38. 🍎+𝟏𝟖 CARLISLE: Reencontro II

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 A única coisa que desejo está diante de mim e não me atrevo a tomá-la por medo.

Nunca imaginei que poderia amar alguém na mesma intensidade que anseio destruí-la.

Era assim que os outros vampiros se sentiam?

Vincenzo está morto, eu não deveria estar desesperado temendo perder o controle.

Seus olhos e sua pele iridescente me hipnotizam.

Mesmo que a atração seja ampliada por algum tipo de magia, não faz diferença alguma.

Eu a amo, e isso é tudo o que importa.

As semanas afastados só serviram para solidificar as certezas que tinha, a devoção que alimento por ela é genuína.

Paro de respirar, remoendo a possibilidade de ter sido roubado do que me fazia sentir humano e bom.

A simples visão do seu semblante ofusca tudo ao redor.

Enquanto os olhos dela estão fixos na minha boca os meus não se decidem, incertos entre adorar o rosto bonito ou o decote do banyan entreaberto que mal a cobre, pois o tecido molhado se ajustou a cada uma das suas curvas.

Planejei com cuidado o que faria ao vê-la, e isso incluía o anel com uma gema cujo valor superava o da propriedade deixado num compartimento secreto da biblioteca e eu de joelhos.

Meu corpo e o dela, no entanto, já sabiam onde de fato pretendíamos chegar, e não estavam dispostos a respeitar convenção alguma.

As mãos frias emolduram meu rosto e a expressão gentil me quebra, transmitindo uma confiança que nem eu deposito em mim.

—Carlisle, você não vai me machucar.—

Minha garganta está seca, a sensação piora com o som do coração acelerado tão perto do meu e do sangue fluindo mais depressa.

—Eu não quero, são duas coisas diferentes. —

Ignorando todos os meus avisos ela me beija novamente e eu cedo.

É reconfortante e assustador o modo como Esmeralda acredita em mim, considerando o que sou e as atrocidades que viveu graças a minha espécie.

—Sereia, não foi assim que imaginei nosso reencontro.—

Umedeço os lábios e Esmeralda inclina o rosto para baixo, roçando na pele do meu pescoço.

Gosta do meu cheiro enquanto eu sequer me atrevo a sentir o dela, pois o toque frio de sua palma descendo devagar pelo meu abdômen queima.

A sensação se estende pelas minhas costas, um arrepio doloroso que não esconderia nem se quisesse.

Estou duro e tudo piora por causa dela.

— Decepcionado?—

Sussurra a centímetros dos meus lábios, não me dou ao trabalho de formular uma resposta, levando em conta o quanto estamos próximos Esmeralda sabe perfeitamente que decepção é a última coisa que estou sentindo agora.

Não sei ao certo em que ponto da noite perdi a camisa, e ainda estou meio que imerso numa espécie de transe quando a sensação prazerosa e angustiante me atravessa assim que a mão desliza pelo meu peito e desce, parando na minha barriga só para subir de novo.

— Por não fazer uma recepção adequada? Sim, você merecia... —


— Nossa relação nunca foi apropriada e você nunca pareceu se importar. Só confesse que está faminto e talvez eu o ajude, não caçou o suficiente e eu gosto da ideia de vê-lo de joelhos. —

✔ Esmeralda e outras flores mortas| Carlisle CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora