Rachel havia oficialmente dado um tempo com Finn.
Depois que ele tinha, reconhecidamente acidentalmente, dado o seu horrível conselho sobre como abordar a situação em relação a ligar para Quinn e depois de Rachel quase gritar, ela realmente não queria falar com ele por um tempo. A estipulação era: sem falar dentro ou fora da escola a menos que fosse absolutamente necessário, como trabalhar no dueto que eles tinham que realizar na próxima semana. Essa era, claro, a única razão para os dois se comunicarem verbalmente.
Além disso, ela tinha que se concentrar em outras coisas. Como, ligar para Quinn naquele dia porque se não o fizesse teria que 'perder o número dela'. Rachel decidiu colocar citações soltas ao pedido especial de Quinn, porque agora ela tinha o número de Quinn Fabray e não havia nenhuma maneira dela o excluir de sua agenda por nada.
Seja como for, porém, ela ainda estava andando em seu quarto, tentando trabalhar a coragem de apertar os números de telefone, as sobrancelhas levemente unidas.
Mesmo o número do telefone de Quinn era lindo. Ele começava e terminava de maneira uniforme com o número oito de forma que realmente acalmou o leve TOC de Rachel.
Ela andou até a porta do quarto e a fechou, girando a chave. Seu coração batia velozmente quando ela caminhou até sua cama. Ela se sentou ansiosamente, sua língua rodeando os lábios repentinamente secos.
Finalmente, ela respirou fundo… e pressionou o botão de chamar.
O tom de discagem a fez aguardar com a respiração suspensa até que a chamada foi atendida depois do terceiro toque.
"Alô?"
Apesar de sentir uma ansiedade esmagadora, Rachel não pôde deixar de sorrir ao ouvir o som da voz de Quinn flutuando através do telefone. "Oi, Quinn" ela sussurrou nervosamente. "É a Rachel."
"Rachel, oi" Quinn suspirou do outro lado da linha. "Você ligou."
Rachel soltou uma risada tímida. "Você me disse para eu perder seu número se não ligasse, então…"
"Eu disse" Quinn respondeu, a voz quente sem remorso e ainda uma pitada de diversão. Rachel praticamente podia imaginar o sorriso preguiçoso, de autossatisfação no rosto de Quinn. "Estou feliz que você ligou." Sua voz de repente pareceu baixa e íntima e quase fez Rachel engolir a própria língua tentando encontrar algum tipo de resposta.
"V-verdade?" ela perguntou em voz baixa, segurando o telefone mais perto.
"Mhm. Como você está?"
Rachel sorriu com o tom cordial que voz de Quinn tinha tomado. Apesar de ser uma valentona às vezes, Quinn sempre tinha sido estranhamente bem-educada e a dissonância que criara nunca falhou em apelar para Rachel por algum motivo.
"Nervosa" Rachel admitiu depois de um momento.
"Nervosa sobre o quê?" Quinn perguntou. Houve algum baralhar no fundo, então ela disse, "Em um minuto, mamãe; Estou ocupada" com a voz abafada, antes de voltar para Rachel, "Desculpa, minha mãe entrou no quarto, mas ela já foi."
Então, ela tinha pais, apesar de tudo. Rachel ficou se perguntando como eles pareciam enquanto falava no telefone. "Estou nervosa para falar com você, na verdade."
O riso calmo de Quinn flutuou através do telefone. "Você não precisa ficar nervosa por falar comigo. Quer dizer, certo, ok, eu sou a garota mais popular da escola."
Rachel revirou os olhos, Quinn riu novamente.
"Mas, de todo modo, eu sou apenas uma garota, Rachel. E não é como se nós não já tivéssemos conversado longamente antes."
"Mas ainda assim," Rachel falou. "Você é… você é Quinn Fabray."
"Sim, para os perdedores que olham rastejantes para mim no corredor."
Rachel estremeceu com a facilidade com que Quinn poderia usar essa palavra. Uma palavra ferina que havia sido dirigida a ela tantas vezes desde que começou a escola. Não importava quanto tempo elas passassem juntas fora da escola, nada conseguiria quebrar a linha grossa da hierarquia social que as separava.
