Wooyoung sentia o ar sair de seus pulmões, e apesar do fato de que ele não sabia que Kun liderava alguma organização rival, ele se sentiu culpado.
Se sentiu um traidor.
— Eu poderia muito bem te matar, Wooyoung. Mas é uma pena que eu ainda tenha o coração mole demais para matar quem eu amo. Eu tentei ignorar por estar ciente de que você não sabia, mas o 'que dói, é saber que antes de mim, você se relacionou com uma dos meus maiores rivais, depois de Chitta. Querendo ou não, e estando ciente ou não, você teve ligações com outras organizações, e talvez Chitta tenha te colocado nisso em algum momento sem nem que você tenha percebido. — San explicou, e Wooyoung sentiu a primeira lágrima descer por sua bochecha.
De uma forma ou de outra, vacilou com San, já que poderia ter sido esperto e ter percebido que tinha algo de estranho no relacionamento deles.
Wooyoung largou a arma, se ajoelhou na sua frente, e San sentiu seu coração afundar. Sentiu seu coração doer.
Wooyoung estava lhe implorando por perdão.
— M-me desculpa... Por favor... Eu não sabia e-e não foi por mau — Ele pediu esfregando uma mão na outra, gaguejando em seu próprio choro.
— Levanta, vem cá. — O Jung se levantou, e San o abraçou. — Você não precisa mais se preocupar com isso. Desculpe por ter falado aquilo, hum? Já está tudo resolvido e você não teve mais contato com ele. Não precisa implorar com perdão. Eu saber que você não teve intenção já fez com que eu te perdoasse. — O menino chorava entre a curva de seu pescoço, deixando soluços desesperados saírem. — Eu vou deixar você liderar com Felix e Bangchan, e Yeosang lidera Chitta, certo? — Wooyoung o olhou de olhos arregalados.
— Você... Está nos entregando dois grandes casos? — O Jung perguntou.
Era como se San tivesse entregando a máfia nas mãos deles. Como se fosse ficar auxente por um tempo.
— Vocês são espertos, eu sei que conseguem. São agora três rivais, então sejam responsáveis e façam seus melhores. Eu ainda vou estar de olho em tudo, já que é a primeira vez de vocês, certo? — Wooyoung fez que sim com a cabeça, e voltou à o abraçar. — Dá aqui. Não sei como você aprendeu a usar isso sozinho... — Se refiriu a arma grande que Wooyoung ainda segurava. — Vamos voltar lá. Provavelmente Boss e Fort já acharam Chitta. Vamos pedir para eles levarem eles pros galpões, e amanhã a gente resolve isso.
Wooyoung e San voltavam para o salão do cassino, vendo que todos ainda estavam lá, junto dos outros dois capangas segurando um Chitta que tinha um dos olhos roxos, e mal conseguia se manter em pé.
— Yeonjun, Jongho, Seonghwa hyung, Mingi, Fort, e Boss, eu vou deixar o resto do trabalho de hoje com vocês. Eu decidi deixar Wooyoung liderar o caso de Bangchan com Felix, e Yeosang com o caso de Chitta. Yunho e Hongjoong, a ajuda de vocês é muito bem-vinda. Por hoje, apenas levem Chitta e Bangchan ao segundo galpão, e descansem pelo resto da noite. Amanhã vocês ficam de folga, e sexta-feira voltamos ao normal. Eu vou indo, qualquer coisa me liguem.
Wooyoung acenou para seus amigos, se despedindo deles silenciosamente.
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San e Wooyoung chegaram na casa do mais velho exaustos. Eram 04:00 da manhã, e mal conseguiam ficam de pé. Os dois decidiram tomar banhos juntos, banho esse que foi completamente silencioso, mas mesmo assim, conseguiam transmitir amor, de qualquer forma. Wooyoung abraçou o Choi com força, como se nunca mais quisesse sair dali. San também fez o mesmo no menor, enquanto lavava os cabelos dele.
Quando eles foram dormir, deitaram de conchinha, e assim adormeceram. Sem muitas preocupações, completamente alheios ao mundo.
