"Deixa eu ficar aqui no seu abraço? Minha pele na sua, sua boca na minha, nossos corpos juntinhos e nossa alma conectada para sempre."
Maraisa point of view
Marília foi até o banheiro e eu fiquei sentada olhando em volta do salão, as vezes cumprimentando alguns conhecidos.
— Maraisa, a festa está incrível. — Thaeme apareceu na minha frente com um sorriso enorme, ela acabou me assustando com a aparição espontânea dela ali. — Aceita vinho? Já ouvi falar que você é viciada neles.
— Olá Thaeme, aceito sim, mas isso não quer dizer que eu seja viciada! — a cumprimentei sorrindo, pegando a taça que ela me ofereceu.
— Não vou discutir isso com você. — sorriu divertida.
Thaeme me entregou a taça e desastrada do jeito que eu sou acabei virando o conteúdo da taça em cima de mim mesma.
— Nossa, que merda! — reclamei, usei a folha que estava em minha mão para me secar.
— Ai, Maraisa, folha não seca nada. — ela bateu a mão na testa — Deixa eu te ajudar. — pegou o pano que estava em sua cintura e colocou sobre meu vestido tentando absorver o vinho.
— Amor, preciso que você m... — Marília se interrompeu com a cena que visualizou. Thaeme estava sentada na minha frente, focada em limpar meu vestido. — O que está acontecendo aqui?
Nos duas tomamos um susto com a aparição da minha esposa, rapidamente nos arrumamos em posições mais confortáveis.
— Não é nada demais Marília, é que a Maraisa derrubou vinho e eu estava a ajudando a se secar. — Thaeme tenta se explicar.
— Não é o que me pareceu. — Marília olhava para nos duas com a sobrancelha arqueada.
— Marília... — ela me lançou um olhar matador, e eu me calei. Essa cara... Já tinha se passado tanto tempo, mas essa cara significa... Ah, não, não, ela não pode estar com ciúmes? Ou pode?
— Bom, é... — a moça gaguejou, de olhos arregalados, buscando ajuda comigo. — Eu só estava a ajudando, ela queria se secar com papel e eu peguei meu pano, foi somente isso. Não desconfie, por favor. Eu nunca faria algo nesse nível, de jeito nenhum.
— Thaeme, deixa que eu falo com ela, vá em paz. — toquei no ombro da moça, voltando a mim. — Confia em mim, ok? — pisquei e ela assentiu.
— Tudo bem, com licença. — ela se levantou e saiu, Marília acompanhava a cena de braços cruzados.
— O que foi essa cena que presenciei Maraisa? Se eu não tivesse chegado teria deixado ela entrar no decote do seu vestido?
— Marília, pelo amor de Deus! Olha o estado do meu vestido, e eu nunca faria uma coisa dessas com você. — me levantei, mostrando o tecido pingando vinho — Não veja maldade onde não há. — ela me avaliou e mediu minhas palavras, suspirou fundo, praticamente convencida — Você está com ciúmes?
— Ah, Maraisa... Você não merece nem resposta. — ela revirou os olhos.
— Não precisa ter ciúmes de mim, Mali, eu sou toda sua.
— Não é isso Maraisa é que a cena que eu presenciei foi extremamente estranha.
— O seu olhar de ciúmes continua o mesmo de anos atrás, eu te conheço. — sorri sacana, o sorriso que a deixa tão desconcertada, caminhei e parei de frente para ela. — Vem comigo até minha sala? — encarei seus lábios.
— Maraisa aqui não é lugar, é nosso ambiente de trabalho!
— Não estamos aqui a trabalho e eu preciso trocar esse vestido.
Caminhamos até o elevador que estava aberto, entramos e seguimos para o andar onde fica minha sala, entramos na sala e Marília colocou a bolsa em cima do sofá, direcionando seu olhar a mim.
— Você está estranha a alguns dias Mara, não sai do celular e hoje pela manhã agiu daquele jeito quando te pedi ele, você nunca foi assim e isso está me incomodando. — percebi que ela está desconfortável abrindo-se dessa forma. — E sim, eu fiquei com ciúmes de você com Thaeme.
