38

75 23 3
                                    

Me despedi de Penélope e corri para o escritório de Daniel, eu queria vê-lo, queria pedir desculpas mais uma vez

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Me despedi de Penélope e corri para o escritório de Daniel, eu queria vê-lo, queria pedir desculpas mais uma vez.
Peguei o elevador quase fechando, eu não queria ter que esperar mais nenhum segundo, queria cair em seus braços e chamá-lo de lar.
Fui até o final do corredor onde sua sala ficava, ajeitei minhas roupas e abri a porta de supetão.
Amber estava lá bem ao lado dele, seu sorriso radiante se desmanchou assim que me viu. Olhei para Daniel, ele me sorriu fraco e eu entendi a lição, estava atrapalhando a conversa deles.
Fechei a porta tão rápido quanto abri e fugi dali antes que ele viesse atrás de mim. Subi as escadas e fui para o terraço, a vista de lá tira qualquer coisa de nossa cabeça.
Brinquei por um tempo com a caixinha onde o chaveiro estava, eu iria entrega-lo para Daniel, mas assim que vi Amber, a ideia pareceu boba e infantil.
Daniel tinha tudo ao seu alcance, tem uma mulher linda e rica dando encima dele, porque diabos ele me escolheu?
-Então você está aí -a voz sem fôlego dele soou, virei o rosto de relance para vê-lo.
Estava com o terno desarrumado, pequenas gotas de suor desciam em sua testa e pescoço, ele estava ofegante como se tivesse corrido uma maratona.
-Porque saiu daquele jeito? – se aproximou devagar, suas mãos na cintura enquanto me encarava com um leve sorriso.
-Você estava ocupado, não queria atrapalhar -respondi me levantando e buscando pela minha bolsa, enterrei o chaveiro em um dos bolsos.
-Eu não estava ocupado, só estava conversando com Amber.
-E ela esfregando os seios na sua cara -resmunguei baixinho, mas o lobo orelhudo ouviu.
Ele sorriu daquela mesma maneira carnívora, segurou em meus braços e sussurrou nos meus ouvidos.
-Esfregue os seus em mim, de preferência quando estivermos transando -bati em seu ombro, ele não podia estar falando aquelas indecências para mim -Vamos comer algo, eu não almocei ainda.
-Já são quase cinco horas, você quer passar mal de novo? -bati mais uma vez em seu ombro, agora mais fraco que antes, ele ria como uma criança – O que eu vou fazer com você?
Levo uma de suas mãos aos meus cabelos bagunçando-os e pegou em minha mão, seria um café da tarde, não um almoço.
À algumas quadras do escritório havia uma confeitaria onde poderíamos encher o senhor Lee de açúcar e café.
Estávamos na fila, Daniel na minha frente segurando minha mão suavemente, virou o rosto para mim quando nossa vez na fila chegou.
- O que você vai querer? -perguntou baixinho, observei o menu colado na parede, eu não tinha muito conhecimento das bebidas daquela cafeteira.
-Pode ser um smoothie de morango com abacaxi -respondi depois de pouco analisar, ele soltou um som de aprovação.
-Uma café extraforte e um smoothie de morango com abacaxi, também vou querer dois pedaços de Brownie, uma porção de Bagels e dois sanduíches.
Daniel sorria como uma criança em uma loja de doces, eu não conseguia acreditar no quanto aquele homem conseguia comer.
- É simplesmente injusto que você não engorde com tanta comida -Eu estava admirada com o seu metabolismo, pra onde iria tudo aquilo?
- O que posso fazer, você não vai comer? -perguntou tomado um gole de café depois de devorar uma fatia do bolo.
-Vou ficar só com o smoothie, caso contrário não vou conseguir jantar -expliquei bebendo a vitamina doce e refrescante.
-Porque saiu tão cedo de casa? -seus olhos tentavam investigar os meus pensamentos, apenas encolhi o ombro.
-Eu não queria te ver, estava com vergonha por causa de ontem, pensei que ainda estivesse bravo -expliquei concentrando minha atenção para um ponto fixo da mesa.
-Eu não fiquei bravo, só não gostei do que fez, mas isso foi ontem e está no passado, você não tem que me evitar por isso -rebateu estendendo a mão até que tocasse a minha -Você podia ter pelo menos atendido minhas ligações, eu estive preocupado.
-A Penélope desligou meu celular -mostrei a tela preta para ele -Foi por isso que você pulou as refeições?
-Não se preocupe com isso, eu estou bem -piscou o olho direito soltando um sorriso calmo e sereno.
-Sabe, quando eu te via na televisão ou na internet eu te achava atraente, mas não por causa do seu corpo ou coisa parecida, eu gostava do seu talento, de como você fazia eu me sentir melhor comigo mesma -passei os dedos pelas veias de sua mão -Mas agora que estamos juntos consigo ver o quão lindo você é, de todas as maneiras.
-Pare com isso coelha, eu sou um velho lobo cinzento, arrogante e narcisista -sorriu meio envergonhado -Se você continuar falando assim vou te levar pra cama.
-É sério Daniel, eu amo quando sorri assim, você tem um sorriso realmente bonito, seus olhos também são lindos, tem um brilho maduro como se já tivesse vivido muita coisa -me levantei e sentei-me na cadeira só seu lado -Eu quero que você me ensine tudo, até as pequenas e amargas coisas que já viveu.
Daniel puxou meu pescoço delicadamente colando nossas bocas em um beijo demorado com direito a mordidas em meu lábio inferior e apertos em minha cintura. Ele pouco ligava se estávamos em um local público.
Daniel era assim, cheio de imprevistos maravilhosos.

~Eu amo um casal ❤️
O que estão achando da história? Sinto falta dos comentários de vocês 😔
Próxima atualização: domingo

Julie e DanielOnde histórias criam vida. Descubra agora