𝙎𝙏𝙍𝘼𝙔 𝙆𝙄𝘿𝙎 𝙄𝙈𝘼𝙂𝙄𝙉𝙀𝙎

daninha

Praguejou mentalmente ao ver a ruiva chegar na sala,ela sabia o que estava acontecendo e não poderia falar ou fazer nada.
Era completamente apaixonada por Felix,sentia seu coração pular igual um louco quando via a face do garoto,seu rosto esquentava apenas em pensar que algum dia poderiam ter algo.
Seu erro foi ser intensa,ficar não estava em seus planos,aliás,não precisa disso.
Via sua amiga se aproximando do rapaz,rindo, conversando,os outros falando como ficam lindos juntos... ahhh,maldita hora.

— tá se sentindo bem? — perguntou sem nem mesmo se importar

— o mesmo de sempre.

— ah,vou falar com o Felix,preciso contar algo que descobri. — falou animada e saiu em seguida.

Meia hora após,viu os dois entrarem sorridentes e caminharem até ela. 
— oi,Lee,sou o Felix

— eu sei. — sussurrou desanimada

— amiga,tenho que te contar algo. — ela fez sinal para que prosseguissem — estamos namorando.

Sua cabeça girou automaticamente,era como se o tempo houvesse parado,ela sabia de seu amor por Felix,como pôde fazer algo do tipo?
Engoliu a seco e sorriu minimamente.

— que bom. — levantou — preciso tomar um ar — e saiu sem dizer nada mais

Correu até o banheiro e chorou lágrimas salgadas,não sabia o que sentia,ódio,raiva,tristeza ou desgosto.
Seu peito doía tanto que o ar faltava,seus olhos agora inchados estavam doloridos,estava indo embora.
— Daninha? — ouviu Minho — o que foi?está passando mal? — isso foi suficiente para ela desabar novamente,agora nos braços do seu quase inimigo,ela sentia - se ridícula.

— desculpa,eu molhei sua blusa. — se afastou após algum tempo.

— sem problemas,não tem nada.

— obrigada.

— está com dor?

— não.

— vamos,eu te deixo em casa. — segurou em seu braço e passaram a andar lado a lado.
Eles iam chutando as pedrinhas do caminho,Minho não era muito simpático,nunca teve uma boa relação com a menina,estavam sempre brigados e nesse momento ele foi o único que a aparou.
— eu não sei quem te deixou assim,não precisa me contar o que aconteceu,mas não chore sozinha, eu vou te ouvir e se você se sentir mais a vontade eu choro contigo. — tentou a animar

— você é mesmo uma peste. — soltou um riso fraco

— essa sim é Minha Daninha.