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Ps: Tortura
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Seria um desperdício não começar essa história mentindo.
Por mais que tenha sido uma piada sem graça, duvido que irá acreditar em tudo o que lê daqui para frente. Ótimo. Não quero que se iluda com as palavras que percorrem nesse texto, porque está não é uma leitura confiável, tão pouco lógica. Pois agora, deve estar pensando se deveria acreditar no que lê, já que se o que está aqui são mentiras, dizendo que tudo é uma grande mentira, então automaticamente não é uma mentira, apesar de estar mentindo.
Bem, escolha você.
Assim como Lucien Vanserra que preferia mentir para si mesmo sobre o que vivera nos últimos dias, apesar de não poder negar o que seu olho bom e o metálico puderam capitar.
Ver Feyre bem, viva, sã e salva da Corte Noturna era um alivio imenso. Apesar de saber que ela não estava inteira. Não mais. Aquela, sentada no antigo trono de Tamlin com uma coroa de rosas vermelhas em sua cabeça, não era mais aquela humana burra que fora sequestrada para a Corte Primaveril.
Mesmo que o vestido cor vinho caísse muito bem na nova Grã-Senhora, sim isso mesmo, a primeira e única Grã-Senhora da Corte Primaveril, Feyre sempre tinha um olhar distante e frio. Quase sem vida. Era diferente de quando o antigo Grão-Senhor lhe prendeu ali, mas ainda assim não tinha brilho algum e permanecia tão opaco quanto poderia estar.
Encarava sua taça de vinho, fazendo o resto do conteúdo dançar pelo cristal. Seu jeito preguiçoso de sentar deixava as fardas coxas expostas pelas faixas abertas daquele vestido.
E ela poderia ficar ali por um tempo, olhando o nada, brincando com taça até sentir o cheiro de um bom e velho amigo. Quase no mesmo instante seu olhar se levantou, e um brilho animado se fez presente no meio da escuridão.
Quando Lucien pós os pés no salão, a jovem saltou do trono com um sorriso feliz.
- Minha Grã-Senhora. - O belo Feérico levou o punho ao peito se ajoelhando para aquela que devia todo o seu respeito. Abaixou a cabeça, e quase teve um infarto quando a garota desceu os poucos degraus perto ao trono para se aproximar, ou melhor, pular em si e puxá-lo para se levantar do chão.
- Lucy, ora vamos não precisa se ajoelhar toda a vez que vem falar comigo. - Ela grudou no braço do seu então nomeado segundo no comando da Corte.
- São as tradições minha Senhora.
- Que se danem as tradições. - Feyre sorriu com divertimento. - Elas nunca me impedirão de levar meu amigo para um passeio.
- Creio que seu povo não irá gostar de "esquecer" velhos costumes.
Lucien ainda ficava receoso ao dar sua opinião sobre qualquer assunto. Esperava algum tipo de corte, ou retaliação, quem sabe algumas chicotadas. Porém ele preferia se ariscar ao invés de escutar Feyre lhe dando um sermão de cinco horas sobre com deveria começar a se impor... De novo.
- Nosso povo. - O corrigiu com um sorriso gentil. - Tem razão. Você sabe que eu sumiria com o Calanmai se pudesse. Na verdade eu posso e deveria. Essa desgraça de dia só dá dor de cabeça. - Feyre fez um careta de desagrado. - Mas, você tem razão, não posso mudar as coisas por simplesmente querer. Não seria tão simples.
Eles começaram a andar juntos até a saída daquele salão florido. A Grã-Senhora entregou sua taça a um dos guardas, caminhando de braços dados com Lucien. Ela parecia mais feliz, mais viva por rever um rosto conhecido, e o Grão-Feérico ao seu lado parecia a vontade, talvez até mais de quando Tamlin estava no poder. As coisas pareciam mais certas sendo Feyre a comandar, todos ali respeitavam a Senhora da Corte Primaveril, tanto por seus inúmeros poderes quando por ser a Destruidora da Maldição.
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Corte de Mentiras e Crueldade - [Luriel]
FanficTudo começou quando Feyre negou sua Parceria com Rhysand. Destruiu o Circulo Íntimo. Colocou todas os Grãos-Senhores aos seus pés e voltou para a Corte Primaveril para ser coroada a mais nova Grã-Senhora. Lucien não poderia imaginar que com a volta...