🍁A Luz do Amanhã

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PS: Depressão e o ato de não viver mais.

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Azriel mais uma vez se encontrava entediado dentro da velha casa. Havia limpado umas cinco vezes, trocado os moveis de lugar umas oito e até refeito os arranjos das flores. 

Agora, deitado sobre os braços em cima da mesa de madeira, o Illyriano brincava com suas sombras, que passavam por seus dedos cruelmente deformados. Por sorte, tinha elas para lhe fazer companhia, já que seu anfitrião apenas conseguia escapar noite sim e noite não e as vezes nem ficava por muito tempo.

Estava sozinho e se sentia assim há alguma tempo, talvez desde quando aquela humana entrou na vida de Rhysand, desde quando ela acabou com cada um dentro do Circulo Intimo, quando destruiu seu Grão-Senhor.

Desde esse dia, o Mestre Espião se sentia só afinal seus irmãos não estavam passando por um bom momento, não depois do que ela vez... Todos estavam destruídos ao seu modo, arrasados e sem amparo, aquela simples ex-humana conseguiu fazer um estrago irreparável ao ponto de quase não sobrar nada.

Devastado, Azriel implorava para a mãe algum motivo para continuar seguindo, algo que valesse a pena viver pelo amanhã, de lutar a próxima guerra, um razão para voltar para casa.

Podia ser clichê, mas não havia nada nem ninguém que pudesse acabar com a escuridão que consumia seu peito. O vazio e a solidão se tornaram seus melhores amigos e o desejo de acabar com tudo se tornava um sonho.

A cada dia, sentia que estava caindo e caindo em um buraco sem fundo, mas que quando chegasse a hora, acabaria de encontro com o fim, até pensou em acelerar o processo. Quantas vezes já não se pegou segurando uma corda? Um espada, ou até olhou para o precipício... 

Dias atrás quase o fez. 

A sensação de querer que tudo acabasse, que a vida deixasse de lhe fazer sofrer apenas desejando a paz e mais nada! Queria terminar com tudo... Precisava disso, de um descanso de todos esse sentimentos que corroíam seu ser, de uma luz no meio da noite.

Então na noite mais escura, Azriel disparou para o céus o mais alto que pode e o mais longe que pudesse chegar. Aquilo seria alto o suficiente para não lhe fazer sofrer?

Essa foi a sua decisão e esse seria o fim.

Por um instante fechou os olhos e rezou em nome da Mãe. 

Foi nesse momento que algo lhe puxou e a sensação de alegria invadiu seu corpo involuntariamente. Seu corpo ficou paralisado ao ponto de despencar dos céus... O pavor e a felicidade tomaram seus sentidos fazendo suas asas não querem mais funcionar e de uma noite escura, sem estrelas, viu uma floresta florida e um cavalo negro galopando ferozmente. 

Os sons das ridas de um macho e uma fêmea quase lhe ensurdeceram e a sensação gostosa de uma boa gargalhada lhe fez derramar uma lagrima.

Não estava enxergando por seus olhos, muito menos sentindo o que realmente deveria sentir. Nada daqui vinha de Azriel...

Quando enfim acordou percebeu que estava despencando em plena queda livre, e em um susto, voltou a voar em meio ao céu sendo agraciado pelo brilho do nascer do sol.

Seu coração disparado pelo que acabou de ver, e um tanto pelo susto, lhe deixou com um sorriso, meio simples, descreste e contido, mas pela primeira vez sentia a felicidade depois de muito tempo, mesmo que não fosse sua.

Mas sim dela.

Enfim havia sentido sua Parceira! Depois de tanto tempo, depois de tanto sofrer... Havia sim alguém destinada para si. 

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⏰ Última atualização: May 20 ⏰

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Corte de Mentiras e Crueldade - [Luriel]Onde histórias criam vida. Descubra agora