your lips

521 64 17
                                    

"A tempestade está do outro lado da janela"

Maraisa point of view

Marília abriu a porta da sala chegando da empresa, jogou a bolsa ao meu lado e tirou os saltos.

Seu sorriso aberto acabou com toda minha distração. Todas as vezes que eu olhava pra ela eu começava a pensar em como eu havia tirado coragem de mim para continuar encarando-a mesmo depois de tudo o que tinha acontecido e eu havia passado a admirá-la mais ainda por não estar me evitando. Ela estava preocupada e cuidando de mim e eu fazia todo o esforço do mundo para corresponder da mesma forma.

— Oi Mara, tudo bem? —a loira perfeita na minha frente perguntou.

— Estou bem, e você como está?

— Estou exausta, vou tomar um banho, já volto.

— Vou pedir algo pra gente comer, tudo bem pra você? — perguntei e ela assentiu, me fazendo suspirar ao vê-la indo em direção ao quarto.

Marília voltou a ir a empresa, mas na maioria dos dias ela voltava cedo ou saia de casa tarde. Seus olhos estavam com bolsas profundas e ela parecia estar exausta. Diversas vezes eu acordava no meio da noite e percebia que ela estava acordada. Eu não falava nada, apenas observava seu rosto que parecia absorto em pensamentos, fazendo questão de não ser notada e nunca fui. Era impossível negar que minha atração por ela havia crescido. E eu não saberia explicar se isso se devia ao fato dela estar sendo tão cuidadosa ou por todas as outras coisas que haviam acontecido antes, inclusive nosso beijo.

— Vou pedir japonês, a loira gosta pra caramba. — peguei meu celular e fiz o pedido.

Depois de quase uma hora na sala decidindo se iria até o quarto verificar se a loira estava bem, a campainha tocou, era o entregador, arrumei nossa comida na mesinha de centro e caminhei até o quarto da loira.

A porta estava aberta, e tudo em completo silêncio, me aproximei e entrei.

Porra, porra, porra!

Quando entrei, Marília estava apenas de calcinha, engoli seco, esqueci completamente do que havia me levado até ali, estava ocupada demais me perdendo naquelas curvas, na vontade de passear minhas mãos por aquele corpo e desejando ter aquela mulher na minha cama por toda minha vida.

— Hum.. me desculpe entrar assim... só que a porta estava hã... aberta.

— Tudo bem Mara, aconteceu algo?

Ela se virou, deixando que eu tivesse a visão completa do seu corpo, de frente, e a única movimentação que eu consegui, além dos tremeliques que eu sentia se perpassando por mim, foi meus olhos diretamente nos seios perfeitos, arredondados e grandes, senti minha calcinha molhar com o pensamento das minhas mãos descendo até eles, da forma que eu gostaria de apertá-los naquele momento.

— Si... sim a nossa comida chegou.

Marília vestiu a camiseta, infelizmente me privando da visão deliciosa a minha frente.

— Eu pedi comida japonesa.

— Eu te amo Maraisa! — Ela respondeu animada.

Ela me ama?

Partimos para a sala e nos sentamos no sofá, me estiquei um pouco pegando um sushi, mas Marília o tirou do meu hashi, o enfiando na boca.

— Ei! Você nunca vai parar de roubar minha comida!?

— Nós compartilhamos a casa e as despesas, portanto, a comida também deve ser compartilhada!

— Isso quer dizer que posso comer sua Nutella quando eu quiser?

YOUR EYESOnde histórias criam vida. Descubra agora