✨ 12 A Poção Polissuco

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No alto da escada eles desceram, a Profa McGonagall bateu na porta que se abriu silenciosamente, e eles entraram. Ela disse a Harry que esperasse e o deixou ali, sozinho.

Então, um ruído estranho e sufocado atrás dele o fez virar.

Afinal não estava sozinho. Encarrapitado em um poleiro dourado, atrás da porta, achava-se a fênix de Dumbledore, um pássaro de aparência decrépita que lembrava um peru meio depenado. Harry a encarou, e o pássaro sustentou funestamente o seu olhar, tornando a fazer o mesmo ruído sufocado. Seus olhos estavam opacos e, mesmo enquanto Potter o observava, caíram mais algumas penas de sua cauda.

Ele estava pensando que provavelmente estava prestes a "morrer" quando o pássaro ficou em chamas e se transformou em uma bola de fogo; o pássaro deu um grito alto e no segundo seguinte não restava nada dele, exceto um monte de cinzas fumegantes no chão.

A porta da sala se abriue o diretor entrou sorrindo.

– Já não era sem tempo. Ele tem andado com uma aparência medonha há dias; e venho dizendo para se apressar. Dessa vez foi até rápido.

Harry olhou em tempo de ver um pássaro minúsculo, amarrotado, recém nascido botar a cabeça para fora das cinzas. Era tão feio quanto o anterior.

Mas antes que o diretor pudesse dizer outra palavra, a porta da sala se escancarou com estrondo, e Hagrid entrou, um olhar selvagem nos olhos, o gorro encarrapitado no alto da cabeça desgrenhada e o galo morto ainda balançando em uma das mãos.

– Não foi Harry, Prof. Dumbledore! – disse Hagrid pressuroso. – Eu estava falando com ele segundos antes daquele garoto ser encontrado, ele nunca teria tido tempo, meu senhor...

O diretor tentou dizer alguma coisa, mas Hagrid continuou falando, sacudindo o galo, agitado, fazendo voar penas para todo o lado.

– ... não pode ter sido ele, eu juro até na frente do Ministro da Magia se precisar...

– Hagrid, eu...

– ... o senhor pegou o garoto errado, meu senhor, eu sei que Harry jamais...

– Hagrid! – disse Dumbledore em voz alta. – Eu não acho que Harry tenha atacado essas pessoas.

– Ah – acalmou-se Hagrid, o galo pendurado imóvel a um lado. – Certo. Então vou esperar lá fora, diretor.

E saiu num repelão, parecendo constrangido.

– O senhor não acha que fui eu, vovó? – repetiu Harry esperançoso enquanto Dumbledore espanava as penas de galo de cima de sua escrivaninha.

– Conheço seu caráter querido – seu rosto novamente grave. – Mas ainda assim quero falar com você.

Potter esperou enquanto o diretor o estudava, as pontas dos seus longos dedos juntas.

– Preciso lhe perguntar, Harry, se tem alguma coisa que você gostaria de me dizer – disse gentilmente. – Qualquer coisa.

Ele não soube o que responder. Pensou na voz sem corpo que ouvira duas vezes.

-Não vovó.

O ataque duplo a Justino e a Nick Quase Sem Cabeça transformou o que até ali fora nervosismo em verdadeiro pânico. Curiosamente, era o destino do fantasma que mais parecia preocupar as pessoas. O que poderia fazer aquilo a um

fantasma?, elas perguntavam umas às outras; que poder terrível poderia fazer mal a alguém que já estava morto? Houve quase uma corrida para reservar lugares no Expresso de Hogwarts que iria levar os alunos para casa no Natal.

– Nesse ritmo, seremos os únicos a ficar para trás – disse Rony a Harry e Hermione. – Nós, Draco, Crabbe e Goyle. Que beleza de férias vamos ter!

Harry Potter Snape Riddle e a Câmara SecretaOnde histórias criam vida. Descubra agora