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Era por volta das oito horas da manhã, havia acordado mais tarde do que de costume já que era sábado e estava de folga

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Era por volta das oito horas da manhã, havia acordado mais tarde do que de costume já que era sábado e estava de folga.
Sentei-me a mesa para um pequeno lanche antes da minha caminhada de rotina, estava tudo bem até aquela maldita ligação.
-Julie, eu preciso de você garota – era Penélope, minha melhor amiga.
- O que você deseja querida? – imitei sua voz dengosa de sempre, eu sabia que pelo outro lado da linha ela estaria semicerrando os olhos.
- Nada de gracinhas, o meu pescoço está para leilão, você acredita que uma das minhas ajudantes decidiu ter uma dor de barriga logo hoje?
-Hmm, você quer que eu te compre papel? – dei uma risada nasal enquanto mordia meu sanduíche.
- Não, eu preciso que você me salve da forca – ela choramingava como uma criança – Julie, você só terá que me ajudar por algumas horinhas na festa do Lee, eu prometo te pagar bem.
Penélope metralhava as informações rapidamente como um papagaio tentando falar. Eu sabia que ela trabalha para o maior estilista de Nova York e o meu maior ídolo também, em outra ocasião eu me faria de difícil, mas desta vez não.
- Tá certo, onde será a festa?
- O Jimmy vai te buscar, não esqueça de pegar o crachá com ele – seu tom agora era de uma adolescente boba, bufei com a ideia de ver Jimmy – Eu sei que você não gosta dele, mas ele não tem culpa de ser irmão do Thomas.
- Eu sei, eu sei que disso ele não tem culpa – fechei minha mão até que as unhas fizessem uma  leve pressão em minha pele – Mas você sabe que eu nunca vou perdoa-lo por aquilo.
- Eu sei e você sabe que eu sinto muito, muito mesmo pelo que ele fez, mas eu juro que ele se arrependeu.
Deixei de lado o assunto de Jimmy, apenas confirmei que estaria lá a tempo e desliguei o celular.
Lee Daniel é o estilista do momento, suas criações são realmente divinas e, como estudante de moda, será um sonho poder vê-las de perto.
Cerca de duas horas depois ouvi a buzina da camionete de Jimmy, peguei minha bolsa e desci para encontrar um filhote de ogro.
- Bom dia Julie, como vai a vida? – seu sorriso de bom garoto transparecia o desgosto em me ver.
Uma porra, desgraçado era assim que o responderia mas optei por ficar de boca fechada.
Diferente dele que puxou assunto o caminho inteiro, por longos quarenta  minutos tive que ouvir músicas country e aguentar seus comentários sobre  carros toda vez que parávamos em um engarrafamento.
Jimmy estacionou na frente da mansão de Daniel e eu agradeci a Deus por não ter cometido um assassinato  no meio do caminho. A casa era majestosa como as dos filmes antigos, tudo nela era lindo e exalava elegância, combinava perfeitamente com o estilo de Lee.
- Aí Julie, eu sabia que você não iria me abandonar – Penélope vinha em minha direção, usava um vestido escuro e elegante, seus lindos cabelos cacheados estavam presos, lutando por liberdade.
Ela estava linda como sempre.
Nos abraçamos por um segundo e ela logo me guiou para dentro da casa que tinha um longo hall espelhado, a sala era ampla com janelas gigantes que a tornavam uma sala de vidro, dezenas de modelos estavam alinhadas prontas para se transformarem em verdadeiras deusas.
Com toda a certeza, a melhor oportunidade da minha vida.

Julie e DanielOnde histórias criam vida. Descubra agora