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Complexo do PPG - Rio de Janeiro 📍
12 de Janeiro de 2017, quarta-feira
|07h30Victor Hugo point of view
Rio de Janeiro! Cidade maravilhosa, repleta de belezas naturais, os turista amam, óbvio! Eles só conhecem a parte boa do Brasil. A desigualdades, o racismo, corrupção. Os políticos não querem manchar o nome do país, até porque gringo é dinheiro fácil. Ninguém quer ver o seu país sendo esculachado lá fora, posso dizer por trabalhar na zona sul, uns dos bairros mais elitizado do Rio de Janeiro, Ipanema.
Lugar de bacana e dondoca, eu não me encaixo lá. Nascido e criado no PPG, Pavão-pavãozinho e Cantagalo, favela da zona sul do Rio de Janeiro, posso morar na mesma zona que bacanas, mas nunca na mesma realidade. Filho de casal preto e favelado, o sistema não dá assistência, muito menos recursos, cresci na guerra que eram meus pais, nunca tive uma visão do que é um casal feliz, mas logo os dois se separaram, já era um pouco maior, se ligo, já tinha dois irmãos pequenos.
Minha mãe teve que abrir mão de um filho, pois não tenha como sustentar três filhos sozinha, meu pai sumiu desde quando se separou da minha mãe, nunca mais vi o cara. Como era o mais velho tive que arcar com o custo, fui morar com a minha avó, foi muito bom, não tenho que falar da minha avó, mesmo fazendo quentinha todo dia e saia para vender no sol quente do Rio, o dinheiro que dava não era muito, mas nunca me deixou faltar nada, sou muito grato por Dona Lurdes.
Apaguei meu baseado levantando-me para ir trabalhar, encarei a vista para o mar que minha laje transmitia, nunca me canso de ficar aqui apreciando a vista, me trás paz. Coloquei minha mochila nas costas, coloquei meu boné e sai do meu quarto.
— Benção, vó — beijei sua testa, bufei ao encara-la lavando a louça — Já falei para a senhora não lavar essa louça, deixa que eu lavo quando voltar
— Deixa de besteira, Victor! Não me custa nada ajudar, posso estar velha, mas não morta!
— Deus u livre, nem fala um bagulho desse — fico neurótico só em imaginar perder a minha avó, papo reto, fico com mó perto no peito
— Já está indo trabalhar? — assenti — Se cuida, meu filho!
— Meu segundo nome é cuidado, Dona Lurdes — beijei sua cabeça mais uma vez — Tenho que ir, nosso arroz e feijão não entra sozinho nessa casa — minha avó me olhou com aquele olhar que eu já conhecia muito bem, pena!
— Você não devia gastar sua juventude trabalhando, você tem que estudar! Não devia ter ficado doente, assim poderia continuar trabalhando e você se dedicando a algo que gosta — minha avó tem Lúpus, lutou a vida toda contra essa maldita doença e conforme os anos está acabando com o seu corpo cada vez mais
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Era uma vez | Cabelinho
FanfictionMinha mãe sempre disse: "Que rico é rico" "E pobre é pobre" Mas toda a vez que eu via ela esquecia disso. - Tú já viu rico namorar com pobre? - negou com a cabeça - Viu, essas coisas só acontecem em novela ou em filme. Na vida real é tudo desigu...