Capítulo 29°

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A noite foi estranha, no começo foi desconfortável e fiquei com frio pela falta do calor do corpo de Yorichii

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A noite foi estranha, no começo foi desconfortável e fiquei com frio pela falta do calor do corpo de Yorichii.

Enfim, depois de algumas horas consegui dormir um pouco mesmo o sono tendo sido turbulento.

Levantei perto das oito da manhã, escovei os dentes, tomei banho e coloquei uma roupa qualquer.

Quando sai do quarto decidi descer as escadas e procurar onde as pessoas daqui comem o café da manhã.

Passando pelo corredor vi a porta da enfermaria aberta, espiei com a cabeça dentro do cômodo e vi tudo escuro, com exceção de uma luminária no teto.

Apertei os olhos aguçando um pouco a visão vendo Tanjiro sentado na cama de costas pra mim, os amigos dele continuavam dormindo das camas dos lados.

Adentrei o lugar um passo de cada vez tentando entender com quem o ruivo faltava.

Será que além da facada teve algum ferimento na cabeça?

- Tanjiro? - pergunto com cautela.

Ele vira o pescoço e olha pra mim.

- Oi, Kōri! - seu sorriso é radiante. - Bom dia!

- Quanta felicidade a essa hora da manhã. - me aproximo mais. - Estava falando com quem?

A cabeça de um serzinho se inclina saindo de trás dele, reconheco a oni dos olhos rosa.

- Tinha me esquecido da sua irmã. - sento em uma cama próxima a ele. - A quanto tempo as coisas estão assim?

O sorriso dele vacila com a minha pergunta e eu me amaldiçoou pela minha curiosidade.

- Já fazem alguns anos. - passo a mão pelos cabelos macios da garotinha. -Ela se transformou no dia que perdemos nossa família.

- Sinto muito por isso. - falo mesmo sabendo que não muda nada. - Não imagino o quão difícil foi pra vocês se virarem sozinhos.

A oni sobe na cama e deita a cabeça no meu colo, continuo a carícia nos cabelos.

- Ela não parece ter tanta consciência do que acontece. - percebi isso desde que vi eles pela primeira vez.

- Ah não, ela tem sim. - fala olhando a irmã com carinho. - Nezuko estava em casa no dia que eles morreram, ela viu tudo. Acho que o jeito que ela age agora é como um mecanismo de defesa por causa do trauma.

- Vocês terem perdido sua família tem alguma coisa haver com você ter perseguido Muzan?

- Tudo. - ele aperta o punho com força. - Foi ele que matou eles, jurei proteger a Nezuko e fazer por ela tudo que não consegui fazer por eles.

A garotinha se encolhe mais ainda no meio da fala do ruivo fazendo ela ficar só tamanho de uma criança de colo.

A oni escala meu colo e se aninha nos meus braços, tento não relacionar a sensação com a que tive a última vez que segurei uma criança assim.

𝐌𝐄𝐌𝐎𝐑𝐈𝐄𝐒 - 思い出Onde histórias criam vida. Descubra agora