Like in a Fairy Tale • Tomdaya

Capítulo cinquenta e um - Algo de errado.

    Mais mortes, mais dor e angústia. A Inglaterra finalmente havia sido decretada em estado de alerta. Mortes, crise financeira, um rei que não se importava, deixando com que tudo caísse nas costas dos príncipes e da princesa. Zendaya estava mentalmente exausta, o corpo estava começando a ser afetado pelo esgotamento mental. Dores no corpo inteiro, deixando-a de cama.

     A primeira preocupação era estar com o vírus, porém não apresentou nenhum sintoma característico, não teve febre, não teve manchas no corpo e nem náuseas. No primeiro momento, pensou em ir dormir em outro quarto para evitar que Thomas também ficasse doente, mas o cuidado foi recusado pelo príncipe, que alegou preferir morrer com ela do que deixá-la sozinha. Algo que amoleceu o coração da cantora que se permitiu ser amada e mimada.

Por fim, o último problema. Dominic estava com raiva. Muitos protestos, muitas dores de cabeça que no fim eram descontadas nos jovens, junto com uma chuva de insultos, principalmente para a princesa que infelizmente já estava ficando fisicamente doente para se manter firme e de cabeça erguida para enfrentá-lo.

— Como você está se sentindo hoje, Amorzinho? — Tom segurava a mão da amada que se recusava a descansar e trabalhava de sua cama, com o laptop no colo. Olheiras estavam começando a nascer em seu rosto, deixando com um visual ainda mais preocupante. Zendaya suspirou e fechou os olhos, não aguentava mais tudo aquilo.

— Seu pai me mandou mais selos vermelhos, como se eu fosse abrir. Eu não abri nem os cinco primeiros, quem dirá o... É, eu oficialmente perdi as contas. — Zendaya suspirou novamente, Tom passou para o lado dela, abraçando-a de lado, fazendo-se presente para ela naquele momento tão delicado. — Estou preocupada com Kati, a medicina é uma profissão linda, mas ela está correndo tantos riscos. Não sei se conseguiria perdê-la.

— Nós não vamos perder ninguém, minha vida. Kati está tomando todos os cuidados e eu tenho certeza que ela vai ficar mais saudável que todos nós. — Voz mansa e carinhosa, carregada de afeto e cuidado. — Você está sendo uma ótima rainha, meu amor. A Inglaterra tem sorte de ter uma futura líder tão boa e generosa como você. E eu... Bem, eu tenho ainda mais sorte de ter você comigo.

— Eu que tenho sorte de ter você, meu campeão. — Um selinho roubado, um afago e ela se sentia menos doente agora.

— E se você deixasse isso de lado um pouco, afinal, está tudo dentro do controle e em segurança, e deitasse para descansar nem que seja por uma horinha? Eu posso te fazer companhia, uma massagem nos seus pés e nas suas costas. — Eu sorrisinho inocente surgiu nos lábios dela e então um aceno de cabeça. Podia ser a futura rainha da Inglaterra, mas ainda era a namorada mimada que Thomas havia escolhido como sua.

— Você poderia cantar para mim, Amorzão? — Voz manhosa, olhar brilhante. Paixão e admiração. Thomas não era o melhor cantor do mundo e talvez por isso fosse apenas um príncipe, mas para ela, ele era exatamente tudo. Era manicure, maquiador, cabeleireiro, cantor, cozinheiro, massagista, terapeuta, professor de jardinagem, instrutor de ginástica, melhor amigo e alma gêmea. Podia se ver nos olhos dela, tamanha admiração que tinha pelo rapaz que rapidamente lhe roubou o coração.

— Tudo por você e somente por você, meu amor. — Sorriu um pouco amarelo, não gostava de cantar, mas poderia fazer isso por ela, poderia fazer qualquer coisa por ela. — Queen?

— A sua favorita. — Ela sabia qual era e gostava de cantar para ela, as vezes assim que acordavam, as vezes depois do Sexo. Somebody to Love, Queen. Nunca viu uma música que combinasse com alguém como ele combinava com aquela música. Ela desligou o laptop e colocou ao seu lado, o príncipe foi até os pés dela, tirando as meias que lhe pertenciam. Bem, na verdade, mais nada era dele, tudo servia para ser compartilhado agora. O que era dele, era dela e o que era dela, bem quase tudo podia ser dele também.