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Acordaram quase 17:00 horas da tarde, famintos, e de energia renovada. Eles "almoçaram" macarrão instantâneo e dividiram 1 litro de Pepsi zero. San, mesmo depois de comer ainda sentia fome, então deixou a preguiça de lado e pediu frango por um aplicativo de delivery. Quando o frango chegou, ele comeu enquanto dava alguns na boca de Wooyoung, que jogava vídeo-game ao seu lado. Daquela hora até 00:00 aconteceram muitas coisas entre o casal.
Eles discutiram por causa do jogo, deram uns amassos, cochilaram, e tiveram uma rapidinha. Então, apenas na madrugada conseguiram dormir definitivamente, no sofá mesmo, com a tela inicial do jogo ainda aberta.
Acordaram 12:00 do outro dia, e logo foram se arrumar para trabalhar. Wooyoung estava nervoso porque estava cheio de marcas roxas no pescoço e não queria passar uma má impressão para as pessoas que trabalhavam com San. O Choi, para o acalmar, falou que iria para lá sem maquiagem no pescoço e dois botões da camiseta social abertos, algo que irritou ainda mais Wooyoung, que acabou soltando um "não quero que olhem muito para meu homem", algo que fez San ficar com tesão e iniciar um beijo no meio da sala de estar.
Não demorou muito para esse beijo ser quebrado por um Wooyoung dizendo que a gatinha estava na frente deles e não podia assistir aquele tipo de coisa, e só então, saíram de casa.
"Saíram de casa" entre-aspas, porque o casal voltou a se beijar dentro do carro, ainda com ele dentro da garagem.
Foram sair de casa definitivamente só às 13:00 da tarde, quando o mais velho recebeu uma ligação de um Jongho completamente irritado pelo atraso.
Como era o primeiro dia do quarteto, os chefes os indicaram para começar pelas coisas simples, como a procura de dados pela internet, etc. O trabalho de Wooyoung foi fácil, já que San já tinha os registros de Christopher em seu sistema. Apenas ficou encarregado de saber quais foram as coisas que o Bang vazou para a máfia rival.
San estava sempre de olho com o 'que Wooyoung fazia naquele Notebook de alta geração, tomando cuidado para ele não fazer nada de errado.
No final do dia, todos decidiram ir para a casa de San, apenas para conversarem e beberem um pouco. Foram apenas os mais próximo, então, San, Mingi, Jongho e Seonghwa estavam apenas jogados no sofá da parte externa da casa, tirando papo fora, e bebendo algumas garrafas de soju. Wooyoung, Yunho, Yeosang e Hongjoong estavam mais afastados falando sobre sebe-se o 'que.
— Como estão as coisas entre você e Wooyoung? — O Park perguntou, enquanto dava um gole grande na bebida.
— Estão bens, eu acho.
— Soube que vocês brigaram no dia do cassino. Yunho me contou. — Mingi disse, e San concordou.
— Eu fiz uma burrada, ele também, mas as coisas já estão resolvidas. É coisa do passado e não tem mais o 'que falar. — O Choi disse e todos concordaram.
— Como que eles aprenderam à mexer naquilo tudo? São armas grandes demais que até eu levei tempo 'pra aprender a usar. — Jongho pensou alto, e todos afirmaram.
— Isso eu não sei, provavelmente foi impulso. Mas algo que não 'dá de negar, é que eles são muito inteligentes. Eles pensam e assimilam as coisas muito rápido. É surpreendente. — Mingi olhou para os outros quatro enquanto eles riam de alguma coisa que Hongjoong tinha dito.
— Acho que eles são especiais. — San sussurrou.
— Tipo incógnitas? — Seonghwa perguntou.
— Para pessoas de fora, talvez. Eu conheço Wooyoung com a palma da minha mão, o suficiente para saber que não é todo mundo que mexe com ele. — San o respondeu, observando de longe o menino que ria com os amigos.
E por fim, Jongho complementou.
— Mas quem percebeu isso tarde demais, foi você.
— Você que pensa, Choi Jongho. Yeosang e você são muito inteligentes, mas os maiores segredos, sempre passarão despercebidos.
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Carta de Coringa ☆ Woosan
FanfictionJung Wooyoung, durante seus 21 anos, tem que começar a trabalhar em uma boate de uma cidade deserta após seu pai o expulsar de casa. Choi San, durante seus 27 anos, é conhecido como um dos maiores mafiosos da Coréia do Sul, assim como o atual homem...