subpoena

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"O desejo é o combustível que mantém a chama da paixão sempre acesa."

Maraisa point of view

— Você organizou isso tudo?

O quarto estava boa parte decorado, tinha uma pequena mesa de jantar, forrada com um pano branco de tecido fino e elegante, estava enfeitada com uma jarra de margaridas no centro, um prato de cada lado e taças de vinhos sobre a mesa, as cadeiras estavam de frente uma para a outra e, bem do outro lado, havia uma mesa pequena com pratos tampados, contendo o jantar pronto, o ambiente tinha um aroma agradável e todas as luzes estavam apagadas, exceto as dos abajures.

— Eu queria dizer que sim, mas não — Marília respondeu, o rosto expressando uma careta descontente ao olhar o ambiente. — Pedi para Mazé.

Eu gostei do resultado, e pelo olhar de Marília, ela também tinha gostado, retirei os sapatos dos meus pés e Marília me imitou, tirando os próprios sapatos também.

— Jantar ou banho primeiro? — ela jogou as opções.

Sentindo o cheiro de comida, eu soube imediatamente o que escolher.

— Estou morrendo de fome — declarei.

Marília riu, concordando, e ambas fomos até a mesa pequena, que guardava o jantar, quando retirei as tampas, percebi que o jantar é macarrão à bolonhesa, meu prato italiano do meu restaurante favorito.

— Você se empenhou bastante — comentei, começando a servir o jantar.

Marília me abraçou por trás, beijando meu ombro que estava ao seu alcance, ela atendeu ao meu pedido, sentou-se, me deixando servir os pratos, quando terminei de encher as taças de vinho me sentei na frente dela.

Eu comecei a comer primeiro, aproveitando o momento para reorganizar os meus próprios pensamentos, mastiguei a comida, bebi mais um gole do vinho, reprimindo a mim mesma para não exagerar muito, e a encarei, primeiro, decorei cada traço do rosto dela e em como a íris de seus olhos pareciam brilhar em expectativas, soltei o talher na mesa e juntei as mãos, apertando os dedos devagar.

— Queria ter comemorado com você ontem. — ela disse

Mastiguei um pouco do macarrão primeiro, antes de abrir a boca para responder, meus olhos totalmente atentos nela.

— Podemos comemorar agora meu amor, não vamos focar no ontem. — apertei sua mão por cima da mesa a passando segurança. — Eu te amo.

— Você pode dizer de novo?

— Que eu te amo? — questionei, confusa.

Ela assentiu, sorrindo.

— Eu te amo — repeti, apertando seus dedos contra os meus. — Eu te amo.

Marília soltou as mãos das minhas e levantou-se da cadeira, rodeando a mesa em seguida, até chegar em mim, sentando-se no meu colo.

Ficamos assim durante alguns segundos, uma encarando a outra com o coração batendo contra o peito. Foi Marília quem tomou a atitude de juntar nossos lábios, coloquei minhas mãos ao redor da cintura dela, puxando-a para mais perto, fazendo com que ela se encaixe perfeitamente no meu colo, com a perna dela uma de cada lado do meu corpo, ela segurou o meu rosto, sem intenção alguma de soltar, quando iniciou o beijo, Marília me beijou devagar, e eu aproveitei saboreando cada sensação que ela me proporciona ao tocar sua língua na minha.

Aproveitando o aumento da intensidade do beijo, juntei as pernas dela firmemente ao redor da minha cintura e me levantei com ela no colo, procurando cegamente o caminho da cama. Não demorou muito para que eu conseguisse chegar e ambas caímos no colchão, as bocas desgrudadas agora, rindo.

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