Indiferença

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Ipanema — Rio de Janeiro
22 de março de 2017, Sábado
9:12 a.m


Autora point of view


Eduardo, estava muito ocupado em seu escritório revendo um caso jurídico, que iria acontecer ainda este mês. Gostava de estudar bem os casos que assume para não tomar decisões precipitadas, a qualquer momento ele podia condenar alguém injustamente, por não estudar bem o caso, como muitos juízes fazem no Brasil. Ele não queria dar esse desgosto para o sistema, muito menos para sua filha, ela não merecida ter um pai corrupto.

Estava tão entretido em sua leitura que nem notou-se a sua irmã, Nicole, adentrando em seu escritório e jogando um papel em sua mesa — Pode me explicar que palhaçada é esse? — o questionou seriamente

Eduardo a analisou-se de cima a baixo, pegou a folha lendo do que se travava, bufou ao percebe que era o boleto de mensalidade da faculdade de sua filha — Está pago! Qual é o problema? — rebatendo sem dar importância

Nicole o encarou incrédula — Por que você fez todo aquele escândalo e agora resolveu pagar a faculdade de Cristal? Por que fazer a menina passar por isso?

Eduardo largou sua caneta em sua mesa, passou a mão em seu rosto e a encarou — Eu não lhe deve satisfações de meus atos, Nicole! — sua resposta foi direta e fria. Nicole bufou um risada ainda indignada

— Eu juro, Eduardo! Eu juro que eu gostaria muito de entender de o porquê tratas Cristal com tanta indiferença. A menina não tem culpa se sua mulherzinha não aguentou a maternidade e abandonou vocês dois — suspirou — Coloque isso em sua cabeça de uma vez por todas antes que seja tarde demais

Eduardo não soube o que respondê-la, simplesmente continuou a encarando esperando acabar o seu discurso, quando a mesma notou-se que não haveria nenhuma resposta, deixou o escritório de seu irmão. Eduardo bufou e jogou a sua caneta longe, tentando descontar a sua raiva.

A verdade é que ele não queria ser assim com sua filha, mas vê-la conforme crescia cada vez mais parecida com o seu grande amor não, conseguia seguir em frente e esquece-la completamente, ver que sua filha era exatamente igual a sua esposa, até em sonhos e atitudes, o fez ter medo que algum dia Cristal possa fazer a mesma coisa que Helena fez. Por isso criou-se uma barreira dentro de si com medo do abandono. Ele não suportaria ser abandonado por o seu segundo amor mais precioso, que era à sua filha.

Helena com apenas uma atitude distraiu a saúde mental dessa família.

— Merda! — xingou assim que notou que cuspiu sangue ao tossir, pegou um lenço de papel descartável e limpou a sua mão. Encarou o sangue ao perceber que não era a primeira vez isso acontecia, já estava sendo frequente essa secreção de sangue conforme os dias iriam passando.


Era uma vez | Cabelinho Onde histórias criam vida. Descubra agora