Carta de Coringa ☆ Woosan

Oito de copas

⚠️Capítulo com menção de tentativa de abuso (irei colocar um aviso quando a cena começar, e quando terminar). Em nenhum momento da história tal assunto irá ser normalizado ou romantizado.⚠️

Um mês.

Um mês tinha se passado.

E nada de Choi San.

Ele estava ignorando Wooyoung desde o dia da chamada de vídeo.

Eles apenas se encontraram duas vezes, Wooyoung não poderia colocar esperança nisso.

Mas teria que ser sincero ao falar que o 'quê sentiu com San, nunca sentiu com mais ninguém. Era como se tivesse achado nele, a pessoa que sempre quis.

Ter passado um mês tendo que ter relações íntimas com aquelas pessoas estranhas, lhe deixou enjoado e desconfortável.

Nesse último mês, também tinha achado o seu maior pesadelo.

Mikhail era o nome dele.

De relance, quando o viu chegar na boate, na última quinta-feira, não teve uma boa impressão.

Aquele homem russo exageradamente alto, que usava roupas de luxo e tinha olhos verdes, era voltado em guarda-costas, como se ali estivesse o homem mais perigoso ou importante do mundo.

E talvez realmente fosse isso.

Chitta, naquela noite, o avisou que o homem pagou uma sessão com o Jung, e óbvio, ele não queria nada com aquele cara.

Tentou convencer o chefe, falando que não tinha ido com a cara dele e coisas do tipo, mas Chitta apenas o disse para ir, e se algo acontecesse, apenas precisaria apertar a "campainha" que tinha na lateral da cabeceira da cama.

"Apenas isso".

Ele tinha reservado o mesmo quarto que San tinha reservado consigo, e uma onda de desconfiança passou por seu corpo.

Quando entrou no cômodo, Mikhail estava sentado na poltrona que tinha no canto do quarto.

Droga. Muito longe da cama.

— Jung Wooyoung? Está sério, hum? — Wooyoung notou que mesmo em um momento íntimo assim, dois de seus guardas-costas estavam ali, vigiando toda a situação enquanto disfarçavam seus olhares famintos em Wooyoung. — Vem cá, no meu colo.

— Sim... Apenas vou colocar a minha bolsa aqui... — A colocou encima da mesinha de cabeceira.

Tirou o celular da bolsa disfarçadamente e desbloqueou.

— O 'quê está fazendo aí? — Um dos guardas perguntou.

— Apenas silenciando o celular, mas ele está travando um pouco. Não se preocupe. — E então, apagou a tela do aparelho quando discou o número de Hongjoong, que logo atendeu.

⚠️

— Você é muito bonito, sabia? — O Jung chegou perto dele, e o homem logo desceu sua mão para a barra do shortinho que usava.

— Espere um pouco, não seja apressado. — Tentou tirar a mão dele dali, mas Mikhail apenas empurrou a mão de Wooyoung grosseiramente.

— Eu que mando aqui, bebê — Wooyoung engoliu seco.

— Não me chame assim. — Se levantou do colo dele, mas ele veio junto e inverteu as posições, jogando Wooyoung na poltrona.

— Eu te chamo do 'quê eu quiser. Eu estou pagando por isso. — Começou a tentar tirar as roupas do mais novo, que se debateu. — Segurem ele. — Chamou pelos guardas.