🍁Eu estou aqui...

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Lucien pediu a Feyre que não invadisse sua mente, e rezou para Mãe que a Feérica tenha lhe escutado. Mesmo que muitas das vezes Vanserra a deixasse saber o que pensava, o macho pedia por sua privacidade, então tiveram de chegar a um acordo, existiam certas coisas que não deveriam ser exploradas, e quando o Grão-Feérico dizia para ela não se intrometer, sua Senhora tinha de respeitar as vontades do amigo.

Mesmo sendo quase impossível não se intrometer, mas não queria deixar Lucien ainda mais bravo.

O macho fechou a porta do quarto com suas próprias costas, batendo a cabeça no processo. Com uma expressão derrotada, Lucien parecia não olhar para um local especifico. Apenas revivia os momentos daquele maldito dia, junto da estranha visão que teve na escada. 

Era fácil juntar um mais dois. Seja o que for que viu, eram pelos olhos de outro alguém. Seja ele ou ela. Um Parceiro ou uma Parceira. Não ligava para isso, apenas que havia mesmo alguém por aí destinado a si... Depois de tantos anos na solidão, mergulhado na dor que o passado ainda lhe causava.

Enfim...

Repassava os momento em sua cabeça para pegar o máximo de detalhes possíveis. Conhecia aquelas assas, eram grande e com garras bem afiadas. Illyriano, ou Illyriana. Talvez fosse uma brincadeira do destino, ou quem sabe a pior coisa que a Mãe pode ter lhe preparado.

Illyrianos. 

Sua Senhora havia proibido a entrada de qualquer ser um assas, além dela mesma, nos territórios Primaveris. 

Era atirar para matar.

Lucien escorregou por aquela porta até alcançar o chão frio. Algo estava muito errado, e sabia bem que se tentasse ir contra Feyre poderia acabar piorando tudo. Ela parecia convencida de seus novos objetivos que apenas faziam sentido na cabeça dela... Por mais que tivesse boas intenções, ainda assim era uma péssima decisão.

A Reunião Sob a Montanha iria acontecer dentro de alguns dias, e a Grã-Senhora iria esbanjar o Caldeirão para que todos soubessem do seu mais novo pet preferido. Por sorte, o Livro dos Sopros estava protegido na Corte Noturna, algo que deixou a fêmea bem amarga, apesar de ter dado de ombros.

- Se eles não me derem aquele Livro, irei contar o segredinho precioso deles para que todos possam ouvir. 

Quando percebeu que era inútil falar com Feyre, preferiu subir para o quarto sem terminar o jantar. Havia perdido a fome. Era muito para processar e talvez Lucien nem quisesse chegar em uma conclusão. Ela parecia muito bem fazendo piadas sobre o Caldeirão e de como poderiam fazer uma sopa ali dentro. 

E ela estava tão errada assim?

Tirando a parte da Amarantha, essa Lucien sabia ser uma loucura sem tamanho daquela cabeça tola. Aquela ex-humana, mas ainda burra, apenas queria protegê-los. Tanto a Corte Primaveril, quantos os humanos do outro lado da Muralha. Seria tão errado assim? Claro, iriam enfrentar um inferno quando as outras Cortes descobrissem, haveriam brigas e quem sabe uma ou cem mortes, mas é como dizer... A imortalidade é entediante.

Pensar em tudo isso fazia Lucien ter dor de cabeça. 

O que iria fazer? Não podia ir contra a sua Grã-Senhora... Podia? Porque sentia que aquela maldita história estava se repetindo?

Quando escutou algumas batidas da porta, se levantou quase em um pulo ajeitando suas roupas e voltando a ter aquela cara emburrada de sempre.

- Alis. - Disse ao abrir a porta, dando espaço para ela entrar. - Como vai?

Corte de Mentiras e Crueldade - [Luriel]Onde histórias criam vida. Descubra agora