Sete de espadas

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Capítulo com cenas +18, vou colocar aviso quando iniciar e terminar.

— Você falou com os meninos? — San viu o menor negar com a cabeça. — Wooyoung... Eles devem estar preocupados.

— Eu... Queria tirar um tempo 'pra mim, sem celular e essas coisas. Eu expliquei para eles que eu estava seguro com quem eu estava. — O Jung se sentou na cama, encostando as costas na cabeceira.

San entendeu o lado do menor, mas mesmo assim, pediria para algum dos meninos os avisarem que Wooyoung estava realmente bem.

— Você quer fazer alguma coisa? Nós mal saímos de casa desde que você chegou. Não pode ficar muito trancado. — Puxou o mais novo para o seu colo, e acariciou seus cabelos.

— Me leva onde você trabalha? — O Choi ergueu uma sobrancelha com o pedido.

— Jung Wooyoung. 'Pra quê você quer conhecer o lugar onde eu trabalho? Lá é muito violento e as pessoas são ignorantes! — Reclamou com a voz carregada em satoori.

— Hyung, você acha que eu me importo com violência? E o 'que você pede para eles fazerem? Matar uma pessoa a cada corredor, na frente de todo mundo? — Respondeu também em satoori.

— E você acha que a minha máfia é uma empresa de telecomunicações para ter andares e corredores? Não seja maluco, nós não colocaríamos a sede da máfia mais temida das Coréias no meio da rodovia de Seoul, pabo. — Se demonstrou indignado com as fantasias de Wooyoung.

— Hyung! Me deixa ir, por favor! Eu faço qualquer coisa!

— Não Wooyoung, você não vai e ponto final.

🏴‍☠️

— Para de sorrir 'pra mim como se fosse um maluco virado, Wooyoung. 

Os dois estavam no carro, San com uma carranca irritada, e Wooyoung com um sorriso de uma criança que acabou de ganhar doce.

— Qual é, sr. Choi, juro que não vou fazer você passar vergonha. — O Jung o olhou sujestivo, colocando uma das mãos no ombro do mais velho, que continuava carrancudo.

San continuava olhando para frente, com as sobrancelhas cerradas, e os olhos entre-abertos. Wooyoung olhava a expressão dele, enquanto pensava no quão bonito o Choi era. Os olhos bem rasgados e afiados, características que combinavam totalmente com a harmonia quente e misteriosa de seu rosto. Lógico que Wooyoung tendo a mente tão fraca, milhares de ideias começaram a aparecer em sua cabeça, e lógico que colocaria uma delas em prática.

Disfarçadamente, colocou a mãozinha pequena na coxa grossa do maior, que desviou o olhar para o local, mas logo voltou a atenção para a estrada. O Jung encostou sua cabeça na janela, olhando para o movimento fora do carro ao mesmo tempo que começou à apertar e acariciar a pele coberta pelo jeans azul claro que San usava.

Ele fechou os olhos, e o 'que era para ser uma provocação, virou nervosismo e coração acelerado, apenas por saber que, de alguma forma, estavam se tocando, encostando um no outro. Ele escutou uma movimentação sutil, e não demorou muito para que a mão grande e veiuda de San se colocasse encima da sua própria, o 'que fez com que o Jung abrisse os olhos e olhasse para a direção, e depois olhasse para San, que ainda estava com aquela cara séria de antes. Sabia que ele ainda estava emburrado consigo, mas mesmo assim, não se manteve longe.

Wooyoung se sentiu bem olhando para o rosto do Choi, percebendo que mesmo se ele estivesse bravo ou irritado, não deixaria de demonstrar carinho para si.

O carro parou, e San olhou para si pela primeira vez durante toda aquela viagem. Estavam na frente de um galpão, longe da cidade grande.

— Você... Pretende voltar 'pra lá? — San voltou à olhar para frente, usando sua mão livre para ajeitar seu cabelo acima da orelha.

Carta de Coringa ☆ WoosanOnde histórias criam vida. Descubra agora