Oe slpey tsn nga 'iv'awn ayoehu

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Tradução do título: espero que fiques conosco.esse cap é um fechamento de pontas praticamente, boa leitura!!





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– Ayram Alusìng. – Sibilei em na'vi o nome de um dos lugares mais mágicos de Pandora. A bioluminescência da vegetação que cobria parte das grandes pedras flutuantes me fazia sentir como se eu estivesse... fora da Terra, e eu estava, tão longe que mesmo chegando perto da velocidade da luz, demorava seis anos.

– Fica abaixada. – A voz atrás de mim seguida por uma mão em minhas costas me fazendo deitar sobre o pescoço do ikran me fez gelar, de certa forma eu não estava acostumada com contato.

Não demorou para eu ver o motivo, soldados azuis em banshees bem disfarçados nas rochas fazendo ronda, se eles me vissem primeiro poderia ocasionar em um ataque contra os seus próprios, fizemos um bom percurso ainda antes de adentrar uma das rochas.

– Neteyam, a leve direto para o laboratório. – A na'vi mais velha falou um pouco atrás de nós antes de pousar.

O vislumbre do lugar atiçou minha curiosidade, apesar de enorme dentro da grande caverna estava bem iluminado, passei meus olhos pela arquitetura Omatikaya, as tendas com formatos estranhos, as decorações exóticas, as vestimentas tradicionais, as lanças, os arcos, mas o que mais me chamou atenção foram as caixas de armamentos – as caixas roubadas no ataque ao trem com destino a Bridgehead – por causas destes ataques a base principal estava ficando sem suprimentos, felizmente esse problema não era mais meu.

Pousamos perto de um laboratório de campanha da RDA, um pouco mais para frente tinha um helicóptero.

– Por que tem um laboratório de campanha aqui? – Indaguei vendo o maior descer do animal.

– Alguns humanos amigos do meu pai botaram a construção aqui. – Ele me pegou por baixo dos braços e me tirou do banshee como uma criança, só depois que o azulado me pôs no chão eu percebi isso. – Mas eles são legais. – Continuou. – Você consegue andar?

– Sim. – O empurrei levemente para trás com o meu braço bom, estava um pouco desconfortável com sua aproximação.

– C12, está se sentindo melhor? – A voz de Kiri atrás de mim chamou minha atenção.

– Sim, só estou um pouco cansada. – Comentei olhando para o humano que a acompanhava, ele me encarou de volta. – Seu nome?

– Spider Socorro. – Respondeu simples, ele claramente não confiava em mim.

– E eu sou Lo'ak. – Um na'vi de feições mais esguias que Neteyam falou se aproximando de nós. – Quanto tempo a gente vai deixar ela com essa porcaria no ombro? – Sua delicadeza o fez levar um tapa no ombro de Kiri.

– Olha a boca. – Ele deu de ombros com a repreensão da azulada. – Vamos lá. – Sorriu para mim.

É estranho como eles estão confiando em mim – Pensei, havia exceções, mas estas exceções eram mais plausíveis do que o que estava acontecendo no geral; falando grossamente, eu sou um membro da RDA, um experimento, nem na'vi, nem humano, eu apontei uma arma para todos que estão ao meu redor, eles me caçaram, me mataram, e.... agora eu estou nas Montanhas Aleluia, mais exatamente no lugar onde toda a RDA está tentando invadir para acabar com a resistência – e se eu os trair? – a pergunta interna me fez engolir em seco, se eu vazasse a localização, eu seria bem-vinda na RDA novamente, eu poderia voltar....

– AHH! – Berrei voltando para a realidade, tinha um humano de jaleco com um bisturi no meu ombro.

– SEGUREM ELA! – Ele gritou, eu me debati pela dor, Neteyam e outro na'vi seguraram meu tronco e meus braços, Lo'ak e o humano prenderam minhas pernas.

– KIRI! – Chamei, ela apareceu atrás da maca, em cima da minha cabeça – Ajudaa... – Chorei pela dor, ela me olhou triste colocando suas mãos nos dois lados da minha cabeça.

– Já vai passar. – A pena em seu olhar me fez engolir em seco, ela não iria me tirar dali.

Foram dez minutos de pareceram horas, eu senti minha carne rasgar, queimar, ser costurada, eu tentava não gritar enquanto olhava para Kiri que estava me dando apoio, mas em alguns momentos eu só queria estar morta para não ter que sentir tanta dor, principalmente nos momentos em que minhas veias estavam sendo cauterizadas, a sensação era tão agonizante que eu chegava a alucinar.

Eu mantive a consciência até quando eles terminaram de enfaixar meu ombro, como eu não tinha reação o na'vi desconhecido me pegou nos braços e me trocou de maca, pois tinha muito sangue na que eu estava, me tamparam com um leve lençol e apagaram as luzes, eu não consegui distinguir as vozes e o que eles falavam, também não estava me importando muito com isso, como já era tarde e o dia tinha sido longo, eu só me entreguei para um merecido sono.

Era lilás, a cor das grandes ramas da Árvore das Almas, ao contrário da última vez que eu estive aqui eu sentia as coisas, a terra gelada abaixo de meus pés e a brisa morna que provinha da árvore, fruto de seu enorme poder, não tinha mais ninguém ali, só eu e ela, ela e eu.

– Por que eu estou aqui de novo? Eu não estou morta. – Indaguei com uma certeza sublime de que seria respondida, contudo a resposta não veio, decidi me aproximar da árvore, toquei em suas ramas, passei meus dedos pelo seu tronco sentindo cada textura, tudo parecia estranhamente normal. – Eu não vou me conectar a você. – Sibilei sentindo um gosto amargo na boca. – O que...? – Toquei em meus lábios, era sangue.

Se eu te dei, eu posso te tirar. – Engoli o sangue, aquilo era uma ameaça.

– O que você me deu? – A pergunta foi como um gatilho, aos meus pés apareceu um corpo, os membros quebrados, a cabeça aberta com metade do cérebro para fora e o resto de uma flecha no que era para ser o ombro daquele monte de massa sem forma definida, por mais que aquele ser que estava brincando comigo não tivesse rosto, eu pude sentir o seu sorriso com o meu pavor.

Não me faça tirar o que eu lhe dei. – A voz no pé do meu ouvido foi a mais doce que eu já havia ouvido, mas foi a que mais me deu medo.  




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Gostaram? se quiserem comentar algo que gostariam que acontecesse, criticas construtivas, etc, eu amo ler comentários, ent bjs, até o próximo cap!!

Oel ngati kameieOnde histórias criam vida. Descubra agora