Capítulo 37°

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Franzo as sobrancelhas e abro os olhos devagar

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Franzo as sobrancelhas e abro os olhos devagar. Me sento lentamente e toco a mão na nuca.

O sangue manchou toda a parte de trás da minha cabeça mas a ferida se fechou, meu pulso também não está mais pendendo pra um lado estranho.

Quando finalmente levanto os olhos me assusto com o corpo jogado mais a frente.

Tanjiro e Tomioka sumiram e não me importo em procurar Muzan quando praticamente me arrasto até a pessoa.

Se já não estivesse no chão teria caído com o impacto que a informação teve sobre mim.

Estico a mão mas não tenho coragem de tocar nele enquanto observo Yorichii com diversos ferimentos jogado no chão, sangrando.

Minha mão treme e puxo ela de volta, a imagem oscila e vejo Kenji e ele.

- Isso podia ter sido evitado. - uma voz fala perto.

Eu escuto tudo e, na ausência de uma ação saudável continuo inerte.

- Não tem nada a dizer? - pergunta agora na minha frente.

- "Talvez o para sempre seja sobre memórias, não pessoas". - susurro lembrando das palavras de Kenji.

Me afasto do corpo de Yorichii incapaz de continuar olhando pra ele. Como isso é possível? Achei que nossas vidas estavam ligadas.

Por que ele morreu e eu fiquei?

De joelhos fecho a mão em punho no chão e soco. Bato com toda a minha força rachando o chão e quebrando os ossos dos dedos.

Não me importo com a dor quando eles se regeneram logo antes de se quebrarem de novo, uma auto tortura mínima diante do estrago que está dentro de mim.

- Ora pare com isso, garota tola. - ele desdenha meu sofrimento. - Quando pequenos eu me importava com você, talvez no fundo eu ainda me importe. Mas vendo você hoje tudo que eu sinto é vergonha de compartilhar do seu sangue.

- Você. - perco o fôlego de tanto ódio que sinto. - Você tirou tudo de mim.

- Era apenas um humano, ele iria morrer de novo em algum momento da sua nova vida patética. - ele da um passo. - Pense Kōri, na minha surpresa quando descobri que você tinha achado o Livro e o trazido a vida novamente.

Cerro os dentes e aperto as unhas na mão até que sangrem.

- Não mais surpreso de que quando me contaram que vocês eram Parceiros de Alma.

- Não estou falando só dele...

- Se refere ao menino que matei uns anos atrás? - ele ri. - Ora, era pra ser você naquele dia irmã, aquela criança estúpida conseguiu te salvar.

- As mortes tentando fazer com que eu comesse, a caçada sangrenta quando conquistei o sol, a tortura e o cárcere por séculos... A cicatriz que você deixou visível mesmo meu corpo se regenerando.

𝐌𝐄𝐌𝐎𝐑𝐈𝐄𝐒 - 思い出Onde histórias criam vida. Descubra agora