Cap. 01

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Olá! Eu sou o Seokjin (ou Jinnie, pros mais íntimos).

Eu gostaria muito de dizer pra vocês que eu sou uma pessoa muito carinhosa, amorosa, esperançosa, que se preocupa com os outros e ama ajudar o próximo, mas eu estaria mentindo se dissesse.

A verdade, é que até o diabo tem medo de mim.

Sou Kim Seokjin, conhecido por aí como Coringa.

Por que esse nome? Porque o Coringa é simplesmente o maior assassino conhecido, e ele nunca é pego, assim como eu.

E sabe por que não me pegam? Porque não sabem quem eu sou.

Todos conhecem o Coringa, mas ninguém conhece o Seokjin, porque todos aqueles que vêem meu rosto não vivem pra contar que me viram.

"Seokjin, então quer dizer que você mata as pessoas?"

Eu não gosto do termo "matar", eu prefiro "tirar seu direito de continuar vivendo".

"Mas Seokjin, por que você faz isso?"

As pessoas que cruzam meu caminho e encontram a morte não são escolhidas aleatoriamente, eu tenho alvos.

"E como você os escolhe, Coringa?"

Meu passado influencia na escolha dos meus alvos.

Eu não saio matando qualquer pessoa, seria loucura, não sou um serial killer.

Bem, vou contar pra vocês um pouco da minha história, para que entendam como cheguei até aqui.

Eu tinha uma família, apenas eu, meu pai e minha mãe, e tudo parecia bem pra mim.

Meu pai me amava, ele fazia questão de dizer o quanto esperou por mim, e eu o amava muito também. Mas minha mãe, minha mãe me odiava, ela dizia que eu era um fardo, que privava ela de viver, que eu tinha "esfriado" o casamento dela.

O que acontece é que meu pai sempre quis muito ter um filho, mas minha mãe não, mas de tanto meu pai insistir, ela acabou cedendo e parou de tomar os anticoncepcionais, e aí eu fui concebido.

Minha mãe só me tratava bem na frente do meu pai, por isso eu sempre busquei ficar perto dele. Meu pai não sabia do que minha mãe fazia comigo, do quanto ela me desprezava, então pra ele nós éramos a família perfeita.

Estava tudo bem, eu conseguia viver com isso, até que quando eu fiz seis anos acabamos sofrendo um acidente de carro. Um carro em alta velocidade bateu contra nosso carro bem na lateral do banco do motorista, onde meu pai estava dirigindo, tendo minha mãe no banco do carona e eu no banco traseiro no lado direito.

Meu pai morreu naquela noite.

Meu pai, meu melhor amigo, a única pessoa que me amava de verdade, o único em quem eu confiava.

Depois daquele dia minha vida se tornou um verdadeiro inferno. Agora que meu pai não estava mais lá para me proteger, minha mãe fez de tudo pra me fazer infeliz.

Eu aguentei firme, sofri calado, pois ela sempre dizia que se eu contasse qualquer coisa pra alguém, seja na rua ou na escola, ela me machucaria como nunca e provavelmente me mataria.

Permaneci nessa situação durante dois anos, porque aos meus oito anos minha mãe literalmente me vendeu para um homem a quem eu nem conhecia, ELA ME VENDEU!!

Eu tinha oito anos! Uma criança!

Ela queria se livrar de mim, então me vendeu pra alguém que eu nunca sequer tinha ouvido falar.

O que acontece é que aquele cara era...como dizem mesmo...? Ah! Um cafetão. Aí, por eu ter sido submetido a "pertencer à ele", ele me fez trabalhar como garçom ou algo do tipo, lá no lugar onde tudo acontecia. O lugar vivia cheio. Lá tinham homens e mulheres, garotos e garotas, tanto como clientes quanto trabalhando lá como garotos e garotas de programa.

The JokerOnde histórias criam vida. Descubra agora