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𝓓𝓸𝓻𝓷𝓮: 𝓢𝓸𝓵𝓪𝓻𝓮𝓼𝓽𝓲𝓿𝓪𝓵 140𝓓𝓒

Naquela manhã, Visenya acordou sentindo a cama gelada ao seu lado. Levantou a cabeça e mirou a cama vazia, seus olhos violetas sendo atingidos dolorosamente pela luz forte do sol que adentrava as cortinas do aposento, ela se sentou na cama e resmungou, coçando as vistas machucadas para afastar o sono.

Ela constatou que o que faltava era Aemond já que a presença do mais velho ao seu lado em todas as manhãs havia se tornado rotineira desde que se casaram, suas sombrancelhas alvas franziram-se e ela se colocou de pé de forma preguiçosa, deixando seu corpo esticar-se conforme analisava com calma o ambiente ao redor, era o segundo dia em Dorne pelo que tudo indicava.

Sua banheira já tinha sido preparada e um conjunto de roupas já deixado separado para ela, o que lhe chamou atenção para o horário em que estava se levantando pois Aemond costumava ser uma pessoa muito matutina e despertava-se muito cedo, e as criadas normalmente também. Visenya olhou pela janela e observou o sol totalmente a pino no céu, xingou mentalmente. Com toda certeza passava-se da hora do almoço e ela acabara de acordar.

Banhou seu corpo sonolento na banheira morna já que a necessidade de água fervente não era precisa pois o calor era intenso. Sua pele foi limpa com a ajuda de uma esponja e seus óleos usuais, dando-se por satisfeita levantou-se da banheira e usou uma toalha macia para secar a pele extraindo cada gotícula de água com ajuda do tecido felpudo. Seu corpo foi coberto por um vestido dornês em um tom primaveril de azul, calçou as sapatilhas e seus cabelos foram deixados soltos pelas costas já que não se daria o trabalho de preparar um penteado e nem chamar uma criada para ajuda-la.

Ela deixou o quarto em silêncio, buscando apurar os ouvidos em busca de algum som que indicasse a localização de seu marido mas nada foi ouvido por ela, somente o barulho constante de seus passos firmes e sutis no piso marmorizado. Quando ela atingiu o primeiro andar avistou algumas criadas carregando cestos e se direcionando a seus afazeres.

- Bom dia, poderiam por gentileza informar-me do paradeiro de meu marido? - Ouviu-se dizer, num tum suave.

As mulheres voltaram a atenção para a princesa e logo fizeram a reverencia costumeira em respeito

- Bom dia vossa graça, o príncipe Aemond saiu bem cedo junto de seu dragão para um vôo, disse-nos para não a acordar. - Uma delas proferiu delicadamente.

- Certo, e ele já está de volta ao castelo? - perguntou novamente apoiando as mãos diante do corpo

- Oh, creio que não minha princesa, Vhagar não estava no jardim quando checamos a última vez, não faz muito tempo - A outra respondeu

Visenya deixou uma respiração funda sair por seus lábios e balançou a cabeça dispensando as criadas, perguntou-se por onde andava o caolho. Voando por dorne, onde dragões não eram muito bem aceitos pelo principe dornês, sem avisá-la para onde ia.

Seus passos a levaram para o salão principal onde a mesa com o desjejum era servida já com o almoço, virou o rosto para as grandes janelas tentando buscar alguma visão dos dragões estacionados no imenso jardim, mas não viu nada. Canibal devia estar caçando e Vhagar estava na companhia de seu montador.
Ela se sentou a mesa e decidiu que não iria esperar por ele, serviu seu prato com batatas e carne de cordeiro, sua taça foi preenchida com vinho e logo se colocou a comer.

O silêncio era quase irritante aos ouvidos de Visenya, se ouvia apenas o barulho dos talheres e quase o som de seus neurônios matutando, já que não havia recebido também, nenhuma notícia de Sor Erryk, esperava que tudo estivesse bem com ele, e talvez estivesse já que nenhum corvo requisitando sua presença de volta a Kings Landing, chegou a Solarestival.

᪥𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝕾𝖙𝖔𝖗𝖒᪥ - 𝓐𝓮𝓶𝓸𝓷𝓭 𝓣𝓪𝓻𝓰𝓪𝓻𝔂𝓮𝓷Onde histórias criam vida. Descubra agora