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Lucien não podia se sentir mais grato por sua Grã-Senhora não ter invadido sua mente.
Mesmo sendo um ato simples de respeito e diginidade, o Grão-Feérico se sentia mais do que aliviado por sua amiga ter lhe ouvido. Também pediu um tempo para processar toda aquela loucura e claro, a onde estava se metendo ao lado daquela ex-humana burra. Talvez fosse queima de Karma, talvez estivesse pagando por seus crimes... Talvez merecesse toda aquela merda.
Não que a sua vida em algum momento tivesse sido um mar de rosas, apenas estava se afundo mais e mais em um vala que não tinha fim. Sentia que estava prestes a ser enterrado vivo. Sentia que Feyre Archeron não tinha mais salvação.
Este era o seu maior dilema... Já havia a desapontado uma vez quando não lhe amparou perante aos abusos de Tamlin. Tinha medo se ir contra o seu Senhor, mesmo que as vezes tentasse, acabava sendo punido com chicotadas. Uma, duas, dez, vinte estraladas em suas costas, com a força de um Grão-Feérico bestial de extrema raiva por ter pedido o amor de sua vida.
Não pode salvá-la naquela época, mas e agora? Aquela jovem fêmea havia retornado e se agarrado em Lucien como uma criança a procura do amparo de seu pai. Ela não lhe pediu ajuda, não pediu para ser salva... Feyre apenas queria um amigo, alguém que a lembrasse do passado, quando tudo era tinta, comer e montar a cavalo. Tudo o que queria era uma âncora e quem mais seria esse alguém além do único Feérico que não lhe machucou?
Mais uma vez, Lucien estava em divida, não apenas com Tamlin, mas com a Grã-Senhora da Corte Primaveril.
Ela salvou a sua vida! Pela mãe, era hora de engolir o orgulho e tentar resgatar os poucos pedaços que restavam daquela humana burra.
Lucien estava viajando demais ao invés de prestar atenção em sua patrulha.
Em um suspirou, o Grão-Feérico fez seu cavalo ir parando enquanto passava a mão pelo rosto, logo soltando um gemido de dor ao tocar em sua cicatriz.
Aquela desgraça começou a doer recentemente, como se estivesse queimando, ardia e pressionava, mesmo que houvessem anos de sua existência era como se tivesse acabado de ser refeita. Até seu olho metálico doía e estava apresentando algumas falhas.
Isso começou quando sua Senhora lhe apresentou pessoalmente ao Caldeirão há poucos dias atrás. Desde aquela maldita noite não conseguiu pregar os olhos pela dor. As vezes dava vontade de arrancar aquela porcaria com as próprias mãos, talvez assim parece de pulsar, de sofrer... Mas estava tudo bem, já aguentou coisas bem piores.
O vento forte fez as folhas balançarem deixando Lucien arrepiado. Pela Mãe! Por que foi inteligente o suficiente para sair no meio da noite?! Pelo menos a presença e o cheio de Feyre nas Terras Primaveris impedia que Feéricos hostis invadissem seu território, na verdade, ninguém era louco para invadir o território da Grã-Senhora mais poderosa de Prythian.
Mais uma vez aquele vento forte se chocou contra Lucien, que desta vez ficou tenso. Bastou um movimento para armar seu arco, mas ainda apontava para baixo enquanto observava o céu denso e coberto pela noite.
- Calma garoto. - Disse baixo por seu cavalo ter relinchado. - Deve ser apenas um morcego.
Pelas frestas das folhas, o Emissário tentava ver qualquer coisa, confiando plenamente em seus instintos e em como o cheiro de... Madeira do Oriente? Estava ficando cada vez mais forte. O uivar do vento clamava por atenção, trazendo aquele cheiro rustico e tão forte que tomava quase completamente os sentidos de Lucien.
Apontando a flecha para cima, sem um alvo exato, o macho pode escutar as claras palavras de sua Senhora ressoando por sua mente.
"Quando escurem o bater se asas, qualquer bater de asas, e o cheiro não for meu... Atirem. Atirem para matar." A ordem fora dada para todos os Guardas.
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Corte de Mentiras e Crueldade - [Luriel]
FanficTudo começou quando Feyre negou sua Parceria com Rhysand. Destruiu o Circulo Íntimo. Colocou todas os Grãos-Senhores aos seus pés e voltou para a Corte Primaveril para ser coroada a mais nova Grã-Senhora. Lucien não poderia imaginar que com a volta...