Destino.

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Ipanema - Rio de Janeiro 📍12 de Janeiro de 2017, quarta-feira |19h30

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Ipanema - Rio de Janeiro 📍
12 de Janeiro de 2017, quarta-feira
|19h30


Cristal point of view



Já era a terceira vez que atualizava o site da faculdade PUC e nada ainda. Hoje iria sair o resultado do vestibular, estava tão ansiosa para saber se passei ou não, que não tinha mais cutícula. Era meu sonho cursar Moda, aprender sobre a história, pode montar a minha própria marca de roupa ou trabalhar em grandes marca famosas, eu não via a hora disso acontecer, me esforcei muito essa ano nos estudo para pode passar na faculdade.

Espero receber um resultado bom pelo meu esforço.

— Já saiu, minha menina? — acordei de meus pensamentos com a voz da minha babá, Maria. Que me cuidou desde bebê, a considerava como minha mãe, sem ela não seria a metade que sou hoje em dia

Só ela e minha melhor amiga, Juliana, que sabiam que prestei vestibular para Moda.

— Ainda não, madrinha — a chamava assim, pois se quando és padrinhos de um bebê viram os segundo país, era isso que ela era em minha vida. Já que meu próprios padrinhos não me procuram, quis Maria como minha madrinha em casa — Estou uma pilha de nervos!

— Pra que? Eu vi o seu esforço Cristal, você vai passar, estudou tanto que nem sei o porque está nervosa

— Posso ter estudado muito, mas é a melhor faculdade do Rio, é muito difícil entrar

— Não pensas negativo, minha menina — segurou o meu rosto — Você irá passar, a mãe Iemanjá está cuidando de tudo, nada vai lhe impedir de seguir seus sonhos, nem se quer o seu pai

Meu olhar murchou só em pensar na fera que ele iria ficar se soubesse que só prestei vestibular para Moda. Meu pai é um juíz muito importante aqui no Rio de Janeiro, sou nome é feito de exemplo para todos que sonham em cursar Direito, e esse era uns de seus planos pra mim, queria que cursasse Direito a todo custo, escuto isso desde pequena, mas sempre deixei claro o meu real propósito, que era motivo de nossas brigas constantes.

Eu tinha uma ideia do porque queria que curasse Direito, a vida toda já vinha mostrando meu talento para Moda, então desde pequena meu pai tenta mudar a minha cabeça, minha mãe era formada em Moda, esse era o real motivo, e tudo que vem da minha mãe meu pai repulsa. Ela abandonou nós dois quando eu ainda eram um bebê, eu tinha meses quando foi embora, não sei nada sobre minha mãe, meu pai nunca tocou em seu nome, nunca quis deixar uma memória se quer dela, eu nunca vi nem uma fotografia da mesma.

Eu só sabia o seu nome, pois madrinha me contou, nunca irei esquecer. Helena, o nome da mulher que abandonou um bebezinho, eu não sei o que sentir sobre ela, tenho vontade de saber mais sobre, mas sabendo que abandonou-me acho que não merece que eu vá atrás de sua história, talvez estaria desperdiçando o meu tempo, mas esse abandono me causou tantas emoções ruins dentro de mim ao longo que fui crescendo. Qual menina iria se sentir bem sabendo que sua própria mãe a abandonou sem mais, sem menos.

— Eu nem quero pensar em meu pai, não quero trazer mais pensamentos negativos que já estão em minha cabeça — percebi pelo canto do olha a tela do meu MacBook atualizando sozinha

Madrinha tomou um susto quando eu praticamente voei até a minha penteadeira, quase com a cara entrando no monitor, rolo a tela com o mouse atrás do meu nome, mas não achava, já estava sentindo os meus olhos marejados por não encontrar o meu nome na lista, me levantei desnorteada. Eu não estava lá.

— Eu não passei, madrinha. Nem pra passar na faculdade eu sirvo — desde muito nova eu me auto crítico. Tudo tem que sair perfeito na minha vida

— Não pode ser, isso é impossível — madrinha sentou-se em minha cadeira da penteadeira e olhou a tela do MacBook, iria puxar os meus cabelos quando escutei a sua voz — Cristal — olhei-a, estava com os olhos brilhando pelas lágrimas, mas tinha um sorriso de rasgar o seu rosto — Você passou sim! — franzi a testa e senti meu coração sair pela a boca quando vi meu nome em primeiro lugar — Você não só passou, mas passou em primeiro lugar!

Eu não sabia o que dizer, estava em choque ainda. Senti seus braços me contornaram forte, abracei de volta e foi nessa agora que minha ficha caiu.

— Eu passei, madrinha. EU PASSEI! — pulávamos abraçadas no meu quarto

— Eu falei, minha menina, que você iria passar. Eu sabia! Os planos de mãe Iemanjá nunca falham — sorri segurando a minha correntinha com a imagem de Iemanjá, que a madrinha me deu de quinze anos, nunca mais tirei

— Ela sempre anda comigo!

— Então nunca perca fé nela — encostou as nossas testa, sorriamos juntas — Como você não notou seu nome em primeiro lugar?

— Eu não sei, estava muito nervosa que nem passou pela minha cabeça olhar o primeiro lugar. Nunca imaginei que iria passar em primeiro — olhava meu nome na lista impressionada

— Isso merece uma comemoração — beijou a minha cabeça — Vou fazer aquele bolo de cenoura com cobertura de chocolate que você adora — só em escutar já senti minha boca salivar, madrinha era uma cozinheira de mão cheia

— Por favor, amo os seus bolos! — a mesma saiu

Eu ainda estava impressionada comigo mesma, eu conseguir passar, não estava nem acreditando. Já era o primeiro passo para alcançar os meus sonhos, agora eu tinha que criar coragem para conta ao meu pai que não prestei vestibular para Direito, e sim, para Moda. Estava numa viagem muito importante a trabalho em Brasília, quando voltar quero contar logo, mas preciso ter coragem.

Espero que ele me apoie, é a pessoa que eu mais quero ao meu lado quando me formar, a gente tem as nossas desavenças, mas o amor que eu sinto pelo meu pai não cabe no peito, eu sei que ele me ama, do jeito bruto dele, mas ama. Eu só quero que tudo dê certo.



Continua...

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