Smar, sl lefpom

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FOI UMA PROMESSA FALSA DE LIBERDADE. Me sentia enganada, achava que estava livre, mas na verdade só o dono de minha coleira havia mudado.

– Está me ouvindo? – Encarei Norma, o humano de cabelos marrons e olhos verdes a minha frente, ele suspirou. – Olha a gente tinha te apagado, tá legal, mas o sedativo não durou o tempo que nós esperávamos, e você estava no meio da cirurgia então... – O cortei.

– Eu não me importo, to pensando em outra coisa. – Ele ergueu as sobrancelhas.

– Se não for sobre algo relacionado a nos matar, beleza. – Max, um humano moreno gordo com cabelos cacheados brincou enquanto tirava as bandagens do meu ombro para ver como estava a cicatrização.

– É, isso aí, o resto a gente resolve. – Continuou na onda dando um riso nasalado, eu sorri.

Pelo menos o clima aqui é bem melhor do que dentro do exército. – Pensei vendo as bandagens sujas de sangue caírem no meu colo.

– Desculpa é... C12, você sente algo quando eu encosto aqui? – O moreno indagou pressionando perto de onde deveria ser a ferida no meu ombro.

– O seu dedo? Pressão? – Respondi confusa e olhei para onde ele tocava, minha pele branca estava manchada de sangue, mas não havia ferida. – Ué. – Tombei a cabeça apertando com minha outra mão meu ombro. – Ele tá bom.

– A flecha quase tinha atravessado seu ombro, os danos nos tendões me fizeram pensar que... você nunca mais teria a movimentação normal. – O humano se afastou um pouco. – O nível de regeneração celular que você deveria ter para curar isso em menos de um dia... com certeza ainda não foi visto em nenhum lugar, pelo menos entre mamíferos. – Os olhos brilhosos de Max pareciam os de uma criança. – Se a gente descobrir qual fator a leva a se regenerar tão rapidamente. – Comentou empolgado para Norm.

– Poderíamos replicá-lo em outros seres. – Os olhos do castanho ficaram mais claros. – C12, nós podemos pegar um pouco do seu sangue para estudar?

– Por que você está me perguntando isso? – Franzi a testa.

– Porque o sangue é seu, e nós vamos precisar da sua cooperação para conseguir fazer a pesquisa. – Max explicou sem perder seu entusiasmo.

– Tá, pode ser. – Dei de ombros.

Max me tirou um pouco de sangue antes de sumir para dentro do laboratório enquanto me dizia que eu estava liberada, achei interessante a sua animação.

– Isso já aconteceu antes? – Norm perguntou.

– Não, mas eu tenho uma ideia do que possa ser. – Sorri de canto me levantando da maca.

– E o que você acha que é?

– Milagre. – Ele riu, eu continuei sorrindo mesmo sabendo que aquilo não era uma piada.

– Qualquer coisa a gente te avisa, agora vou deixar vocês sozinhos, acho que vocês tem assuntos a tratar. – Norm olhou para a porta onde um na'vi de colete me esperava antes de fazer o mesmo caminho para dentro do laboratório que Max havia feito.

Caminhei até o na'vi enquanto o analisava, pés e mãos de cinco dedos, estrutura mais robusta do que um na'vi normal, olhos levemente menores do que de um nativo, maxilar mais largo, e traços familiares, aquele era o ser mais procurado de pandora.

– É um prazer lhe conhecer, Jake Sully. – Falei estendendo minha mão, o movimento de suas orelhas demonstrou sua incerteza em aceitar meu cumprimento.

Oel ngati kameieOnde histórias criam vida. Descubra agora