Harry conseguiu não gritar, mas foi por pouco. A criaturinha em cima da pia tinha orelhas grandes como as de um morcego e olhos esbugalhados e verdes do tamanho de bolas de tênis. Harry reconheceu na mesma hora que era Dobby o elfo domestico dos Malfoys.
E enquanto se entreolhavam, ouviram a voz de Remus
- O bolo do Harry já esta na cozinha e so espera ele sair pra assopra as velas e cortar.
A criatura escorregou da pia e fez uma reverência tão exagerada que seu nariz, comprido e fino, encostou no tapete e vestia uma coisa parecida com uma fronha velha, com fendas para enfiar as pernas e os braços.
– Ah... alô – cumprimentou Harry nervoso.
– Harry Potter! – exclamou a criatura com uma voz esganiçada que Harry teve certeza de que seria ouvida la fora. – É uma grande honra...
– Obrigado – respondeu Harry- não quero ser grosseiro nem nada, mas... a hora não é muito própria para ter um elfo doméstico principalmente porque estamos em um restaurante trouxa.
O elfo baixou a cabeça.
– Não que eu não esteja contente de revê-lo – acrescentou Harry depressa – mas, tem alguma razão especial para você estar aqui?
– Ah, claro, meu senhor – disse Dobby muito sério. – Dobby veio dizer ao senhor, meu senhor... é difícil, meu senhor... Dobby fica se perguntando por onde começar...
– Sente-se – disse Harry gentilmente, apontando para a pia.
Então Dobby sentou-se.
- Harry Potter não deve voltar a Hogwarts.
- Quê?
- Harry Potter deve ficar onde está seguro. Ele é grande demais, bom demais, para perder. Se Harry Potter voltar a Hogwarts, vai encontrar um perigo mortal.
– Por quê? – perguntou Harry surpreso.
– Há uma trama, Harry Potter. Uma trama para fazer coisas terríveis acontecerem na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts este ano – sussurrou Dobby, tomado de repentina tremedeira. – Dobby sabe disso há meses, meu senhor. Harry Potter não deve se expor ao perigo. Ele é demasiado importante, meu senhor!
– Que coisas terríveis? – perguntou Harry na mesma hora. – Quem está planejando essas coisas?
- Dobby não pode contar meu senhor.
– Você não pode me dizer. Eu intendo. Mas por que é que você está alertando a mim? – Um pensamento súbito e desagradável lhe ocorreu. – Espere aí, isso não tem nada a ver com Vol... desculpe... com Você-Sabe-Quem, tem?
– Não... não Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, meu senhor.
Mas os olhos de Dobby se arregalaram e ele parecia estar tentando dar uma indicação ao garoto. Mas Harry, no entanto, não entendeu nada.
Dobby sacudiu a cabeça, os olhos mais arregalados que nunca.
– Então não consigo pensar quem mais teria uma chance de fazer acontecer coisas terríveis em Hogwarts com Dumbledore la.
Dobby inclinou a cabeça.
– Alvo Dumbledore é o maior diretor que Hogwarts já teve. Dobby sabe disso, meu senhor. Dobby ouviu dizer que os poderes de Dumbledore se rivalizam com os d'Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, no auge de sua força. Mas, meu senhor... – a voz de Dobby se transformou em um sussurro urgente – há poderes que Dumbledore não... poderes que nenhum bruxo decente...
- Esse e o principal motivo de eu precisar ir a Hogwarts, preciso ajudar ele a proteger a escola sem contar que eu tenho amigos pra proteger.
– Amigos que nem escrevem a Harry Potter? – perguntou Dobby manhoso.
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Harry Potter Snape Riddle e a Câmara Secreta
FanficO segundo ano de Harry na escola de Hogwarts esta cheio de novos perigos e horrores, incluindo um professor totalmente metido chamado Gilderoy Lockharts, o espirito de uma garota chamada Murta que Geme, que assombra o banheiro das meninas, e a emba...