Julie Jones tem 23 anos, é apenas uma garota do interior que se mudou para Nova York, traída pelo seu namorado ela se mantém em um emprego desgastante apenas para cobrir seu sonho.
Sua vida muda de rota quando ela é convidada para ajudar em um desfi...
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Daniel mais uma vez brincando com a minha cara, eu não vou responder nada. Desci com as coisas até a sala, a senhora Martha me ajudou, ela é a empregada de Daniel, muito educada e caprichosa. Falando no diabo, ele estava entrando em casa e antes mesmo de dar oi para Sophia lançou um olhar maroto para mim. Apenas respondi mostrando a língua. -Vou ajudá-las a colocar as caixas no carro -ele estava espantado com o tamanho delas -Como vocês tinham tanta coisa? -apenas demos de ombro. A viagem foi animada pelas perguntas de Sophia sobre onde iríamos, era longe dali, mais ou menos quarenta minutos de viagem. Chegamos na frente do brechó que arrecadava fundos para o orfanato da cidade. Retiramos as caixas do carro e entramos. -Julie, que bom te ver aqui, estava com tantas saudades de você -Mathias me abraçou apertado assim que entramos, ele estava com uma roupa casual que combinava perfeitamente com seu tom de pele moreno. -Eu também senti muita saudade -respondi retribuindo o carinho -Deixe-me lhes apresentar, esse é Lee Daniel, meu marido e essa é a Sophia, sua filha e esse é o Mathias, um amigo desde que vim para Nova York. Matheus estendeu a mão para Sophia que sorriu doce como sempre, já Daniel o analisou carrancudo. -Fico feliz de Julie ter encontrado vocês -Mathias envolvia a mão de Daniel com as duas mãos como sempre faz -Que Deus abençoe sempre o casamento de vocês. Lee concordou com a cabeça e puxou a mão para si novamente. -Onde devemos deixar essas coisas? -Daniel apontou para as caixas e Mathias logo o ajudou a pegá-las. -Vamos colocar lá atrás, as meninas vão separa-las amanhã de manhã -explicou pegando as duas caixas, ele era forte apesar da vocação. Conversamos um pouco sobre o brechó e como estavam as crianças no orfanato, Mathias disse que as vendas estavam indo muito bem e até reformas estavam sendo feitas. -Você deveria aparecer mais vezes lá, as crianças sentem sua falta -meu amigo aconcelhou antes de irmos embora -Vocês também estão convidados. -Nós iremos -concordei dando um beijo em sua bochecha -Foi bom de ver de novo, fica com Deus viu? -Vocês vão com ele -Mathias me abraçou mais uma vez -Se precisar conversar eu estou aqui, você sabe. Os abraços dele sempre eram quentes e acolhedores como se um santo ou Deus estivesse nos abraçando. Ele tinha essa energia. Voltamos para casa como na ida, Sophia estava atenta ao celular quando começou a falar. -O Mathias é bem bonito, quantos anos ele tem? -virei o rosto para ela. -Ele tem trinta e dois -respondi pegando um pacote de balinhas e oferecendo a eles, Lee nem deu bola -Homens como ele não envelhecem. -Vocês parecem bem próximos -ela se curvou para frente -Eram namorados? Sua declaração fez com que eu engasgasse, Daniel deu leve batidinhas em minhas costas e voltou sua atenção para o trânsito novamente. Ele continuava com a cara fechada. -Não, eu não poderia mesmo que quisesse -peguei outra balinha -Não quero virar mula sem cabeça. Sophia riu pegando mais balas, olhamos para seu pai e ele estava com um semblante confuso. -Como assim? -depois ele diz que sou eu a pateta. -Mathias é padre -declarei virando meu corpo para a frente e olhando de relance para ele. Daniel tinha soltado um sorriso e suas mãos pareciam mais leves no volante. Será que o meu marido, de mentira, estava com ciúmes?
~Graças a uma das leitoras vocês teriam capítulos diários, serão apenas um por dia assim a nossa ansiedade vai diminuir, então espero muito que fiquem comigo. Beijos 😘
