Like in a Fairy Tale • Tomdaya

Capítulo quatro - Pessoas verdadeiras.

Avião, aeroporto, táxi e finalmente, sua cobertura. Zendaya amava estar em casa, adorava a vista de sua janela, da sua decoração com cores terrosas, dos seus livros e velas aromáticas. Gostava da sua cozinha (por mais que detestasse cozinhar), gostava da sua sala de estar, da sala de música e de seu enorme closet com opções diversas de roupas para ocasiões que ela nunca teria. E por fim, amava sua cama, que por mais que viajar fosse uma de suas coisas favoritas no mundo, não gostava de levantar de seu ninho.
Noon foi correndo aproveitar o sol da varanda e tudo que ela pode fazer ao chegar em casa foi tomar um banho, colocar seu pijama mais velho e rasgado e deitar no sofá para assistir o melhor filme de todos os tempos. Harry Potter e o Cálice de Fogo. Não se importava em dormir nos primeiros minutos de filme, ela apenas queria estar em casa.

Infelizmente seu sono foi interrompido três horas depois, quando Noon latiu furioso com a presença de Adam e Hunter que entravam em sua cobertura.
Ela despertou, os cabelos armados e rebeldes junto com a sua melhor expressão de sono. Ajeitou-se sobre o sofá e colocou a televisão em um canal qualquer.

- E aí? Como foi? - Hunter perguntou deixando uma sacola no braço braço sofá. Reconheceu a logo do restaurante vegetariano. O seu favorito.

- Eu falei que era provável você estar dormindo, mas sabe como é... A Hunter vive nesses sites de fofocas e queria saber o que aconteceu de verdade. - Darn se juntou às amigas, sentando-se no sofá.

- Fico feliz que tenha me acordado, se não vou ficar com o meu sono todo bagunçado e isso é péssimo. - Sorriu tombando a cabeça de maneira preguiçosa. - Bem, foi uma viagem tranquila. Eles me trataram super bem e é isso... Ah! O Príncipe Thomas é bem... Esquisito, digamos assim. Ele é atrapalhado e desengonçado, ele chegou a me derrubar no tapete... Espero que não seja crime o que eu estou fazendo, afinal, eu estou falando mal do Príncipe. Mas ele é bizarro! Falava um monte de besteira quando estava nervoso e falou que as minhas sardas eram defeitos! Vocês acreditam nisso?

- Você ama as suas sardas! Que babaca! - Hunter cruzou os braços.

- Mas você não se machucou, né? Quando ele te derrubou... - Foi a vez de Darn perguntar, preocupado com a amiga.

- Não, foi apenas um susto. Ele tropeçou no tapete e me puxou. Acabei caindo por cima dele. No dia seguinte, ele derrubou o chá quente em mim, enfim. O Príncipe Thomas é um caos em forma de homem. - Concluiu feliz por não precisar mais vê-lo.

Então, enquanto comiam, Zendaya contou com mais detalhes sobre sua estadia. Sobre Paddy, o ser mais doce que já havia conhecido. Sobre o incidente do xixi no sapato do príncipe e de como dentro do Palácio era bonito.
Zendaya gostava de avaliar obras arquitetônicas, embora tivesse tido pouquíssimo tempo para poder ter uma percepção melhor da estrutura e decoração do Palácio.
Contou sobre a culinária, sobre o jardim e principalmente sobre como foi incrível se apresentar no palco. Não era nenhuma novidade o estado de euforia após um show, mas cada experiência era única e aquela, naquele palco em Londres, de longe era a sua favorita.

Darn e Hunter escutaram cada palavra com atenção, felizes pela amiga e tristes por não poderem acompanhá-la naquela viagem. Naquela tarde, sentaram-se no sofá, e juntos assistiram Harry Potter.
Oficialmente, Zendaya estava em casa, cercada de amigos que ela amava, e principalmente, estava em sua zona de conforto. O seu lugar favorito no mundo.

*

Thomas levantou-se atrasado. Tropeçando nos próprios sapatos. Não teve uma boa noite de sono. Após a partida da garota que se hospedou no palácio durante o fim de semana, Dom, o Rei, fez questão de lhe dar um belo sermão. Haviam muitos motivos para que seu pai estivesse bravo e Thomas sabia de cada um deles. Ele derrubou uma dama, foi indiscreto e invasivo, a queimou com o chá e principalmente a deixou desconfortável. Por mais que Nikki tentasse acalmar o marido, a fúria excessiva sempre ganhava e assim, Thomas foi dormir com a orelha quente.