Ela engoliu em seco, optando por fazer a pergunta que rapidamente se formava em sua mente agora, em vez de mais tarde. "Eu sou uma perdedora?" ela sussurrou.
Na outra extremidade da linha, Quinn suspirou profundamente. Então, a linha ficou em silêncio. Foi estressante porque Rachel não tinha certeza se poderia estar com alguém que pensava assim dela. "Quinn?" disse trêmula. "Quinn, você está aí?"
"Não" respondeu Quinn depois de um momento. "Não, você não é."
Um sorriso largo ameaçou quebrar seu rosto e puxou os lábios de Rachel impossivelmente alto enquanto ela olhava estupidamente para a parede em frente a ela. Ela puxou o telefone para longe, cobriu-o com uma mão e gritou de alegria, olhos fechados e um rosto enrugado feliz. Colocou o telefone de volta ao ouvido. "Sério?" ela perguntou, desejando uma validação novamente.
"Yeah." Quinn parou de falar um pouco e Rachel se encostou de novo na cama esperando que ela continuasse e que falasse sobre ela melhorar a reputação. "E… me desculpa" Quinn resmungou. "Eu não deveria ter—Eu não queria dizer aquilo… quando eu te chamei de todas aquelas coisas."
Suas feições suavizaram em choque mudo e ela olhou para o teto. De repente, não era mais questão de ego sendo acariciado. Rachel tinha apenas… ela tinha acabado de receber um pedido de desculpas pela forma como Quinn tinha tratado ela durante todo o tempo—ela nunca sequer esperava receber um, nunca provavelmente. No entanto, ali estava ela, ao telefone com sua ex-algoz, virando sabe-se lá o que, mas havia um monte de merda nas linhas cinzentas. E Quinn estava expressando remorso. Nesse momento sentia —
"Rachel?" Quinn sussurrou baixinho ao telefone. "Você ainda está aí?"
"Eu estou aqui" Rachel assegurou, a voz tão pequena e frágil, pois ambas estavam caminhando sobre os cacos de vidro da fachada quebrada de Quinn sem que se ferissem. "Eu—obrigada."
"Não me agradeça" Quinn murmurou.
Rachel respirou fundo. "Ok" ela sussurrou. "Ok." Ela passou a mão ao longo de sua testa enrugada, sentindo-se pesada de repente. Um sinal sonoro irritante ressoou em seu ouvido e ela sacudiu a cabeça antes de puxar o telefone para longe e olhar de soslaio para ele irritada. Era outra chamada. De Finn.
Ela suspirou com um revirar de olhos. "Quinn?" expressou em voz baixa.
"Hmm?"
"Eu tenho uma ligação e—"
"Oh. Eu posso desligar se você quiser" Quinn murmurou.
"Não, não" Rachel respondeu urgentemente. "Eu quero falar com você. Eu só vou dizer a Finn que eu o ligo depois, ok?"
"Claro" Quinn suspirou sem se comprometer. Era muito fácil para Rachel imaginá-la dando de ombros da maneira como fazia quando tentava soar indiferente.
"Ok, eu já volto." Rachel clicou, esperando que Quinn estivesse na linha quando ela voltasse. "Alô?"
"Ei, Rachel. Umm, o que está acontecendo?" Finn perguntou inocentemente.
"Finn" Rachel respondeu calmamente, olhando para o teto, em uma tentativa de não ficar louca.
"Ah, então você ainda está furiosa, vejo." Ele riu nervosamente e os lábios de Rachel se contorceram antes de se voltar para baixo. "O que você está fazendo?"
"Eu estou no telefone com Quinn," ela disse de forma concisa. "Depois eu ligo pra você de volta."
"Vamos lá, Rachel, você não pode ainda estar zangada" ele disse. "Foi um erro honesto."
"Ela gritou comigo!" Rachel guinchou.
"Você disse que ela sequer gritou."
"Mesmo assim!"
"Olha, você vai ficar com raiva de mim para sempre? Porque eu sei que as garotas gostam de ficar bravas por muito tempo e coisas assim, mas eu pensei que éramos como, você sabe, camaradas e tal. Então, você não pode ficar com raiva. Lógica dos caras, lembra? Você disse que gostou."
