Carta de Coringa ☆ Woosan

Il caos che mi nutre

- WOOYOUNG! QUALQUER ARMA QUE TIVER AÍ, NÃO PÕE NA MOCHILA, DEIXA NA MÃO! - San exclamou, e eles saíram do carro, tentando adentrar os fundos da boate.

Yunho, Hongjoong, e Wooyoung colocavam aqueles saquinhos dentro da mochila. Por fim, o Jung destravou a AR-15, e apontou para a porta. As vozes altas e masculinas ficavam cada vez mais presentes.

- Põe... Põe a mesa encima da estante... - Jung ordenou ofegante, e os dois outros se esforçaram para empurrar aquela mesa pesada para cima da estante caída.

Ele ajeitou a mochila, e posicionou aquele 'negócio pesado de uma maneira que ficasse mais confortável.

- Quem arrombar a porta a partir de agora... Atire. Não importa quem seja. - Escutou a voz de San vinda de seu telefone, e o trinco da porta se mexeu.

- Fiquem longe. - A voz tremida se direcionou para seus hyungs, que ficaram em cantos opostos da porta.

O olhar que antes era de medo, escureceu quando a porta abriu, e o dedo apertou o gatilho.

Sem dó, Wooyoung atirava sem parar, e aquilo rapidamente se tornou um tiroteio.

Ao que os tiros de pistola entravam no cômodo, eles eram desviados rapidamente pois seus próprios atiradores caiam no chão, fazendo as armas mudarem de posicionamento. Muitas das balas batiam no teto, paredes, e a janela grande que tinha atrás de si. Uma dessas balas derrubaram uma caixa que tinha em uma prateleira superior, que ficava quase que escondida em uma altura próxima ao teto.

A caixa amadeirada se partiu quando bateu no chão, derrubando três pistolas, duas dessas que foram pegas rapidamente por Yunho e Hongjoong, que engajaram o tiroteio.

E então, o carregamento da arma de Wooyoung acabou.

Agora, ou ele morria, ou nascia de novo.

Ele se abaixou batendo com a mão direita na lateral da arma, tentando fazer com que ela voltasse à "funcionar" magicamente.

Nesse meio tempo, a janela de vidro temperado caiu apenas com um empurrão para frente, e logo San, Jongho, Mingi e Seonghwa entraram ali, atirando em direção à porta com armas de grande porte, superiores da que Wooyoung tinha na mão.

Ele sentiu uma mão agarrar seu braço, e puxar fortemente seu corpo deitado, e quando olhou para cima, viu San atirando com um braço só, e por milésimos, se perguntou em como ele conseguia segurar aquele peso com um braço só.

Enfim, voltando à troca de tiros.

Quando os homens simplesmente acabaram, o silêncio reinou.

Aquilo pareceu ter durado 2 horas, mas na verdade, apenas tinham matado 15 homens, e mais 4 estavam resmungando de dor.

Wooyoung estava encolhido atrás de San, e rudemente foi levantado, da mesma forma que o Choi tinha o arrastado.

Wooyoung sabia que não era proposital, e sim, porque tinha mais gente se aproximando.

Quando os passos chegaram em frente à porta, todos abaixaram seus armamentos. Era apenas Yeonjun junto de Bangchan, Boss e Fort.

Yunho se aproximou quando viu uma lágrima descer pelo rosto do amigo, e Hongjoong fez o mesmo.

Wooyoung chorava em silêncio, se encolhendo aos toques do Jeong e Kim, querendo recuar de alguma forma.

San se aproximou dos três, e em um pedido de silêncio, pediu para os amigos se afastarem.

Pegou na mão do menor, e saiu da sala que estava toda destruída.

- Não é perigoso eles somente saírem por ali? - Hongjoong perguntou baixinho, indo em direção à Seonghwa.

- Não. Uma outra parte da equipe está cuidando de qualquer outro suspeito presente aqui dentro. - Abraçou o menor.

🏴‍☠️

Eles entraram no 'quê San pensava ser o vestiário da boate, e o Choi assistiu o menor sentar no chão e se encolher ali. O Choi também sentou do lado dele, e apenas observou as mínimas ações do outro.

Em algum momento, Wooyoung apenas olhava para San, que devolvia a encarada. Era como se estivessem conversando entre olhares, e Choi San sabia o 'quê era isso mais do 'que ninguém. Se lembrava perfeitamente de como tinha ficado depois da sua primeira missão dentro da máfia, quando tinha apenas 17 anos.

O garoto desceu o olhar para a mão do Choi, esse que segurou a do Jung. Foi um contato simples, mas o suficiente para fazer ambos os corações descompassarem.

O corpo menor estremeceu quando escutou sons de tiros vindos de longe, e San o abraçou de lado. O silêncio se tornou presente mais uma vez, fazendo com que escutassem apenas a respiração um do outro.

Minutos se passaram até o mafioso perceber que o outro dormiu em seu ombro, então o pegou no colo, e voltou para a sala que antes já tinha sido um escritório luxuoso. Todos ainda estavam lá, provavelmente contando os pacotes de ópio, e validando o armamento.

Hongjoong quase saiu correndo até San, mas parou quando percebeu que Wooyoung estava apenas dormindo, e não morto.

— Eu vou levar ele comigo. Quando terminarem por aqui, Hongjoong e Yunho, venham junto. Não posso permitir com que pisem aqui uma próxima vez. Vou pedir para recolherem as coisas de vocês e cuidarem dos outros meninos. Vejo você mais tarde, tomem cuidado. — E saiu.

Deitou Wooyoung no banco de trás, e logo deu partida para sua casa.

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Chegando na casa, Wooyoung já estava acordado, mas ainda estava calado. San não iria forçá-lo a falar nada, igual fizeram consigo. Traumas têm suas maneiras singulares de serem lidados, e em alguns casos, como mecanismo de defesa, é comum que a pessoa fique não-verbal. Forçar seria a pior das hipóteses, então apenas indicou com a mão para ele se sentar no sofá, e foi em direção à cozinha pegar algo quente para ele beber, já que o frio começava a dar as caras novamente.

Em todos os momentos, o Choi também permaneceu quieto, apenas para não deixar Wooyoung desconfortável em algum fator.

Ele voltou da cozinha com um copo de achocolatado, e notando que ele estava usando apenas uma regata, rapidamente o abraçou, sentindo ele se aconchegar em seus braços. San teria que estar preparado para o 'que vier, em relação a recuperação de Wooyoung. Podia acontecer dele continuar não-verbal por mais algumas horas ou dias, podia acontecer dele ter alguma crise de ansiedade, ou até mesmo uma febre alta devido o estresse pós-traumático.

Colocar Wooyoung, Yunho e Hongjoong para fazer aquilo foi uma má hipótese, mas sabia muito bem, que se eles apenas continuassem trabalhando ali regularmente, teria uma hora em que Chitta simplesmente enlouqueceria, e poderia fazer péssimas coisas com os meninos.

Se é que ele já não estava louco.

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eu tava pensando em deixar essa obra em hiatus por um tempinho, o alcance dela ta muito ruim, e isso não me incentiva nem um pouco 😕

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