Capítulo 39

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Beijo o rosto do Guilherme e então o puxo pra mim com uma mão

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Beijo o rosto do Guilherme e então o puxo pra mim com uma mão.

Ele sorri de lado e passa as costas dos dedos por minha bochecha.

- Qualquer coisa me liga? - Perguntou baixo, olhando em meus olhos.

- Sim neném, e você também por favor. - Peço e beijo os lábios dele com calma.

Me afasto com um leve sorriso no rosto e desço do carro só com minha bolsa em mãos.

Caminho pra dentro do prédio e aceno, vendo ele acelerar pra longe em seguida.

Suspiro sentindo meu estômago ruim e cumprimento o porteiro, pra só então seguir até o elevador e subir para o meu apartamento.

Entro em casa e já vejo minha mãe no sofá com uma xícara em mãos.

- Vem cá minha princesa. - Ela me chama e eu largo a bolsa na mesinha ao lado da porta.

Vou até ela rapidamente e me sento ao seu lado, pegando a caneca e dando um leve gole.

- Tá sentindo o que? - Minha mãe pergunta e passa a mão por meu cabelo.

- Ontem fomos comer algo na rua e meu estômago começou a doer de fome, aí depois que comi, fiquei com uma ânsia de vômito estranha e me deu azia também. - Falei e dei mais um gole do chá. - Aí hoje cedo eu vomitei.

Choraminguei e deitei a cabeça no ombro da minha mãe.

Ela me puxou mais contra seu corpo e me fez deitar em seu peito.

- Vamos ver se passa até o almoço, se não passar, aí vamos no hospital. - Ela diz e eu assinto, bebendo mais do meu chá.

Minha mãe ficou me fazendo carinho até eu terminar de tomar todo o líquido da caneca.

Logo depois fui para o meu quarto e tomei um banho bem demorado e caprichado.

Cuidei do meu cabelo, o hidratando e em seguida o finalizando no secador.

Ao longo da manhã, meu estômago finalmente se acalmou e deu lugar a uma fome monstra.

Sorte que minha mãe fez uma comida gostosa para almoçarmos.

Comi uma quantidade boa, sem exagerar pra não me dar dor de novo.

Ajudei ela com a louça e então fomos nos deitar no sofá.

- Como tá meu genro? - Minha mãe perguntou do nada e eu dei uma leve risada.

- Bom, ele ainda não é oficialmente seu genro mas está bem. - Me aconchego mais no abraço dela e beijo seu rosto.

- E você quer que ele seja oficialmente meu genro? - Pergunta e ri sapeca.

- Quero, quero muito. - Suspiro e fecho os olhos lembrando do meu homem. - Ele é incrível demais.

- Eu gostei dele também. - Ela diz e passa a mão por meus cabelos.

- Ele é muito atencioso mãe, tá sempre reparando em mim, sempre cuidando de mim, sempre querendo ter certeza que estou bem. - Falo e brinco com um dos cachos do cabelo dela.

- Seu pai era assim, lembra? - Perguntou e nos olhamos.

- O melhor pai e marido do mundo. - Falamos juntas a frase dita em todos os dias dos pais desde que me entendo por gente.

- Sinto falta dele. - Mordo o lábio e desvio o olhar, voltando a deitar minha cabeça em seu peito.

- Eu também. - Sussurra e continua a brincar com meus cabelos. - E sei que faz pouco tempo que ele se foi mas eu acho que conheci alguém legal.

Rapidamente me sento e sorrio, olhando fixamente nos olhos dela.

- Meu Deus mãe, me conta isso direito. - Falo a puxando e ela ri comigo.

- Conheci ele no bingo na semana passada, tem a mesma idade que eu e também é viúvo. - Ela diz e brinca com as próprias mãos. - Estamos conversando por mensagens desde então.

- Mãe! Isso é incrível. - A abraço com força e ouço ela fungar.

- Ele me faz sentir tão bem, assim como seu pai fazia. - Ela fala com a voz embargada, me apertando com força. - E eu não sei se isso é certo.

- Ei, não, não fala assim. - Me afasto um pouco e seguro o rosto dela entre as mãos. - O meu pai sempre vai ser o amor da sua vida, seu companheiro eterno, o pai da sua filha, mas infelizmente ele se foi mãe. - Limpo as lágrimas dela com os polegares, ao mesmo tempo em que controlo as minhas. - Ele se foi e nós ficamos, você ficou, você ainda é uma pessoa, ainda é uma mulher que tem sentimentos e vontades.

- Mas filha... - Ela tenta dizer mas nego com a cabeça.

- Não mãe, já faz um ano que meu pai se foi, um ano que você está triste e se sente sozinha. - Falo vendo ela voltar a chorar. - Um ano de luto, mas esse ano acabou e com ele veio, talvez, um novo amor? - Pergunto incerta e ela ri de leve em meio ao choro. - Esse homem não é meu pai, mas não se sinta culpada ou fique comparando seus sentimentos por cada um deles, eles são pessoas completamente diferentes mas estão no mesmo lugar em seu coração.

- Aí minha bebê. - Ela me puxa chorando e me abraça com força. - Eu só tenho medo de magoar ele com a minha dor pela falta que seu pai me faz.

- Converse com ele, explique o que sente, como você mesma disse mãe, ele também perdeu um amor e sabe o quanto dói. - A abraço também com força e beijo seu rosto.

- Irei fazer isso, amanhã à noite, aceitando o convite para um jantar. - Ela se afastou falando e limpou o rosto.

Sorrio boba e assinto, jogando os cabelos dela pra trás dos ombros.

- Faça isso e qualquer coisa saiba que estarei aqui para te apoiar. - Falo e ganho um sorriso enorme dela.

Minha mãe merece.

Sofreu muito com a perda do meu pai e só não caiu em uma depressão, por que arrastei ela para uma psicóloga, que por acaso ainda a acompanha até hoje.

...

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