Ela sorriu com relutância enquanto ouvia a maneira que Finn usou para quebrar as coisas em sua forma mais simples. "Ok" ela suspirou. "Eu perdoo você. Mas realmente tenho que ir, ok? Quinn está na outra linha."
"Você não a quer gritando de novo" Finn disse com uma risada. "Ela não gosta de ficar esperando."
"Ok, ok, eu perdoo. Tenho que ir agora. Boa noite, Finn." Ela rapidamente clicou de volta para a outra linha. "Quinn? Quinn, você está aí?" ela perguntou freneticamente.
"Agora vocês dois são amigos?" Quinn perguntou do nada.
"Quem?" Rachel perguntou, o som da respiração a deixando em relevo.
"Finn."
Ela disse o nome dele soando forte o F do jeito que sempre fazia quando elas começavam a discutir sobre ele e isso fez torcer o estômago de Rachel por algum motivo desconhecido, mas o novo sentimento era bastante familiar e estimulantemente bem-vindo.
"Sim" ela respirou no telefone. Então limpou a garganta. "Ele é um bom amigo."
"Será que ele sabe?"
Rachel sabia que Quinn tinha um jeito de falar no qual ela poderia remover todas as emoções de uma simples sentença, não deixando nada para Rachel tentar descobrir a melhor maneira de responder. Ela bateu os dedos distraidamente contra o seu estômago. "Sobre o que, exatamente?"
"Você sabe, sobre… você, e… eu" Quinn disse pausando, antes de soltar uma rápida tosse que só tornou as coisas mais estranhas.
"Oh…ele-ele não sabe" Rachel respondeu hesitante.
Quinn não disse nada por um tempo muito longo. Em seguida ela murmurou algo que Rachel não entendeu direito antes de dizer, "Quem mais sabe, Rachel?" em um tom tenso e irritado da voz.
Rachel se endireitou em sua cama, como se para se defender, mas não havia ninguém na sala. Ela lambeu os lábios nervosamente. "Kurt" ela sussurrou.
"A rainha da fofoca!" Quinn gritou. Sua voz se elevou até o teto, então rachou sob o peso de sua própria indignação e Rachel praticamente sentiu Quinn fumegar do outro lado da linha. "Diga-me que você está brincando."
Rachel balançou a cabeça. "Não estou" disse em voz baixa.
"Ele pode contar a todos!" Quinn sussurrou.
"Ele não vai" Rachel assegurou. "Eu prometo, ele não vai."
"Qualquer um deles poderia dizer!"
"Nenhum vai, Quinn. Prometo."
"Como você sabe?"
"Porque Kurt é meu amigo e ele é gay também, óbvio. E Finn não vai querer arruinar sua reputação ou destruir minha confiança nele para contar aos seus amigos jogadores que suas duas ex-namoradas estão… envolvidas" ela terminou com muito cuidado.
"Você tem certeza?" Quinn sussurrou um pouco depois parecendo completamente apavorada.
"Confie em mim" Rachel disse suavemente.
Quinn riu um riso oco. "Eu realmente não confio em ninguém."
"Você confia em Santana e Brittany para manter seu segredo, certo?"
"Até certo ponto" Quinn concordou lentamente. "Mas principalmente, eu sei que nenhuma das duas iria dizer porque eu poderia falar sobre elas também."
A mandíbula de Rachel caiu em choque com a declaração. Ela nunca tinha conhecido alguém tão áspera e ruinosa. "Você não confia em ninguém?"
"Não" Quinn respondeu automaticamente. "Porque confiar nas pessoas quando todos querem te usar para seu próprio ganho pessoal?"
"É nisso que você realmente acredita?" Rachel perguntou tristemente.
"Sim."
Rachel levantou-se da cama e caminhou até o seu computador. Ela se sentou na cadeira e olhou para a expressão perplexa no rosto pela tela em branco antes de ligar o computador. "Então o que eu quero de você?" perguntou com ousadia.
"Eu acho—" Quinn começou, mas rapidamente parou de falar. Rachel esperou pacientemente enquanto seu computador iniciava. Ela pegou sua câmera e o cabo USB de cima da mesa e os colocou ao lado do computador. "Eu não sei" Quinn terminou, quase petulante.
