Capítulo 4

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À luz da manhã, a lembrança da conversa de Porsche parece um sonho. Kinn não poderia ter sido tão mole com ele, certo? Certamente tinha sido uma mistura de exaustão e medicação fazendo com que ele interpretasse errado.

(Isso não é verdade. Ele sabe, provavelmente melhor do que a maioria, como Kinn pode ser gentil. Ele se lembra de sua voz sussurrando: "Muito bom" e "Você foi perfeito". )

Independentemente disso, ele fez uma promessa e pretende cumpri-la.

"Ei!" ele diz, levantando a voz para passar pela porta. "Quem estiver de guarda, venha aqui."

Depois de alguns segundos de hesitação, a porta se abre e Pete enfia a cabeça para dentro. — Como você sabia?

Caramba. Se esse é o tipo de mente estratégica que eles têm, não é de admirar que Kinn o queira. "Cara, Vegas se infiltrou neste lugar só para mostrar que podia. Se não houvesse um guarda, isso significaria que Kinn me queria morto.

Pete lança um olhar nervoso por trás do ombro. "Hum, por favor, não diga isso tão alto."

"O que?"

"O que? Nada." Pete é muito, muito ruim em parecer casual. "Que bom que você está se recuperando! O que você precisava?"

Porsche deixa passar. "Eu quero todas as informações sobre os guardas de Kinn. Rotação, organização, horários. Tudo. Pegue-o de Big e dê para mim.

"Então você finalmente está fazendo isso, hein?"

"Sim."

Pete sorri. Ele parece satisfeito e talvez um pouco orgulhoso. "Vou pegar o que você precisar."

Os arquivos chegam quinze minutos depois em um ipad. Porsche se enterra nos detalhes, memorizando as formações de guarda e vendo onde as coisas falharam. Kinn é muito atacado. Gosto muito.

Não é uma grande surpresa. Sua personalidade é honestamente terrível.

Porsche ouve passos familiares do lado de fora da porta e, quando ela abre sem bater, ele nem se dá ao trabalho de erguer os olhos.

"O que diabos deu em você para fazer sua configuração padrão com seis caras próximos? Você deve ter uma equipe de acompanhamento solta para patrulhar e impedir as ameaças antes que elas cheguem até você. Talvez você não levasse tanto soco se eles..."

"Oi."

A cabeça de Porsche se ergue. Kinn está lá, sim, mas pela primeira vez ele está sendo eclipsado por outra pessoa.

Chay está parado na porta, olhos arregalados e preocupados.

Porsche ama seu irmão, mas ele passou horas olhando todas as tentativas de assassinato que ocorreram em torno desta família.

"O que ele está fazendo aqui?"

Kinn teve a ousadia de parecer irritado. — Você disse que o queria.

"Eu disse que queria falar com ele. Falar! Como no telefone!"

Kinn cruza os braços. "Bem, você não disse isso, disse?"

"Você é absolutamente louco? Não é seguro. Tira-lo daqui!"

"Não!" Chay grita. Isso assusta Porsche, que não consegue se lembrar da última vez que ouviu seu irmão levantar a voz.

As mãos de Chay estão fechadas em pequenos punhos. "Você não pode decidir isso por mim, não depois que você mentiu para mim e desapareceu por uma semana."

Oh não, oh não, Chay está com lágrimas nos olhos. Oh não.

"Você tem alguma ideia do que eu imaginei?" Chay engasga. "Uma semana inteira."

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