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Quando os dragões enfim pousaram em Dragon Stone, Visenya sentiu paz. E a euforia de estar novamente em casa se alastrou pelo corpo como chamas em grama seca. Canibal foi direcionado ao fosso e Vhagar pousou na praia, não servindo em canto algum na propriedade.
Havia um certo findor de felicidade dentro dela, iluminando sua alma e trazendo luz aos seus pensamentos escuros e nebulosos.

Ela estagnou os passos para aguardar por Aemond, os guardas escoltavam os dois homens com certo reluto. Não crendo que um verde poderia subir aqueles degraus sem ressalvas.

— Princesa Visenya! — eles a saudaram com reverências breves da cabeça.

— Eles estão comigo, podem voltar a sua vigilia. — anunciou ela.

A brisa do mar soprava forte e o céu acima deles estava fechado, denunciando uma tempestade grande.

— Devemos subir logo, irá chover. — Aemond murmurou ofegante.

Os degraus de pedra do dragão eram íngremes, compridos e dificultosos, a subida não era fácil e tampouco rápida. Mas a vista ao redor compensava o esforço físico, a leste podiam ver de longe a ilha onde Driftmark estava instalada, não com clareza, mas podiam observar os navios ancorados ao redor do porto e a ponte longa que ligava a orla da praia com o castelo. E a oeste o mar se estendia tortuoso, as ondas quebravam violentas contra as rochas. Mas era uma vista linda e fazia da subida um afazer mais relaxante.

Quando atingiram o topo, suor se fazia presente neles, escorrendo na pele arrepiada pelo vento gelado. Visenya avistou os guardiões do portão principal e acenou para eles como um incentivo para abrir o grande portão de metal. Dragões esculpidos nas pedras decoravam as laterais altas da entrada, trazendo a aparência das construções da antiga valíria de volta. Os homens reverenciaram os dois com sangue real e empurraram a grande estrutura, abrindo passagem para a visão majestosa do castelo.

— Seja bem vinda de volta vossa graça, creio que sua chegada não está sendo tão grandiosa como esperava mas há motivos, Lady Baela estava indo ao seu encontro quando os batedores avistaram os dragões. — Sor Arryk curvou a cabeça educadamente enquanto falava, logo levando os olhos preocupados para o irmão que se apoiava em Aemond

Ela franziu a testa, não sabendo o motivo de Baela estar indo ao seu encontro e por que a família não estava ali para recebê-la.

— O que houve? — soou com preocupação na voz.

— É melhor entrar princesa — respondeu simples, mesmo sem tirar os olhos de Sor Erryk.

— Peça aos criados para prepararem um quarto para Sor Erryk, ele precisa de muito descanso e de um Meistre. — Disse ela

Subiu os degraus apressada, deixando Aemond para traz, seu coração batia acelerado dentro do peito.

— E quanto ao príncipe?! — Arryk berrou atrás dela.

Visenya não respondeu, soltou seus pertences ao chão e serpenteou os corredores tão conhecidos a procura de sua família. Quando iniciou a subida dos degraus que levavam ao piso superior ela ouviu um berro. Tão doloroso que cortava sua alma, era um grito agudo, estridente e carregado de angústia, ecoando com intensidade pelas paredes de pedra.

Rhaenyra.

Conhecia a voz de sua mãe como conhecia a si mesma, o tom melódico soava dentro de seus ouvidos com ternura mas agora era apenas um som que causava dor física em Visenya. Suas pernas fraquejavam enquanto subia os inúmeros degraus, e sua respiração era quase dolorosa, entrando e saindo de seus pulmões brutalmente.

— Anya! — Aemond a chamava enquanto subia atrás dela.

Mas nada podia para-la. Precisava chegar até sua mãe.

᪥𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝕾𝖙𝖔𝖗𝖒᪥ - 𝓐𝓮𝓶𝓸𝓷𝓭 𝓣𝓪𝓻𝓰𝓪𝓻𝔂𝓮𝓷Onde histórias criam vida. Descubra agora