Rachel parou tudo e pegou o telefone com força, olhando para o nada enquanto refletia no que estava prestes a dizer. "Eu só—o que eu quero, Quinn, é que você descubra o que você sente por mim."
Quinn murmurou vagamente. Então ficou em silêncio novamente. Rachel encolheu os ombros e arrastou o mouse até o ícone da internet antes de dar dois cliques.
"Você gostava de beijar Finn?" Quinn perguntou um pouco depois.
Os dedos de Rachel fizeram uma pausa na URL do MySpace que digitava, seus olhos voltados para a tela do computador. "Era tudo bem" ela respondeu.
Quinn riu inesperadamente antes de calmamente jogar para fora, "Você é tão gay."
Rachel franziu o cenho para o comentário passageiro. "Você gostou de beijar Noah?"
Um suspiro chegou a seus ouvidos antes de Quinn perguntar, "Como você—quem te contou?"
Ela estremeceu em seu próprio erro. Mas admitiu "Noah contou a Finn, que me contou."
"É claro" Quinn zombou.
Um pesado silêncio constrangedor prevaleceu entre elas e Rachel se afastou do computador para focar melhor na conversa. "Gostou?"
"Ele beija bem" Quinn disse resolutamente.
Rachel quase sorriu. "Não foi isso que eu perguntei."
Quinn ficou em silêncio novamente, sem surpresa. Rachel voltou para o computador, acessando o MySpace, dividindo sua atenção para ouvir os falsos começos de Quinn antes dela enfim conseguir amarrar uma sentença.
"Você acha que eu sou gay?" Quinn perguntou baixinho.
Era uma pergunta pesada, misturada com uma curiosidade genuína e vulnerabilidade surpreendente que apertaram o coração de Rachel em simpatia por Quinn derramada abundantemente. Não importava o quão grande fosse a vida de Quinn na escola, ela ainda era uma garota insegura, assim como Rachel era e ainda é às vezes, e momentos como aquele relembravam a Rachel quão parecidas elas eram.
Ela limpou a garganta, batendo os dedos contra a mesa enquanto falava. "Eu penso que, independe a sexualidade que você vai escolher se identificar—porque em última instância será sua escolha, Quinn. Só você pode decidir o que você é e você não tem que tomar uma grande decisão como essa agora." Rachel respirou fundo. "Dito isso, no entanto, acho que você tem uma distinta preferência por garotas" ela terminou com cuidado.
"Hmm. E você não acha que é estranho?"
Rachel sorriu ironicamente. "Você está perguntando a uma lésbica que admitiu isso relutantemente se ela acha suas preferências por garotas estranhas?"
Quinn lançou um riso trêmulo. "Acho que eu sou?" ela falou com uma inflexão na voz que fez da afirmação uma pergunta.
"Não, eu não acho que isso é estranho" Rachel disse calorosamente.
Ela ouviu Quinn suspirar, quase como se estivesse aliviada. Em segunda escutou um baralhar antes de Quinn suspirar languidamente. "O que você está fazendo?"
"Enviando um novo vídeo com a minha performance vocal pro meu MySpace" ela piou.
Quinn bufou uma risada. "Você sabe que as pessoas não usam o MySpace mais, não sabe?"
"Você usa" Rachel atirou de volta com um sorriso divertido. Ela estava esperando que Quinn saltasse rapidamente com uma resposta divertida, mas ela não veio. Quinn estava em completo silêncio de novo. Rachel puxou o telefone de imediato para se certificar que ela ainda estava na linha antes de colocar no ouvido novamente. "Quinn?"
"Você me perdoa por todas aquelas coisas?" Quinn perguntou, a voz soando pesada de vergonha e arrependimento.
"Sim" Rachel respondeu suavemente. "E-eu apenas escolhi fingir que não aconteceu."
"Mas aconteceram" Quinn insistiu.
"Ok" ela admitiu. "Sim, ok, aconteceu. Você me chamou de alguns nomes."
"E fiz desenhos pornográficos seus."
Rachel sorriu de si mesma. "De alguma forma, considerando tudo o que aconteceu entre nós depois, eu não me importo com esses desenhos."
