Coragem.

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Era uma casa não muito engraçadaPor falta de afeto não tinha nadaAté tinha teto, piscina, arquitetoSó não deu pra comprar aquilo que faltavaBem estruturada, às vezes lotadaMas memo lotada uma solidãoDizia o poeta, o que é feito de egoNa rua dos to...

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Era uma casa não muito engraçada
Por falta de afeto não tinha nada
Até tinha teto, piscina, arquiteto
Só não deu pra comprar aquilo que faltava
Bem estruturada, às vezes lotada
Mas memo lotada uma solidão
Dizia o poeta, o que é feito de ego
Na rua dos tolos gera frustração


Ipanema — Rio de Janeiro
17 de Fevereiro de 2017, sábado
| 10h15



Victor point of view



Aqui, senhor! — entreguei um pastel para mais um cliente do dia e o imbecil nem olhou na minha cara durante todo o pedido, pegou o pastel e jogou uma nota de dez reais no balcão

— Pode ficar com o troco! — encarei aquele playboy de cima a baixo, o mesmo virou as costas e meteu o pé para praia, peguei o dinheiro e coloquei no caixa

Bufei indignado, pedindo paciente para aguentar essa gente sem noção da realidade, já devia estar acostumado, mas não consigo engolir essa falta de educação. O que custava o cara entregar o dinheiro na minha mão, é impossível que o dinheiro faça as pessoas ficarem tão esnobe assim. Papo reto.

Hi qual foi dessa cara, de quem comeu e não gostou? — Ryan chegou e aconchegou-se no balcão

— Um playba aí sem noção! — bufei — Fala tú, porque veio me perturbar no meu trabalho?

— Não posso ver o meu melhor amigo, matar a saudade? — colocou a mão no peito fazendo voz de ofendido, encarei-o com a sobrancelha erguida, o mesmo bufou — Tá bom! Preciso da sua ajuda num corre aí

Aí rapa, se está mexendo com coisa errada eu quebro a tua ca... — apontava o dedo em sua direção, Cascão me interrompeu

Tá maluco! Eu com coisa errada? Sou cagão pra essas coisas, Cabelinho! — tive que assentir com a cabeça — O corre é trabalho mesmo! Arrumei um emprego temporário numa empresa que organiza festas, vou ser garçom

— E onde eu entro nessa história?

— Eles estão precisando de mais um garçom, e aí eu lembrei do meu amigão que gosta de dinheiro — revirei os olhos rindo

— Quanto?

— Duzentos reais a metade da noite— arregalei os olhos — Melhor que isso, não paga! E é hoje a festa

Era uma vez | Cabelinho Onde histórias criam vida. Descubra agora