Aylanna Mikaelson

Epílogo

21 anos depois

Narrador

  — Em nosso primeiro dia na faculdade, um sábio professor citou Aristóteles: "A lei é a razão livre da paixão." Bem, sem ofensa a Aristóteles, mas em meus cinco anos aqui descobri que a paixão é um ingrediente chave para o estudo e prática da Lei e da vida. 

  "É com paixão, coragem de convicção e forte senso de si que damos os próximos passos no mundo, lembrando que as primeiras impressões nem sempre são corretas. Você deve sempre ter fé nas pessoas. E mais importante, você deve sempre ter fé em si. Parabéns turma de 2035, nós conseguimos!"

 Já tinha se passados longos vinte e um anos desde que Davina e Kol tinham encontrado aquela pequena menina encolhida e chorando em uma praça de Now Orleans, a vida dos três e de todos ao seu redor tinha mudado de forma drástica.

  Ayla começou a morar com os Mikaelsons, sendo criada por Kol e Davina que a adotaram como filha, no começo tiveram suas dificuldades, mas com o tempo se adaptaram formando um vínculo inseparável.

  Hope e Henrik logo se adaptando com a presença da nova criança na casa e a receberam muito bem, os três se tornaram um trio inseparável, estavam sempre juntos, o que acabou levando Ayla a estudar no colégio Salvatore junto aos dois e a conhecer o amor da sua vida, até porque ela ainda era um ser sobrenatural de toda forma.

  Todos logo se aproximaram de Ayla, alguns de forma mais cautelosa, como Klaus que estava sempre desconfiado e juntando isso a língua afiada de Ayla o resultado não foi nada menos que muitos anos de implicâncias.

  Agora, vinte e uma anos depois, com Ayla já no auge dos seus vinte seis, ela estava se formando em direito. Era um pouco estranho, ela não tinha deixado de ser bruxa ou lobo, não tinha abandonado o mundo sobrenatural, mas ela queria fazer algo a mais e teve o total apoio de sua família.

  Hope era a nova rainha de Now Orleans, Henrik estava responsável sob os lobos da cidade e Ayla sob as bruxas, nas horas vagas era uma estudante de direito, agora uma recém-formada em direito.

  — Parabéns, meu amor. — Davina deu um grande abraço na filha, a cerimônia de formatura tinha acabado de terminar.

  — Eu estou arrasada. — Ayla falou logo após se separar da mãe e todos logo trataram de levarem sua atenção a ela.

  — Por que, Ayla? — Kol perguntou com preocupação na voz.

  — Achei que direito era só ter que usar Louboutin e alguma roupa chique. É uma total desilusão, vou ter que defender pessoas. — Todos a olharam desacreditados e ela apenas deu de ombros. — Então, vamos comemorar?

  — Por que me tirou a festa, querida?

  — Tenho uma coisa pra te falar. — Lizzie puxou Ayla animadamente pela mão. — Agora que nós duas estamos formadas, tenho uma proposta a te fazer. — Ayla ajeitou a postura e esperou que sua namorada falasse. — Já estamos juntos há quase dez anos, o que é um grande marco para a garota que era a maior pegadora do colégio Salvatore.

  — Ei! — Ayla reclamou.

  — Não reclama, eu estou certa. — Ayla então voltou a se calar. — Mas o que quero dizer é que já estamos juntas há muito tempo, estamos formadas e eu consegui um emprego aqui em Nola. — Ayla a olhou surpresa.

  — É sério? 

  — Sim, eu comprei um apartamento aqui, não é enorme, mas é meu e se você quiser pode ser nosso. Aceita morar comigo? — Lizzie fez a pergunta com o maior sorriso no rosto, mas quando percebeu que a expressão seria de Ayla não estava mudando começou a se preocupar. — Olha se você acha que está cedo, eu enten...

  — Eu te amo, e adoraria passar todos os próximos dias da minha vida acordando ao seu lado. — Com a resposta, Elizabeth suspirou e logo relaxou beijando sua companheira. Elas ainda teriam um longo caminho pela frente, mas por hora aquilo que tinham já era o suficiente. — Quando nós mudamos?

  — Da pra acreditar? Eu era só uma criança que tinha acabado de ver o pai morrer quando conheci todos vocês e agora sou comandante das bruxas da cidade e de quebra, advogada.

 — Ainda me pergunto por que ficamos com você.

 — Não finja que não sou sua sobrinha favorita, Niklaus. — Ayla o olhou sorrindo de forma debochada.

  — Incrível como vocês não mudam. — Elijah comentou bem-humorado.

  — Ele é chato, esse é o problema, mas não é sobre isso que quero falar. Tenho vinte e seis anos e só cheguei onde estou hoje porque todos me ajudaram, eu só tenho a agradecer. Eu nunca amaria tanto um livro e saberia ler e escrever tão bem se não fosse pelo tio Elijah, seus diários e sua paciência, nunca saberia controlar meu lado lobo sem tia Hayley, tia Keelin e de forma dolorosa admito sem tio Nik, só sei lidar tão bem com o pessoal do quartel devido ao Marcel e só tenho esse maravilhoso senso de moda devido à tia Rebekah.

  "Sem tia Freya eu provavelmente não saberia fazer um feitiço básico, sem Hope e Henrik eu realmente seria uma pessoa mais triste e sem os meus pais eu jamais teria essa família incrível que tenho hoje. Só quero que fique sabendo que amo todos vocês e que fico muito feliz em dormir a noite e saber que tenho essa família e mesmo eu não tendo o mesmo sangue que vocês, ainda sim, me deixaram fazer parte do sempre e para sempre. — Ayla terminou secando algumas lágrimas que tinham escapado de seus olhos."

  — Sempre e para sempre. — Todos repetiram juntos em seguida.

  — Te fiz chorar, Niklaus?

  — Claro que não, é só um cisco. — Ayla pegou o celular e rapidamente tirou uma foto. 

  — Vou mandar colocaram no meio do quartel.

  — Sua bruxa inconveniente.

  — Lobo sarnento.

  Todos reviraram os olhos diante a cena mais que comum, mas felizes por poderem sempre presenciá-la. Aylanna poderia até não estar lá, mas eles tinham Ayla e não poderiam querer nada além. Finalmente os Mikaelsons estavam completos, felizes e em paz.

|Agradeço a quem leu e espero que tenha gostado

|Quem pegar a referência do discurso de formatura da Ayla, saiba que fez uma pessoa mais feliz