Quinn riu baixinho.
"Apesar do fato de você ter feito essas coisas, eu sei que não era a real você."
"Como você pode saber disso?" Quinn perguntou ceticamente
"Porque eu tive a oportunidade de passar mais tempo com você fora da escola, num lugar onde você não tem que aderir às pressões sociais que normalmente lhe tomam. E você é..." ela procurou todos os adjetivos em seu cérebro que ela cumulou ao longo dos últimos dois meses para descrever Quinn, "você é inteligente, meio excêntrica, agradável, carinhosa, gentil, bonita—"
"Você realmente pensa isso de mim?" Quinn perguntou hesitante.
"É claro que eu penso" Rachel disse suavemente. "Posso te fazer uma pergunta?"
"Claro, eu acho."
Rachel soltou uma respiração rápida. "Porque você fazia aqueles desenhos de mim?"
"Eu não—" Quinn fez uma pausa para limpar a garganta. "Eu realmente não conhecia você até meses atrás quando Finn se juntou ao Glee. Ele me-Ele me falou sobre você" disse em voz baixa. "Ele falou o quanto você era estranha e meio idiota, mas ele disse que você era realmente doce. E eu… eu não sei. Acho que estava com ciúmes. Porque ele continuou indo ao Glee, vendo você e eu odiava isso, eu não poderia manter ele comigo." Quinn soprou um suspiro longo. "Então um dia eu te vi. E eu—" ela riu sem humor. "eu não sabia o que estava sentindo. Tudo o que eu sabia era que meu estomago doía."
Rachel cantarolou com simpatia, sabendo que sentiu exatamente essa confusão meses atrás quando ela não necessariamente gostava de Quinn, mas estava ciente de que concentrava tempo em demasiado nela para que não fosse nada.
"Eu desenhava você porquê…" Quinn suspirou, "porque eu pensava em você, às vezes aleatoriamente. Eu te insultava no banheiro antes da aula, então voltava ao banheiro depois da aula porque eu não consegui deixar de imaginar a sua cara quando visse aquela coisa ridícula."
Rachel fez um biquinho quando Quinn sorriu. "Sem ofensas. Bem, agora, sem ofensas."
"Mhm" Rachel murmurou com uma careta.
"O dia que você me disse que era gay? Pensei em você o resto da noite" Quinn sussurrou. "E eu não tinha ninguém com quem conversar, então a informação se instalou na minha mente pelo resto do dia e eu ficava pensando se você estava mentindo para mim. Então eu continuei pensando no porque eu estava tão interessada no fato de você ser gay." Ela chupou os dente. "Mas eu acho que eu já sabia."
Rachel permaneceu estranhamente quieta enquanto ouvia Quinn retransmitir as últimas semanas para ela a partir de sua própria perspectiva. Rachel estava morrendo de vontade de saber desde o começo o que Quinn estava pensando enquanto dançavam em torno de si e da ideia de que elas poderiam ser por semanas até que Quinn finalmente sucumbiu ao que quer que seja que ela sentia e beijou Rachel sem fôlego. Uma e outra vez.
"Você foi como um experimento" Quinn continuou depois de um momento, "Exceto que eu não estava testando você; estava testando a mim. Queria apenas chegar perto de você às vezes para ver o que eu sentia, acho."
Rachel daria tudo para ver como Quinn parecia naquele momento. Ela quase podia imaginar a sua figura e fechou os olhos com força suficiente: o jeito ansioso com que Quinn provavelmente estava passando a palma da mão na nuca, ou correndo os dedos pelo cabelo, o jeito como ela provavelmente estava prendendo os lábios entre os dentes com nervosismo a cada pausa, o jeito como ela provavelmente estava zanzando por todo o quarto.
"Mas eu—" Rachel imaginou ela lambendo os lábios nervosamente. "Eu sempre quis estar mais perto. Todas as vezes e isso me confundia. Então Santana e Brittany sugeririam que eu a convidasse para minha casa, e eu fiz. E eu só—depois de falar com você eu só conseguia saber… o quanto eu queria te beijar. Então, eu tentei, mas Santana tinha que ser uma cadela e interrompeu, e eu não tive chance."
