"Consigo ver por pouco tempo, já que uma luz forte começa a se espalhar pelo local fazendo com que eu tenha que fechar os olhos para não me cegar.
Sinto a energia sendo drenada para completar o feitiço fazendo com que meu corpo pese cada vez mais.
...
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Chegamos em casa depois de alguns minutos, Yoriichi ganhou a aposta já que chegou no oni e o matou antes de mim.
Acho que foi muita prepotência da minha parte querer ganhar dele logo de primeira.
- Da próxima vez eu ganho. - afirmo com convicção.
Ele acena com a cabeça enquanto deixa a própria nichirin apoiada na parede, o mesmo estica o braço e pega a minha a guardando também.
Vou até a cozinha pagar a aposta, fazer o jantar. Puxo o arroz, a alga e o salmão pra fazer onigiri e o acompanhamento.
Yoriichi entra na cozinha e apoia os braços no balcão na minha frente.
- Precisa de ajuda?
Balanço a mão fazendo pouco caso.
- Não precisa, vou fazer onigiris. - levanto a cabeça e olho pra ele. - Mas você pode ir preparando as bolsas.
Ele anui a cabeça e volta pro quarto.
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Me remexo no fuuton em uma inquietação agoniante, ainda dormindo demais para me despertar.
Sei que estou dormindo mas isso não impede que a dor pareça real.
O pesadelo que vem se repetindo no último ano voltou, cada vez que sonho é como se uma continuação aparecesse.
Pecinha por pecinha se juntando na minha mente e formando uma história.
Estou amarrada, cada pulso ancorado por uma corrente no teto. Meu corpo de joelhos no chão e minha vista embaçada pelo sangue seco que escorreu da testa.
Meu cabelo antes branco agora quase totalmente coberto pela sujeira. A sala é escura, sem nenhuma janela ou esperança de escapatória.
Escuto um gotejar constante que tento me convencer ser de água, mas o cheiro de ferrugem confirma que não é.
Os pingos são de sangue, se meu ou de outra pessoa eu não sei.
A porta de metal faz um barulho enquanto alguém a empurra, lá fora tão escuro quanto aqui dentro.
