Capítulo 6

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Na manhã seguinte, parece quase normal acordar pela segunda vez com Porsche na cama. Kinn o sente antes de abrir os olhos, porque Porsche se enrolou nele durante o sono, tentando se enfiar no peito de Kinn. Deve estar machucando a clavícula e as costelas. Idiota.

Kinn rola para longe dele e olha para o teto. Sua mente está funcionando novamente e ele se sente no controle de seu corpo. Além de uma forte dor de cabeça, ele se sente de volta ao normal.

Ou seja, ele se sente absolutamente furioso.

Ele não pode matar seu primo. Seu pai não ficaria satisfeito e provavelmente iniciaria uma guerra de gangues. Mas ele passa cinco minutos satisfatórios imaginando isso.

Porsche se mexe ao lado dele e resmunga ao acordar, praguejando enquanto se desenrosca de sua posição apertada.

Kinn pega o frasco de analgésico de sua mesa de cabeceira e, sem olhar, joga para Porsche.

Porsche diz algo que soa como "mmrgh" e ele ouve o barulho de comprimidos.

Kinn enfia as mãos atrás da cabeça. Talvez seu pai o deixasse escapar impune quebrando os dois braços de Vegas. E pernas.

Cuidadosamente, Porsche se apoia na cabeceira da cama. Ele está vestindo a camiseta e a calça de ontem, toda amarrotada. Mas ele está alerta, já olhando para Kinn como se o estivesse estudando.

"Bem, lá se vai o meu dia de folga." A Porsche não parece triste com isso. "Fogo, fome ou peste, chefe?"

Kinn torce os lábios. "Por que não os três?"

O sorriso de resposta de Porsche é mais frio do que qualquer coisa que Kinn tenha visto em seu rosto. "Parece bom para mim."

Ele é muito atraente assim, implacável na cama de Kinn. O momento demora, prestes a crescer, quando é interrompido por batidas frenéticas na porta.

"Kinn! Kinn! Afaste-se de mim, Big, não preciso ouvir você. Kinn!"

"Ei, ele disse para ir embora, filho da puta."

Kinn sai da cama imediatamente, atraído pela angústia na voz de Tankhun antes mesmo de parar para fazer um plano. Ele abre a porta para ver seus guarda-costas tentando aplacar Tankhun e evitando desesperadamente as tentativas de Kim de socá-los no rosto.

Tankhun se lança sobre ele e Kinn, com experiência nascida da prática, o pega. "Kinnnn!"

Ele honestamente não pode dizer se este é o drama usual de Tankun ou se ele está genuinamente chateado. Kinn olha para Kim em busca de uma pista, mas seu irmão mais novo parece zangado. Isso não ajuda. Kim está sempre com raiva.

Kinn decide jogar pelo seguro. "O que diabos está acontecendo?"

"Como eu deveria saber?" lamenta Tankhun, que sempre sabe de tudo. "Ken está em uma sala de interrogatório! Você ficou escondido aqui a noite toda e ninguém o viu. Você poderia estar morto!

"Bem, eu não estou", diz Kinn. Ele acha que isso é principalmente drama, porque ele sabe com que rapidez Tankhun entraria em pânico cego se descobrisse a verdade.

"E?" Kim exige.

"Se você quer conversar, entre."

Tankhun desembrulha-se de Kinn e entra, como se estivesse apenas esperando pelo convite. Kim segue com uma demonstração de relutância, mas ele olha Kinn cuidadosamente, verificando se há danos.

"Oh! Porsche está aqui. Olá, Porsche. Tankhun acena, não parecendo nem um pouco surpreso.

Kim olha entre Kinn e Porsche. "Realmente? Na frente da minha salada?

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