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 Três semanas se passaram e finalmente o julgamento de Amber chegou, Daniel parecia extremamente animado para ir até o tribunal e ver o reinado de Amber desmoronar e eu não estou diferente, os últimos acontecimentos fizeram com que eu deseje o pio...

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Três semanas se passaram e finalmente o julgamento de Amber chegou, Daniel parecia extremamente animado para ir até o tribunal e ver o reinado de Amber desmoronar e eu não estou diferente, os últimos acontecimentos fizeram com que eu deseje o pior para ela.

Há rumores de que a agência Eleganza irá fechar suas portas já que as ações despencaram bruscamente depois do escândalo, Amber perdeu seu cargo de CEO e sua parte na empresa está sob comando de seus pais então, mesmo que ela escape disso tudo, não conseguirá voltar para seu pedestal.

Daniel pediu que Peter, seu amigo taxista fosse nosso motorista por um dia já que ele não queria dirigir hoje, para causar ainda mais fofocas ele comprou um carro novo, um Mustang preto de dar inveja a qualquer um, foi a maior quantidade de dinheiro que eu já vi alguém gastar de uma única vez.

Peter parou o carro em frente ao grande prédio onde o julgamento aconteceria, Daniel e eu estávamos sentados no banco de trás, ele desceu primeiro e abriu a porta para que eu saísse, estendeu a mão para mim e me retirou do carro como se eu fosse uma princesa.

Os repórteres prontamente vieram até nós prontos para fotos e algumas entrevistas, Lee rodeou minha cintura com a mão e parou na frente da porta para responder alguns dos jornalistas.

- Senhor Lee, todos nós sabemos que Amber Carter é tia de sua filha, qual foi o motivo para você acreditar que ela é culpada? - uma das jornalistas disparou rapidamente, Daniel sorriu mostrando os dentes caninos, não tão ameaçador como de costume, mas sim intrigantes.

- Não é apenas uma modelo ou outra que está a acusando, muitos funcionários e até mesmo sua secretária trouxeram relatos, provas e muitas outras coisas que apontaram os crimes de Amber – respondeu calmamente medindo o tom de cada palavra como em um discurso formal – É exatamente pelo fato dela ser tia da Sophia que me preocupo em seus atos, não quero que minha filha cresça sem saber a verdade.

Minha pele arrepiou, Daniel estava em um tom sério desta vez, seus olhos afiados me transmitiam algo que eu não conseguia decifrar, seria possível que ele estava pronto para revelar o segredo da morte de Georgia?

- Porque você manteve sua filha como um segredo? Tinha medo de a expôr? - um jornalista tão alto quanto Daniel perguntou, sua mão esticada para que o gravador chegasse até nós.

- Eu acredito que o mundo da moda é um campo minado e uma menina doce como Sophia não foi treinada para esse tipo de batalha – explicou em tom lúdico, o jornalista sorriu em concordância.

- O seu casaco é muito bonito Julie, a cor lhe realçou muito bem – Daisy, um dos rostos conhecidos dali me elogiou tentando me trazer para o meio da conversa.

- Obrigada, ele é bonito porque foi o Daniel que fez – brinquei tentando parecer divertida e animada, o tipo de pessoa que todo mundo gosta.

- Não, eu não fiz nada, tudo foi desenhado e feito pela Julie, a única coisa que fiz foi ajudá-la a escolher o tecido e botões – Lee rebateu apertando ainda mais minha cintura, a pequena plateia parecia interessada naquele fato – Acredito que em menos de um ano terei meu lugar roubado.

- Então teremos uma nova pessoa como CEO da sua marca? - Daisy comentou ainda mais interessada, me pus à frente de Daniel e expliquei tudo.

- Óbvio que não, é verdade que eu quero trabalhar com moda, mas será com ideias diferentes – gesticulei trazendo todos para o meu redor – Sinceramente, meu trabalho não é tão grandioso como o do Daniel, eu me tornarei estilista por ele, mas meus desenhos são mais simples e convencionais, então não tomarei o lugar de ninguém, até porque a moda e eu não conseguiríamos viver sem Daniel – brinquei trazendo leveza para a conversa, meu lobo sorriu mostrando orgulho em seus olhos, suspirei me sentindo bem comigo mesma.

- Você cresceu coelhinha – sussurrou em meus ouvidos enquanto os jornalistas aproveitavam o momento para mais uma foto – Bom, obrigado por terem seu tempo para nós, mas agora é hora de entrarmos.

Com um pequeno aceno nos distanciamos dos repórteres e adentramos o tribunal, poucos conhecidos estavam presentes, alguns acentos estavam reservados para imprensa e outras mídias. Demos alguns passos para a frente e, antes que nos sentássemos, Rebecca se aproximou como se tivesse visto uma santidade em sua frente.

- Filho, como é bom te ver – sua voz tremia, ela parecia mais magra do que semanas passadas, estava bonita e elegante como sempre, mas algo me dizia que ela não estava bem – Eu estive com saudades.

- Como está o papai? - Lee perguntou ignorando seus olhos, ela soltou um pequeno sorriso triste.

- Seu pai está bem, só que ele insiste em não aparecer em publico mais – balançou os cabelos escuros e segurou na mão de Daniel, ele imediatamente se esquivou – Porque não senta comigo? Eu estou sozinha aqui.

- Não, eu prefiro me sentar com a minha esposa, obrigado – rebateu mostrando a mão que ele segurava, minha pequena mão pálida sendo escondida pela sua – Até mais Rebecca.

- Quando vai voltar a me chamar de mãe? - indagou como uma suplica, seus olhos pareciam lacrimejar enquanto ela lutava para aparentar o contrário.

- Quando você pagar pelo que fez.



~Mil perdões estar tão longe da história pessoal e não estar postando sempre, mas é que eu não estou muito bem comigo mesma, mas eu estou com a meta de terminar a história, então logo logo teremos muitos capítulos.

Julie e DanielOnde histórias criam vida. Descubra agora