"Quando eu finalmente beijei você, eu não conseguia parar" Quinn disse com a voz trêmula depois de um momento. Sua voz lançada parecia se liquefazer e fluir através do telefone. "Eu ainda não consigo parar. Rachel, você não tem ideia…" ela parou, respirou fundo, mas não continuou.
O peito de Rachel soltou um grande suspiro de antecipação, depois ela fechou os olhos com força para se acalmar percebendo que Quinn não iria continuar. "Eu gosto de beijar você" ela murmurou.
Uma batida na porta a fez saltar no ar e ela se virou com os olhos arregalados para a porta. Ela tropeço fora de sua cadeira em direção a ela. "Espera, por favor," ela murmurou ao telefone abrindo a porta para encontrar Leroy lá. "Posso te ajudar com alguma coisa, papai?" ela perguntou impaciente.
Leroy sorriu divertido diante da irritação clara mostrada no rosto da filha. "Na verdade, você pode. Se você vir a minha filha por aí, você poderia dizer a ela que está na hora dela ir para a cama?"
A mandíbula de Rachel caiu. "Mas isso é só—"
"Onze horas? Sim."
Seus olhos se arregalaram e ela bateu com a mão na testa. "Boa noite, papai" ela resmungou fechando a porta. Recostou-se contra ela com um suspiro. "Quinn?"
"Você tem que ir para cama" Quinn adivinhou astutamente. "Não é grande coisa, eu verei você amanhã na escola."
Rachel fez beicinho, não querendo dizer boa noite agora quando a conversa estava indo de boa para ótima. Mas não pode deixar de sorrir um pouco da aparentemente simples promessa de Quinn de que elas se veriam amanhã
"Alguma vez você já esteve em um dos nossos jogos de futebol?" Quinn deixou escapar.
"Nunca estive" Rachel respondeu, sem saber para onde aquela conversa iria.
"Nós temos um amanhã depois da escola" Quinn elaborou. "Você deveria ir."
Rachel franziu o cenho falhando em fazer cara ou coroa com aquela conversa. "Eu nunca fui uma entusiasta do futebol, Quinn. Eu nem sei as regras e—"
"Rachel" Quinn descascou de repente e Rachel parou tudo o que estava fazendo com o tom de voz que enrolava o seu cérebro o derretendo completamente. "Eu vou estar torcendo para o jogo. E eu quero você no meio da multidão. Ok?"
"Ok" ela sussurrou, quase choramingando.
"Ótimo. Tenha uma boa noite, Rachel."
"Boa noite, Quinn."
Ela desligou, então gritou tão alto que estava grata pelas paredes terem isolamento acústico. Ela colocou seu telefone perfeitamente em sua cama e começou a se preparar para uma boa noite de sono.
Rachel se olhou no espelho de seu banheiro, sentindo-se absurdamente orgulhosa de si mesma. Aquilo tinha sido como um progresso—ela sabia porque ela era a mestre na arte do progresso, seja cantando, dançando, atuando; ela estava continuamente progredindo e Quinn era mais uma área em sua vida que ela estava lentamente controlando. Era como se estivesse lapidando um iceberg, ou, como Finn dissera meses antes de Rachel embarcar naquela jornada para ganhar o coração de Quinn, era como quebrar uma noz.
E lentamente, mas certamente, Quinn estava rachando, desvendando, caindo aos pedaços e Rachel estaria lá em cada momento.
Ela caminhou de volta para o quarto e trocou de roupa rapidamente, perguntando-se o que o amanhã traria. A tela do seu computador olhou para ela do outro lado do quarto e ela foi verificar seu MySpace mais uma vez antes de desligar seu computador. Quando ela olhou para o vídeo, ela tinha uma única visualização e um comentário.
Um comentário de Quinn.
Um comentário que trouxe lágrimas aos olhos de Rachel.
Sky Splits:
Eu realmente gostei disso.
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What Doors May Open - Faberry
FanficUniverso Alternativo. Rachel se assume gay e termina com Finn. Aos poucos as pessoas começam a ter conhecimento, mas quando, enfim, a Capitã das Líderes de Torcida, Quinn Fabray, descobre, Rachel jamais imaginaria que sua vida mudaria de tal forma. ...