O castelo ainda era silencioso, não havia ruído algum de nenhuma parte. Visenya vestiu-se adequadamente com o vestido largado próximo ao corpo do homem que havia matado e Aemond ajudou-a a arrasta-lo para perto das escadarias e quando adentrou os aposentos onde dormiam, haviam pelo menos mais cinco, alguns desmembrados e muito sangue por toda parte.
— Deuses... — Sussurrou ela
A cena era um tanto desnorteante, não que a chocasse ou assustasse mas uma visão daquelas deixava qualquer pessoa com uma sensação de peso no estômago.
— Foi necessário. — Aemond passou por ela e adentrou o quarto. — Não precisa olhar, vou enrola-los em lençóis e levar para o jardim.
Ela observou-o por alguns segundos, assim como o restante do quarto onde a chacina se espalhava pelas paredes, ponderando uma maneira adequada de prosseguir.
— Devemos queimar tudo antes que alguém veja, não podemos nos dar ao luxo de que vazem mais informações. — Murmurou ela
Visenya caminhou até a cama e tirou as roupas de cama para ajuda-lo a esconder os corpos.
— Os criados estão nas masmorras, presos nas celas do subsolo. Já repararam que tem algo errado. — Aemond respondeu jogando os pedaços desmembrados dentro do lençol estendido.
— Diremos que foi um ataque aleatório em busca de ouro e quando nos viram foram embora.
Visenya agarrou duas das cabeças e jogou-as junto do restante dos corpos. O cheiro de ferrugem era forte e o chão estava liso pela quantidade de sangue derramado.
— Onde você estava quando te encontrou? — questionou ele, enquanto amarrava as pontas do lençol para formar uma trouxa de tecido grande.
— Vindo da torre dos corvos, escrevi para pedra do dragão. Notei que havia algo errado quando vi as tochas apagadas, quando fui estavam acesas. — Murmurou ela, ajudando-o a amarrar as pontas do lençol — Ele me atacou nas escadarias, devia estar a espreita e apagou o fogo para evitar que eu o visse de tocaia.
Ela ergueu os olhos pra ele, Aemond fazia o trabalho em silêncio, ponderando sobre sua resposta. Vis suspirou e voltou a amarrar os nós.
— Eu devia ter sabido que algo assim iria acontecer, Larys buscaria vingança pelos homens dele e por Alys. — ele quebrou o silêncio.
— Não achei que viriam até aqui sabendo que você estava comigo. Larys é informante de sua mãe e pelo que parece esses homens tinham ordens de matar a nós dois.
Anya terminou o serviço e limpou as mãos ensanguentadas no vestido, olhou ao redor e suspirou novamente, o quarto estava destruído pois havia sangue e entranhas por todo lado. Não podiam ficar ali, e isso se aplicava a Dorne também.
— Devemos partir para pedra do dragão amanhã. — concluiu — Aqui não é mais seguro e se ele decidir atacar novamente, talvez não tenha tanta piedade com os criados, não quero a morte de inocentes em minhas mãos. — Disse ela
Os dois arrastaram a "trouxa" de tecido com os restos humanos para fora do quarto, deixando o homem que a atacou no pé das escadarias enquanto levavam o restante para os jardins.
— Nós devíamos avisar Viserys — Aemond Murmurou ofegante — Odeio ter que dizer isso, mas ele é a sua maior segurança. Pedra do dragão pode ser atacada.
Ela ficou em silêncio, absorvendo as palavras dele enquanto carregavam aquele peso terrível pelos jardins em direção aos dragões. Vhagar continuou a dormir mesmo que sabendo da presença de seu montador, mas Canibal não. O dragão abriu os olhos esverdeados e mirou o rosto dela de longe, como se sentisse o seu cheiro e também o sangue.

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᪥𝕭𝖑𝖔𝖔𝖉 𝕾𝖙𝖔𝖗𝖒᪥ - 𝓐𝓮𝓶𝓸𝓷𝓭 𝓣𝓪𝓻𝓰𝓪𝓻𝔂𝓮𝓷
Genel Kurgu𝕳𝖔𝖚𝖘𝖊 𝕿𝖆𝖗𝖌𝖆𝖗𝖞𝖊𝖓 𝕯𝖀𝕬𝕾 crianças nascidas durante a pior tempestade já vista em Westeros, em alas opostas da Fortaleza Vermelha, a Rainha, Alicent Hightower dava a luz ao segundo filho homem do rei e do outro lado a princesa Rhaenyra...