Crown of blood

Capítulo 40

Dean Moore 😈

A luz quase me cegou.
Assim que abri os olhos a claridade bateu em minhas córneas fazendo uma dor latejar atrás delas. Um grunhido de dor escapou dos meus lábios, minhas costas estão ardendo feito fogo.

Apoiando às mãos na cama, tentei me mexer mas isso só fez tudo piorar. Os ferimentos se repuxaram em uma dor que fez pontos brancos chamuscar minha visão. Sem forças, eu desisti de fazer qualquer movimento.

Respirei fundo e movi minha cabeça lentamente para olhar ao redor, conseguindo reconhecer que estou em um quarto de hospital. O cheiro de álcool e analgésicos é inconfundível.

"Já estava na hora"-Alguém se levantou da cadeira posta ao canto da parede, e veio em minha direção.

Seu rosto entrou em foco, e bufei em desapontamento.-"Você veio aqui para terminar o serviço?"

"Eu gostaria muito, mas não posso arriscar ir para a cadeia agora."-Joffrey parou ao lado da cama e colocou às mãos nos bolsos.

"Não se preocupe, tenho certeza que seu papai vai limpar sua bunda"-Afirmo a ele, fechando meus olhos e respirando fundo.

"Inveja por que eu tenho um pai que presta?"-Seu tom me fez querer lhe acertar um soco.

"O que você quer?"-Perguntei sem paciência.

"Por mais que isso seja humilhante pra caralho, eu vim agradecer"-Respondeu pegando um copo com água e me estendeu.

"Por não levantar daqui e quebrar sua cara?"-Agarrei o copo e levei até minha boca dando um longo gole na água.

"Não é como se você fosse capaz, mesmo se estivesse bom"-Deu um sorriso debochado-"Mas não, estou agradecendo por salvar a vida da Cecilly. Mesmo depois de tentar tirar ela, mais vezes do que posso contar"

"Seus pais não te ensinaram só a dizer obrigado e cair fora?"-Revirei os olhos e bebi mais um pouco, afim de tirar o gosto ruim da boca.

"Não, eu gosto de agradecer e humilhar um pouco. Para manter o equilíbrio"-Tirou o copo da minha mão e colocou do outro lado.

Desgraçado!

"Um dia eu ainda vou te matar, Joffrey"-Digo a ele, com convicção.

"Esse é outro ponto, que estou bem curioso"-Puxou a cadeira e se sentou.

Ótimo, esse merdinha pretende ficar mais tempo que o necessário.

"Foi você quem mandou aquela caixa-bomba para minha casa?"-Perguntou, me encarando friamente.

"Eu adoraria explodir sua cabeça, sonhei com isso várias vezes na verdade."-Afirmo-"Mas não foi eu, se fosse, teria me certificado que você pegasse a caixa. Não seu irmão"

Ele se levantou em um pulo e agarrou o colarinho da minha camisola, meu corpo gritou de dor e travei o maxilar com força antes de dar a ele esse gostinho.

"Eu estou avisando, Dean. Se eu descobrir que foi você, eu juro por Deus que você vai sofrer tanto que a morte vai será seu alívio".

"Eu já disse que não foi eu, não sou tão burro assim de deixar uma caixa aleatória. Se eu quisesse te ferir, eu teria feito. Não sou um principiante"-Agarrei seus pulsos e o empurrei para longe de mim.

Ele tropeçou para trás, meio pensativo.-"Se não foi você, quem foi?"

"Eu deveria saber? Na verdade não me surpreende que mais pessoas queiram te matar, você é um merda"-Levantei os ombros, sem me importar.