Um leão por dia.

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Eu só quero é ser felizAndar tranquilamente na favela onde eu nasci, éE poder me orgulharE ter a consciência que o pobre tem seu lugarMas eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, felizOnde eu nasci, hanE poder me orgulharE ter a consciência que o po...

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Eu só quero é ser feliz
Andar tranquilamente na favela onde eu nasci, é
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar
Mas eu só quero é ser feliz, feliz, feliz, feliz
Onde eu nasci, han
E poder me orgulhar
E ter a consciência que o pobre tem seu lugar


PPG — Rio de Janeiro
24 de março de 2017, Segunda
7h20



Victor Hugo point of view


Suspirei profundamente em cansaço assim que adentrei em minha casa e fechei a porta. Fiz mais uma plantão no quiosque, estava trabalhando alguns dias da semana três turnos para conseguir suprir o dinheiro para os remédios de minha avó, pois duplicaram ao de correr de sua piora. Era muito cansativo, quase não tinha tempo para mais nada em minha vida, não conseguia ir nas aulas de piano, nem continuar ensinado Cristal a andar de bicicleta.

Senti um aperto no peito quando lembrei dela. Ainda estamos "brigados", naquela noite a deixei ter seu momento a sós, observei a mesma distante até Cascão e Juliana a encontrarem sentada na areia, só me aproximei quando as meninas voltaram para casa de Cristal. Ryan jogou na minha cara o quanto eu fui imaturo, disse que Cristal estava com muita raiva de mim, pois fiz exatamente o que o pai dela faz. Ignora-la e não deixar a mesma falar. Me xinguei mentalmente por ser tão complicado ao ponto de magoá-la.

Mas pensando bem, talvez seja melhor assim! Não tenho nada para oferecer à Cristal, sou apenas um favelado. Ela merece o mundo, eu não posso dar.

— Vó? — andei pela casa atrás de minha avó, não a encontrei em lugar nenhum, fui até seu quarto e senti o meu coração parar por dois segundos ao encontrá-la caída no chão — Merda! Vó! — corri em sua direção, verifiquei se estava respirando e suspirei aliado ao notar que respirava — Acorda, vó! Pelo amor de Deus, acorde! — balançava o seu corpo e lhe dava tapas levemente em seu rosto para tentar desperta-la. Quando notei que não iria obtiver respostas peguei o seu corpo no colo e sai de casa correndo

Descia praticamente que nem um maluco pela ladeira do morro, as pessoas me olhavam com pena, mas estava nem aí. Só queria chegar o mais rápido possível no pé do morro onde tinha o postinho de saúde, que já tinha todo os seus acompanhamento de Lupos — Alguém me ajuda! Minha avó não quer acordar — pedi desesperado para uma enfermeira assim que adentrei no postinho de saúde

Logo a enfermeira reconheceu a minha avó e assentiu com a cabeça, pegou uma maca ao seu lado e disse para colocá-la por cima, a enfermeira chamou mais um colega e levaram a minha avó para uma ala onde não poderia ter acesso. Me sentei na sala de espera, liguei para Ryan dizendo que estava acontecendo, o mesmo disse que iria vir correndo para cá e durante o caminho iria avisar os meus familiares que tinha contato.

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