Bullying - Pedro

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Personagem Principal: Emma Amaia Burgos dos Santos - 16 anos
Pai: Pedro Guilherme Abreu dos Santos (assim como Antony, Gavi e outros, imaginem ele mais velho)
Mãe: Mikaela Burgos (fisioterapeuta e falecida)

   Faz um mês que eu estou aqui no Brasil morando com meu pai, o jogador do Flamengo e da seleção brasileira, Pedro! Estou aqui porque morava em Porto Rico com a minha mãe, porém, devido a um acidente automobilístico ela faleceu há um mês, eu não ...

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   Faz um mês que eu estou aqui no Brasil morando com meu pai, o jogador do Flamengo e da seleção brasileira, Pedro! Estou aqui porque morava em Porto Rico com a minha mãe, porém, devido a um acidente automobilístico ela faleceu há um mês, eu não entendo muito bem o idioma português, não conheço a cidade, não conheço a escola, não tenho amigos e sou a coitadinha sem mãe, eu só quero me enterrar em um buraco e sumir da face da Terra. As pessoas implicam com meu sotaque, implicam com meu cabelo, implicam com a minha história, implicam com as minhas roupas, eu não aguento mais. 
  Eu estava no fundo da escola só querendo um segundo de paz, após terem me ridicularizado na frente de todos no pátio da escola, eu só estava tentando me controlar para não ter outro ataque de pânico, meu coração parecia que ia explodir, estava suando como uma porca indo para o abate, minha garganta estava trancada e não estava conseguindo respirar direito, inclusive eu estou segurando em minha mão direita a correntinha que arranquei do meu pescoço na intenção de respirar, minhas mãos tremiam e eu estou começando a me desesperar porque não estou conseguindo me acalmar. Eu escutei ao longe o sinal que avisava o fim do intervalo e eu continuei ali, achando que seria o dia do meu infarto.
Então uma professora me encontrou, me levou para a enfermaria e depois de eu me acalmar, estava sentada na sala da pedagoga junto dela e da secretária. 

-Então, quer contar o que aconteceu? - A pedagoga perguntou calma

-eso foi só uno ataque de pânico - falei olhando para as minhas mãos - Não foi nada demais.

-Quer me contar o que você acha que ocasionou essa crise? 

-No! - falei a olhando 

-Eu posso perguntar o por que? 

-Porque você no vão hacer nada a respeito! 

-Se você não disser o que é, como vai saber disso? 

-Porque as pessoas que hace isso comigo tem papás influentes, mais que o mi papá! Então se puder me liberar, eu agradeço!

As mulheres se entreolharam e então a secretária falou.

-Vou ligar para o seu responsável! 

-Gracias! - falei respirando fundo

Dentro de trinta minutos meu pai entrou na sala da mulher e eu fiquei esperando no corredor em uma cadeira, ele saiu de lá com um sorriso amarelo no rosto, se despediu e me chamou para irmos, peguei minha mochila que já estava comigo e segui para o carro. Fomos o caminho todo em silêncio, ao chegarmos em casa, ele parecia não saber o que falar ou o que fazer, eu entrei e subi para o meu quarto e fiquei lá até bastante tempo após o Sol se por. Quando ele entrou no meu quarto, eu estava no meu celular olhando uma foto minha e da minha mãe, ele pareceu não saber bem o que falar, mas eu não julgo ele, já que nos víamos em torno de uma vez por ano apenas e algumas poucas mensagens no celular, mas nunca fiquei brava ou tive rancor, porque eu tinha ela e isso pra mim já era o suficiente.

-Quer me contar o que aconteceu hoje?

Eu repassei na memória tudo o que houve e meus olhos encheram de lágrimas.

-Tive uma crise de pânico - falei sentindo a minha garganta começar a travar.

-E o que te levou a ter essa crise de pânico? 

Eu fiquei quieta um pouco pensando em como eu poderia explicar o que estava acontecendo. As lágrimas arderam meus olhos, enxuguei antes que elas caíssem, meu coração acelerado dizia que não ia dar pra fingir que não era nada, então comecei a respirar fundo para tentar controlar minha respiração, ele não me forçou a responder, ele só me envolveu em um abraço e eu desmoronei, ele me abraçou tão forte que parecia que ele queria pegar aquela dor que eu estava sentindo e colocar nele, parecia que ele queria me esconder do mundo dentro do seu abraço. Ele esperou eu terminar de chorar, de me desesperar e só me soltou quando eu estava bem controlada, e foi nesse momento que eu resolvi falar antes que eu perdesse a coragem.

-Los otros alunos de la escuela estão me humilhando, me hacen todo o tipo de bullying comigo. Eu me siento inadequada, deslocada, sem valor. Solo desearía no existir

Ele tomou um susto com a informação.

-Com o que eles estão implicando? 

-Tudo! Tudo o que existe para implicarem eles estão usando, eu entendo que no soy una de ellos, mas se eles ignorassem a mi presença seria mucho mejor

-As pessoas da escola, professores sabem? 

-Alguns sim, pero no hacen nada. Papá, eu só quiero voltar para Porto Rico, por favor! Eu le ruego! - falei saindo da cama e me ajoelhando na frente dele

-Emma, levanta - ele disse me levantando com delicadeza - Eu sinto muito, mas não podemos ir para Porto Rico, meu trabalho é aqui.

Então comecei a chorar e ele me abraçou novamente.

-Mas não se preocupe, o papai vai resolver isso pra você! - ele disse enquanto me apertava contra seu peito,

-O que vai hacer? - perguntei

-Não se preocupe com isso, a única coisa que eu quero é que vá para aquela escola de cabeça erguida, você é maravilhosa e eles não merecem você, não é você que é inadequada, eles são inadequados para você, eles não sabem lidar com alguém tão grande assim! 

Aquilo de certa forma aqueceu meu coração, fiquei ali abraçada com ele e confiando que amanhã seria um dia melhor.


MAIS UM PEDIDO CONCLUÍDO COM SUCESSO

Imagine - Filha de JogadorOnde histórias criam vida. Descubra agora