matteo diz.
- Ele vira no momento dele.

- Verdade! Falando em momento... - Marieta se pronuncia.
- Não seria esse um bom momento para Matteo deixar no mundo sua descendência?!

A pergunta de Marieta fez Matteo se instalar com o vinho. E após algumas tossidas ele se alivia. Todos olham para ela, inclusive eu que simplesmente não sabia onde enfiar minha cara.

- Qual é gente?! Matteo já tem o principal que é o amor, só falta o bebê! - ela diz como se fosse o óbvio.

- Também acho! Por mais que isso me parece estranho concordar com você, Marieta! - Carlo diz.
- Salvatore precisa de priminhos para crescer feliz!

- Priminhos? - Matteo pergunta percebendo o plural da palavra.

Carlo sorri. Um sorriso zombeteiro.

E assim o almoço seguiu, como sempre foi.


Andando de mãos dadas pelo o shopping, eu e Matteo curtimos o pouco que nos restava do dia de folga.

- Não ligue para Carlo, ele adora ser incoveniente quando quer, e Marieta também! - Matteo diz.

Só então percebi que as brincadeiras do almoço estavam martelando em sua cabeça. E então paro de andar, ele para também.

- Você não pensa em ter filhos? - pergunto olhando em seus olhos.

Ele demora para responder.

- Não sei! Confesso que até meses atrás não pensava nem sequer em namorar!

- Mas aqui estamos! - retruco.

Ele sorri.

- Sim,.aqui estamos! - Matteo concorda.
- Não quero planejar. Passei a vida inteira planejando ficar solteiro. Se tiver de acontecer, que aconteça naturalmente. Sem pressa! Não me refiro apenas a filhos!

- Acho que você seria um bom pai!

- Com idade e cara de avô! - ele retruca.

- Não seja bobo! Ser pai mais maduro está na moda. Siga a tendência! - digo.

Ele sorri.

- E você seria uma mamãe muito sex! - Matteo diz baixinho.

- Seu pervertido! - brinco.

- Sabe o que estou pensando?!

Faço que não.

- Você, vestida como uma  colegial! - ele diz baixinho em meu ouvido.

Nesse momento sinto meu corpo arrepiar.

- Acho que sei onde vende esse tipo de roupa! - digo olhando em seus olhos.


Matteo não quis entrar no sex shop, ficou me esperando no lado de fora da loja mas não tirava os olhos de mim.

- Esse está perfeito! - digo a vendedora após observar algumas fantasias que ela me mostrou no tema colegial.

- Vou embrulhar! - ela diz sorrindo.

A acompanho até o caixa tendo em mãos o cartão de Matteo, ele fez questão de pagar pela a peça. Enquanto a vendedora embrulhava eu olhava para ele que estava no lado de fora da loja e ele sorria. Matteo era tudo o que eu poderia pedir aos céus.

- Seu pai parece ter a mente aberta! - a vendedora diz olhando na direção de Matteo.

A olho.

- Ele não é meu pai, é meu namorado! - digo exibindo um suntuoso sorriso.

Ela muda a feição.

- Me desculpe, eu não queria...

- Tudo bem! - vi que ela não fez por preconceito e sim por deduzir e tudo bem, para mim não tinha problema.

Eu simplesmente parei de me importar.


E mais tarde naquele dia, depois de levar uma boa bronca do meu "professor", tive a melhor noite de prazer da minha vida. Sair da rotina era muito bom. Recomendo! 

Quando O Amor AconteceOnde histórias criam vida. Descubra agora