Ri alto, e a abracei, não aguentando me segurar mais.
— Me desculpa meu amor, não está acontecendo nada, sobre o celular, estou fazendo um pacote de viagens para gente e nossos filhos, queria fazer surpresa, mais não sei como disfarçar nada sem parecer que algo está acontecendo.
— Me desculpa por estragar a surpresa. — ela fez um biquinho adorável.
— Você é tão marrenta! Briga comigo e depois faz essa carinha, assim você me quebra, Marília.
Me aproximei do rosto dela, ela me encarando, ansiosa, desenhei seu lábio inferior com os dedos, ela fechou os olhos, completamente entregue, lhe dei um selinho longo, um simples encostar de lábios. Marília entreabriu os lábios, e eu tornei nosso simples selinho em um beijo de verdade. Nos beijamos como se tivéssemos sede uma da outra, começou lento e agora é feroz, grudei nossos corpos de forma que não havia se quer algum espaço entre nos, a trouxe para a mesa, minhas mãos passeando por todo o corpo dela, não quero parar de beijá-la, sou totalmente viciada em Marília Mendonça.
Puxei ainda mais a loira pra mim, derrubei algumas coisas de cima da mesa e coloquei ela sentada ali, ambas não conseguindo se desgrudar, coloquei as mãos por dentro da blusa dela, ela suspirou entre o beijo
Mali cortou o beijo, e tirou a própria blusa, ficando de sutiã, não resisti, e acabei admirando um pouco mais a região, automaticamente levei a mão ao fecho, os liberando dali.
— Deveria ser proibido que você usasse sutiã, eles são tão lindos. — sussurrei no ouvido dela, fazendo com que ela se arrepiasse.
Levei as mãos ali, e comecei a massagear os dois. Marília arqueou o corpo para trás automaticamente quando sentiu beijos molhados por todo seus seios, fechou os olhos, enquanto curti o momento.
Só não esperávamos que a porta fosse aberta tão bruscamente e uma Ruth completamente alheia entrasse ali. Automaticamente nos duas nos separamos, Marília puxou uma pasta que estava na mesa para se cobrir, minha sogra se deparou com a cena e escancarou a boca.
— MARÍLIA! — soltou um grito fininho, Mali mordeu os lábios e fechou os olhos, eu olhava pra baixo, querendo rir.
— Ai, meu Deus, mãe! — ela pegou a blusa que eu joguei para ela, vestindo a depressa. — Eu não tenho nem o que dizer pra você... — olhou para a mãe finalmente a encarando, estava realmente envergonhada.
— Meu Deus eu empatei mesmo a foda. — não aguentei a fala da minha sogra e acabei não conseguindo prender o riso, gargalhando alto, Marília com certeza quis sumir de vez.
— Não vou te perdoar por ter estragado o momento sogra.
— Chega disso! Pelo amor de Deus! — Marília nos interrompeu bruscamente. — Vai trocar esse vestido logo, Maraisa! — segurei a risada rapidamente indo até o banheiro.
Me troquei vestindo um terninho que tinha deixado guardado em minha sala em caso de emergências, quando voltei a sala minha sogra já tinha saído.
— Você é linda demais...
— Maraisa, você me deixa sem graça com esses elogios. — segurou a minha mão e me deu um beijinho ali.
— É que eu olho pra você, e eu não consigo resistir, as palavras saem sem que eu perceba. — ela me roubou um selinho, a segurei, e me aproximei do ouvido dela. — Quero terminar o que a gente começou aqui... — ela fechou os olhos.
— Amor, não aqui — ela suspirou fundo — Vontade de ficar abraçada com você o restante da noite inteira, você tá muito cheirosa. — abafou o rosto no meu pescoço, fechou os olhos, fungando a região, fazendo com que eu me arrepie.
— Ah, Marília, você é tão linda, nossa, como eu te amo.
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YOUR EYES
ФанфикMaraisa e Marília trilharam caminhos distintos, mas ambas enfrentaram desafios em suas jornadas. Maraisa, mesmo com a pressão de sua madrasta e uma rotina agitada, encontrou equilíbrio entre trabalho e estudos. Ela sabia que cuidar de si mesma e foc...