A única coisa que desejo está diante de mim e não me atrevo a tomá-la por medo.
Nunca imaginei que poderia amar alguém na mesma intensidade que anseio destruí-la.
Era assim que os outros vampiros se sentiam?
Vincenzo está morto, eu não deveria estar desesperado temendo perder o controle.
Seus olhos e sua pele iridescente me hipnotizam.
Mesmo que a atração seja ampliada por algum tipo de magia, não faz diferença alguma.
Eu a amo, e isso é tudo o que importa.
As semanas afastados só serviram para solidificar as certezas que tinha, a devoção que alimento por ela é genuína.
Paro de respirar, remoendo a possibilidade de ter sido roubado do que me fazia sentir humano e bom.
A simples visão do seu semblante ofusca tudo ao redor.
Enquanto os olhos dela estão fixos na minha boca os meus não se decidem, incertos entre adorar o rosto bonito ou o decote do banyan entreaberto que mal a cobre, pois o tecido molhado se ajustou a cada uma das suas curvas.
Planejei com cuidado o que faria ao vê-la, e isso incluía o anel com uma gema cujo valor superava o da propriedade deixado num compartimento secreto da biblioteca e eu de joelhos.
Meu corpo e o dela, no entanto, já sabiam onde de fato pretendíamos chegar, e não estavam dispostos a respeitar convenção alguma.
As mãos frias emolduram meu rosto e a expressão gentil me quebra, transmitindo uma confiança que nem eu deposito em mim.
—Carlisle, você não vai me machucar.—
Minha garganta está seca, a sensação piora com o som do coração acelerado tão perto do meu e do sangue fluindo mais depressa.
—Eu não quero, são duas coisas diferentes. —
Ignorando todos os meus avisos ela me beija novamente e eu cedo.
É reconfortante e assustador o modo como Esmeralda acredita em mim, considerando o que sou e as atrocidades que viveu graças a minha espécie.
—Sereia, não foi assim que imaginei nosso reencontro.—
Umedeço os lábios e Esmeralda inclina o rosto para baixo, roçando na pele do meu pescoço.
Gosta do meu cheiro enquanto eu sequer me atrevo a sentir o dela, pois o toque frio de sua palma descendo devagar pelo meu abdômen queima.
A sensação se estende pelas minhas costas, um arrepio doloroso que não esconderia nem se quisesse.
Estou duro e tudo piora por causa dela.
— Decepcionado?—
Sussurra a centímetros dos meus lábios, não me dou ao trabalho de formular uma resposta, levando em conta o quanto estamos próximos Esmeralda sabe perfeitamente que decepção é a última coisa que estou sentindo agora.
Não sei ao certo em que ponto da noite perdi a camisa, e ainda estou meio que imerso numa espécie de transe quando a sensação prazerosa e angustiante me atravessa assim que a mão desliza pelo meu peito e desce, parando na minha barriga só para subir de novo.
— Por não fazer uma recepção adequada? Sim, você merecia... —
— Nossa relação nunca foi apropriada e você nunca pareceu se importar. Só confesse que está faminto e talvez eu o ajude, não caçou o suficiente e eu gosto da ideia de vê-lo de joelhos. —
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✔ Esmeralda e outras flores mortas| Carlisle Cullen
Fanfiction[+18 ✔ CONCLUÍDO Carlisle Cullen & O.C | Vampiro & Sereia | Esmeralda e outras flores mortas ✺Volume único |sem revisão] Cansado de ter seus hábitos continuamente postos à prova, Carlisle decide deixar a Itália. Sozinho e perdido, viaja para Londr...